sexta-feira, 31 de agosto de 2012
HOMENAGEM A AMIGA IRACEMA E SUA LINDA GITTANA HUANNA:
TARÔ - O ORÁCULO DA VIVÊNCIA HUMANA
Os Oráculos são realmente a chave que abre as portas do nosso destino. É
através do Tarô, Jogo de Búzios e também não posso deixar de citar o
Baralho Cigano e as Runas, como nossos conselheiros. Na verdade é a
Inteligência Cósmica falando conosco e dando uma direção dos nossos
caminhos. No Tarô, por exemplo: temos a influência dos quatro elementos
representada nos quatro naipes e a jornada da vida humana nos Arcanos
Maiores.
As cartas do Tarô despertam a atenção dos homens por mais de 500 anos e
atualmente sua procura é cada vez mais intensa, portanto, se trata de um
Oráculo que estuda profundamente toda a natureza humana, principalmente
os 22 Arcanos Maiores que antigamente eram chamados de Triunfos. Quanto
a sua origem, existem informações que afirmam o surgimento das cartas
nas crenças Célticas pagãs. Não se pode deixar de afirmar, contudo, que
seu aparecimento veio também do Egito e das tribos ciganas. Tudo se deu
por volta do período mais antigo (século XV) e se propagou na Europa
Renascentista no século XVIII, com uma conotação mística e religiosa. Há
informações sobre as 22 letras do alfabeto Hebraico, que formam o salmo
119, com 22 estrofes em perfeita associação com os Arcanos Maiores do
Tarô.
AQUARELA 35
|
Neste desenho de Nostradamus, A "Roda da fortuna" aponta alguns
símbolos para a chegada de uma Era de grandes mudanças. Ao contrário da
carta do Tarô, onde a Roda está entre as nuvens, aqui ela está entre as
cidades e construções humanas.
AQUARELA 46 |
No livro perdido de Nostradamus, esta torre seria mais uma imagem, que
está bem relacionada a outra lâmina do Tarô, a qual simboliza que o "Castigo de Deus" sempre se abate sobre a soberba do homem.
As imagens das cartas são símbolos antigos e evocam experiências de vida, pertencentes à condição humana e ao nosso próprio destino. Dos Arcanos Maiores nenhuma das 22 cartas pode ser considerada fácil ou difícil, dependendo do tipo de experiência que estejam retratando no momento. As cartas do Tarô foram inventadas apenas como um jogo para jogar ou para fins educacionais; seu uso para adivinhação começou a se espalhar especialmente sob a forma italiana no final da Idade Média e da Renascença.
XIII - A MORTE - (A TRANSFORMAÇÃO) - Este Arcano representa o fim de um ciclo para que outro tenha início, a carta está envolvida pelo sentido de fatalidade, onde a desilusão e renascimento da crença se alteram na renovação das ideias, gerando as transformações. Ela indica a passagem para o outro lado da vida. Mudança nos estados de consciência, abrindo novas possibilidades. Também está conduzindo a um reino de luz, onde as portas se abrem com o desaparecimento do corpo físico. É o triunfo da eternidade. A carta aponta para mudanças conscientes e lembra que a dor faz parte da vida – não há motivo para drama. Algo morrerá, sim, mas não se trata de morte física.
XVIII - A LUA - (AS ILUSÕES) - A lua representa os elos invisíveis que unem o plano físico ao plano astral e sugere a reflexão sobre o que nos rodeia. Aconselha a um processo de autoconhecimento e cuidado com as decisões. Representa o inconsciente e é uma das cartas mais complexas do tarô. A Lua diz que temos de ir além do mundo das aparências e combater os verdadeiros inimigos ocultos. Ela é uma carta que gera a criação imaginativa. É o próprio reino da fantasia e dos sonhos. Penosa conquista da verdade e experimentação de ideias, em que a realidade tende a apresentar-se envolta de roupagens ilusórias. Pode indicar confusão mental e o auto engano.
XX - O JULGAMENTO - (A RESSURREIÇÃO) - Esta carta significa a submissão do homem a um sentido superior, representando a plenitude e autoconhecimento que se instaura, permitindo novas realizações. Espiritualidade, renovação, atualização do passado e convocação a um estado de purificação. Um anjo anuncia uma nova ordem divina, Fruto de transformações propiciadas pelos Arcanos anteriores, esta á a carta da imortalidade. Ela retrata as surpresas e descobertas, esta carta também traz rapidez e força espiritual para promover mudanças. O narcisismo morre e a ressurreição exigirá formas inéditas. É o uso do livre-arbítrio, rompendo com o que não serve mais e a aceitação do novo.
Espadas - tem como símbolo uma espada curva que era utilizada pelos Árabes, Turcos, Persas e guerreiros muçulmanos, na forma de um S negro. Está relacionado com o elemento Ar, que denomina a função do pensamento.
A palavra Taro escrito de trás para frente, significa Tora - nome da Bíblia Sagrada dos Judeus. Ao ser considerado também de origem egípcia, temos então o seguinte significado da palavra TAR - caminho e RHO -
Rei ou real. Por isso Tarô representa o caminho real ou caminho da
vida. Portanto a leitura ou interpretação dos mistérios do Tarô envolve
não só a intuição, pois um estudo constante dos símbolos contidos nas
cartas e suas combinações. São usados três níveis na adivinhação; as
revelações do passado, presente e futuro, o autoconhecimento pela
ativação da mente, da espiritualidade e o desenvolvimento cerebral. Há
também uma comparação às quatros estações do ano, as 52 semanas do ano e
aos treze meses lunares. Este Oráculo é amplamente associado aos
arquétipos da humanidade e cada vez migrado a uma inteligência Cósmica
que nos leva ao conhecimento interior.
As imagens das cartas são símbolos antigos e evocam experiências de vida, pertencentes à condição humana e ao nosso próprio destino. Dos Arcanos Maiores nenhuma das 22 cartas pode ser considerada fácil ou difícil, dependendo do tipo de experiência que estejam retratando no momento. As cartas do Tarô foram inventadas apenas como um jogo para jogar ou para fins educacionais; seu uso para adivinhação começou a se espalhar especialmente sob a forma italiana no final da Idade Média e da Renascença.
A GRANDE JORNADA DO LOUCO
A jornada do Louco simboliza o caminho do autoconhecimento e o
autodesenvolvimento que está à disposição dos homens. Cada carta dos
Arcanos Maiores representa a ampliação da consciência e o processo de
evolução da vida humana - uma experiência que dá acesso a uma espécie de
portão às fontes interiores do Ser.
Começamos com o Louco, que dá início a uma grande caminhada nas 22
energias básicas do nosso Universo, é o caminho para Deus, para a
iluminação. Tudo o que esse prisioneiro precisa saber já está presente
dentro dele. O Louco representa cada um de nós ao começarmos a nossa
jornada de vida. Ele é Louco porque só uma alma simples tem a fé
inocente para compreender, tal como o poeta, a jornada com todos os seus
azares, dificuldades e recompensas.
No começo da viagem o Louco é uma criança inocente, aberto e espontâneo.
O Louco precisa passar por diferentes fases em sua vida, que são
projetadas numa tela vazia, simbolizando o nada, (como num zero), mas
imbuído do desejo de prosseguir a sua viagem e aprender.
No começo da jornada o Louco encontra imediatamente o Mago e a
Sacerdotisa, o arquétipo “masculino” e o “feminino”, o plano material e o
espiritual - as duas grandes forças em equilíbrio que fazem o mundo tal
como o conhecemos. Tal como tudo o que existe no Universo, tudo tem o
seu contrário. Não podemos pensar na noite, sem o conceito oposto, o
dia. O Mago (I) é criativo e o princípio ativo, é a nossa tomada de
consciência. A Sacerdotisa (II) é o lado passivo, feminino, o “yin”. O
Mago e a Sacerdotisa são iguais em valor e importância. Cada um é
necessário para haver equilíbrio.
À medida que vai crescendo, o Louco vai ficando cada vez mais alertado
para o que o rodeia. Tal como a maior parte dos bebês que primeiro
reconhece sua mãe - a mulher carinhosa, afetuosa que o nutre e cuida
dele. Conhece também a mãe natureza que o cria, quando encontra a
Imperatriz (III) que representa o mundo da Natureza, das sensações, da
fertilidade e das delícias da vida. A seguir o Louco encontra o Pai na
figura do Imperador (VI). É o representante da estrutura e da
autoridade. Tal como o bebê que deixa os braços de sua mãe, ele aprende
que há padrões para o seu mundo. A criança tem então uma nova
experiência que lhe vem da descoberta da ordem. O Louco também se depara
com as regras. Aprende que a sua vontade nem sempre é soberana e que há
pessoas com autoridade para imporem regras. Estas restrições podem ser
frustrantes, mas através da atitude persistente do Pai, o Louco começa a
compreender os seus propósitos.
Agora, o Louco irá sair de casa e começar a sua educação formal e moral,
ele descobre a religiosidade e respeito a Deus através do Hierofante
(V) ou (Papa). A criança é treinada em todas as práticas da sua
sociedade e torna-se parte de uma cultura particular e do mundo.
O Louco confronta-se agora com dois novos desafios. Passa pela forte
necessidade de união sexual com outra pessoa. Ele sente-se atraído para
as relações amorosas com Os Amantes (VI), mas também precisa decidir
sobre as suas próprias crenças, os seus próprios valores. Começa a pôr
em causa toda a informação que tem recebido e hesita entre aquilo que
foi e o que está para vir.
Mas os desafios continuam a surgir para Louco e podem causar-lhe
sofrimento ou desilusão. O Louco desenvolverá a coragem frente às
adversidades através do Carro (VII). Agora ele está preparado para
viajar para qualquer lugar, neste mundo ou em qualquer outro. O louco já
passou por algumas transformações e deixou de se ocupar com os ideais
da sociedade e com os modelos exteriores. Somente a Justiça (VIII)
continua olhando atentamente e diretamente nos olhos dele. A partir de
agora ele sabe que terá que continuar sua jornada com disciplina e
consciência da verdade. As exigências da Justiça têm que ser cumpridas, é
a Lei universal. Neste momento tem que tomar decisões, mas elas têm que
ser analisadas com imparcialidade.
Ocorre então uma constante crise de identidade. Pergunta-se
constantemente quem ele é na realidade? O Louco começa a fazer uma
introspecção quando se depara com o Eremita (IX) tentando compreender os
seus sentimentos e motivações. O mundo sensual tem menos atrações e
procura momentos de solidão, há seu tempo, procura um professor ou guia
para orientá-lo e aconselha-lo. Ele se retira da agitação mundana e
torna-se um Sábio.
Depois de muita introspecção o Louco começa a entender como tudo está
interligado. Tem uma visão maravilhosa das suas formas e ciclos
complexos. Às vezes as suas experiências parecem ser o trabalho do
destino, ele pode iniciar um processo de mudança, através da Roda Da
Fortuna (X), determinado pela vontade própria é conduzido para as
alturas ou para o abismo. Neste momento, o Louco tem que decidir o que
esta visão significa para ele. Olha para trás e assume a
responsabilidade pelas suas ações passadas e faz correções e ajustes
para o futuro.
Quando se torna adulto, ele descobre seus instintos mais íntimos, ou
seja, eu sou o meu corpo. A Força (XI), o Louco já tem uma forte
identidade e certo domínio sobre si mesmo. Através da inteligência,
sutileza e da força de vontade desenvolveu um controle interior que lhe
permite ter êxito sobre o que o rodeia.
O Louco vai aperceber-se que nem tudo na vida são facilidades e, mais
cedo ou mais tarde, vai encontrar a sua cruz, quando começa a passar por
suas provas, pelo Enforcado (XII). Ele aprende a render-se às suas
experiências e não a contrariá-las.
Chegou então a hora do Louco eliminar velhos hábitos, conceitos e
preconceitos. É chegado o momento de transformar-se num novo ser através
da Morte (XIII). O medo do desconhecido precisa ser superado. Ele corta
seus excessos porque aprecia as coisas básicas da vida. Desde a época
em que abraçou o Eremita, o Louco tem balançado num pêndulo emocional
até perceber o equilíbrio estável da Temperança (XIV), pois ao conhecer
os extremos dessa jornada, encontra a moderação e aqui combinará todos
os aspectos de si próprio para ter a harmonia. O caminho fica
desimpedido.
Embora aparentemente pareça não precisar de mais nada, como é corajoso, o
Louco vai ao mais profundo do seu ser e então surge o encontro com o
Diabo (XV), que não é mais que o nó da ignorância, medo e a atração pelo
material. O Louco entende que do Diabo só conseguirá libertação através
da destruição pela Torre (XVI) e da mudança brusca, isto pode ser uma
experiência dolorosa, mas que vale a pena ser vivida, pois ao conseguir
ultrapassá-la surge a sensação de calma e serenidade, que traz o brilho e
a esperança representada pela Estrela (XVII) em que o Louco tem o seu
coração aberto e o seu amor flui livremente.
Mas, esta calma perfeita pode ser alterada pela Lua (XVIII) que traz as
ilusões, a fantasia e a imaginação. Tudo parece estar oculto, e estas
experiências podem fazer com que o Louco se sinta perdido e
desorientado. Mas uma mudança se torna real para ele, quando a lucidez é
provocada pela luz e claridade do Sol (XIX) que vai conseguir
direcionar a imaginação do Louco que começa a sentir uma felicidade sem
fim, capaz de realizar a sua grandeza.
O Louco renasceu e deverá fazer o Julgamento (XX) mais profundo de sua
vida, deve descobrir do porque anda neste mundo e receber aquilo que
merece, nesta vida. Sua própria consciência é que determina as ações e
suas consequências.
Então o Louco entrará novamente no Mundo (XXI), mas, desta vez com uma
compreensão muito mais integral, vivendo a sua vida com sentido,
completando os seus projetos. É a liberação de todas as forças vitais – a
dança. O fim da jornada do nosso Herói, ele descobriu seu lugar no
Mundo. Mas o Louco nunca para de crescer e brevemente partirá para outra
jornada a níveis mais elevados de compreensão e de consciência.
OS ARCANOS MAIORES DO TARÔ
ESSES ARQUÉTIPOS SÃO
INFINITAMENTE OS MAIORES CONHECEDORES DA VIVÊNCIA HUMANA... TRAZ O
AUTOCONHECIMENTO E NOS DÁ O CAMINHO PARA VIVERMOS MELHOR, O
CONSELHEIRO!!! É O ESPELHO DA VIDA.
|
ZERO - O LOUCO - (A AVENTURA) -
É o Arcano sem numeração, podendo vir primeiro ou após a vigésima
primeira carta. Símbolo da inocência, da inconsequência, do indefinido
universal, representando o desprendimento material que impulsiona as
possibilidades do desconhecido para a total liberdade. É o
desenvolvimento da criatividade, o entusiasmo para sempre recomeçar, que
permite atravessar alegremente as etapas que conduzem à perfeição.
Simboliza a inteligência divina e a fecundidade no plano físico, sendo a
eterna escola da vida. Representa o campo das possibilidades e abre
portas para o salto existencial.
No negativo - Acentua a irresponsabilidade, a falta de ação, a queda da autoestima e a loucura.
Conselho – Rever os valores, para ter condições de reinventar sob novos parâmetros. Buscar a felicidade com coragem, ousadia e liberdade.
I - O MAGO - (O INÍCIO) - É a
primeira carta do Tarô, representando a ação da inteligência
influenciando as pessoas, figura que guarda um travo romântico. É a
própria evocação das potencialidades artísticas, manipuladora das
circunstâncias que representam o homem. Significando a ciência e a
iluminação. Fruto de todas as ações ativas e passivas universais,
facilidade de combinação e apropriação dos elementos do espírito. É o
próprio ilusionista caracterizando objetivos e os fenômenos do mundo
sensível. Este Arcano tem os recursos de impulsionar a transformação.
Seus elementos simbolizam os quatro elementos e suas respectivas funções
psíquicas.
No negativo - Este Arcano inspira a mistificação, o engano e o egocentrismo.
Conselho – Ele inspira a usar todo potencial que estiver à disposição e os dons naturais para iniciar e concretizar os projetos.
II - A SACERDOTISA OU PAPISA -(A INTUIÇÃO) -
Este Arcano representa a sabedoria tranquila e corresponde à natureza
fecunda, santificada, trazendo em si mesma a potência cósmica da
produção. Induz ao companheirismo e ao equilíbrio de sentimentos. É a
matriarca, o próprio mistério, a intuição, o segredo, a criação de
realidades ilusórias - Possui a ambiguidade e vínculos com o poder
particulariza a sabedoria tendente à espiritualidade e o domínio as
paixões através da inteligência. É associada a divindades como a deusa
Ísis ou a Virgem Maria. Encarna o princípio passivo e receptivo
feminino. Marca a polaridade primordial de luz e trevas, sol e lua e
etc.
No negativo - Ela conduz à violência disfarçada, a fraqueza de caráter e o poder através da magia.
Conselho – Purificar o coração e usar a intuição para compreender a situação que se apresenta. Não racionalizar e esperar com calma.
III - A IMPERATRIZ - (A REALIZAÇÃO) - É
a força feminina que seduz e fecunda, esta carta define um conjunto
harmonioso de poder e da sensualidade. Organização de possibilidades
produtivas e evolutivas. A Imperatriz significa a potência passiva do
mundo enquanto matéria. É a esperança e equilíbrio trazendo a solução de
problemas pendentes. É o uso equilibrado dos recursos financeiros -
Potência de ação irresistível e contínua, a feminilidade e fecundidade
do homem para suas criações. Vinculada à natureza, simboliza o aspecto
criativo do feminino, identificada à mulher de hoje. Ela é a inspiração e
o amor, mas procura administrar a emoção por meio da razão.
No negativo - Pode gerar a infidelidade, sentimento exagerado de posse e egoísmo.
Conselho – Ter confiança em si e na sua inteligência, manter o autocontrole.
IV - O IMPERADOR - (O PODER) - Esta
carta simboliza o poder paterno, a ação concreta de realização. É a
autoridade impondo a razão sobre os sentimentos, no plano individual e
social. Ela representa as energias materiais, o ponto de apoio da
sabedoria. Este Arcano está ligado às ações práticas e conselhos úteis.
Inteligência equilibrada não indo além do plano utilitário. É um
empreendedor e possuidor de forças e bens passageiros. Figura de
proteção, segurança e limites. Mostra a importância de defender
territórios, tomar posse do que é seu e atuar com disciplina. Ajuda na
definição de estratégias certeiras para concretizar metas. Juntos, a
Imperatriz e o Imperador completam o ciclo de possibilidades da matéria.
Ela a potência passiva. Ele a potência da matéria ativa. Ela faz
transparecer a evolução. Ele a realização plena.
No negativo - Indica a vaidade, abuso do poder, frieza e crueldade.
Conselho – Ser persistente, esta carta ajuda a obter a autoridade. Lute pelo seu espaço.
V - O HIEROFANTE - (O CRIADOR E O HOMEM) -
Este Arcano representa a autoridade divina e moral. Rege a disposição
espiritual e a responsabilidade. A obrigação de restringir suas ações à
submissão às leis e aos ensinamentos divinos - a aceitação de ensinar e
julgar com equidade. Equilíbrio, revelação de segredos, vocação
religiosa e científica. Sentimento forte e afeição sólida. O Hierofante é
a forma ativa de inteligência, proporcionando soluções lógicas, ele
personifica o próprio sacerdote, a respeitabilidade e uma conexão com
Deus. Também chamado de “O Papa”, marca a primeira etapa da
transcendência. Ele traz a força espiritual, impondo o respeito aos bons
costumes.
No negativo - O desvio da conduta moral, à perversão ao dogmatismo e a falta de fé.
Conselho – Busque o senso de orientação interna, ele ajuda a ordenar as ideias e a criar regras práticas para colocar a vida em ordem.
VI - OS AMANTES - (A DECISÃO) -
Este Arcano também chamado de “Os Enamorados” representa o amor e a
atração sexual, significa a fusão entre o espiritual e a matéria,
emanando os desejos materiais. A união entre amantes e a dúvida entre
dois caminhos. É o sentimento do amor físico intensificando o amor
espiritual. Atração pela beleza e pelas formas plenamente realizadas.
Esta carta está marcada pelo desejo que incita o homem a se unir ao
geral e ao universal. Trata-se da liberdade de escolha. È um Arcano que
nos ensina a integrar a razão e a intuição, a ter confiança e também
desapego. Representando os encontros amorosos, a vida extraconjugal e as
opções.
No negativo - Pode gerar emoções descontroladas, decepções amorosas, separações e deslealdade.
Conselho – Depois de refletir, decida sem medo e a energia voltará a fluir.
VII - O CARRO - (A DIREÇÃO) - Este
Arcano simboliza o triunfo e a segurança, traz consigo toda a carga
benfazeja do número sete, significando a mudança de uma situação, o
controle de tudo. É o símbolo da vitória e de uma conquista. Esta carta
expressa à força material e a ação exercida pelo homem sobre a terra.
Representando as viagens, o êxito e a rapidez, são as competições sempre
vencidas. É a busca do progresso e da eficiência na ação direta, que
impulsionam o homem e o obrigam a um permanente movimento, indica a
agilidade, saúde e resistência, é o conceito de direção e a meta. A
carta mostra que as rédeas da vida estão nas mãos, as rodas e os cavalos
são puro impulso. Define os objetivos para alcançar o sucesso.
No negativo - Possíveis derrotas, submissão à vaidade e a falta de direção.
Conselho - Assumir a responsabilidade pelos atos, não perder o foco e usar de habilidade para atingir as metas.
VIII - A JUSTIÇA - (O EQUILÍBRIO) - Este Arcano para Waite está com o número Onze
em seu baralho. Indica a decisão equilibrada, o bom caráter,
representando a justiça cósmica, de origem divina, é imutável,
impassível, baseada na inteligência. Trata-se dos deveres e direitos do
homem no curso da evolução. A clareza de julgamento, e em casos de
demanda, o resultado é um julgamento justo. O uso da sabedoria na
avaliação das coisas, significando a ação direta em sua plenitude
originada pelo trabalho interior. Os atributos principais são a
ponderação e imparcialidade. No Tarô a Justiça não tem os olhos
vendados, é preciso ver as coisas como são. É positiva, mas dura: impõe o
fim das ilusões e sem sentimentalismos. É o julgamento imposto pelo
homem por sua consciência profunda. Retratando os papéis, os documentos,
as leis e o próprio trabalho.
No negativo - Gera as
dificuldades em todas as coisas de forma imparcial, a falsidade e a
severidade cruel. Na área afetiva indica possível separação.
Conselho – Promover as mudanças necessárias na vida com cautela e cabeça fria.
IX - O EREMITA - (A INTROSPECÇÃO) - Este
Arcano representa o recolhimento para reflexão, nesta carta o amor
encerra a vida a e luz. Diferentemente da carta do Hierofante, a
sabedoria deste velho não se encontra em livros, e sim no silêncio e na
solidão. Pede que busquemos o significado da vida dentro de nós e não
fora. É a prudência retratada na matéria, o uso da sabedoria obtida
pelas experiências vividas e são as decisões amadurecidas. Este Arcano
pede a calma e a meditação, que se faz necessária para a concretização
de um trabalho efetivo. Simbolizando o homem em busca da iluminação e da
verdade, com paciência e a evolução espiritual através da luz que sua
lanterna projeta.
No negativo - Traz a irritação, a teimosia, a intolerância e o apego ao passado.
Conselho – A meditação e a paciência serão aliadas importantes na busca do autoconhecimento.
X - A RODA DA FORTUNA - (AS MUDANÇAS) - Este
Arcano trata os altos e baixos que o destino oferece, é a própria
evocação de todas as possibilidades humanas. Representando um novo ciclo
para o homem, gerado do ciclo anterior. Tal postura nos ajuda a
respeitar o final de um ciclo e aguardar o próximo. É a consumação da
vida com suas chances de ascensão e queda. A Roda apresenta as três
fazes a que estão sujeitos todos os seres da criação.
A primeira parte, representando a queda ou fase instintiva de adaptação à
vida física. A segunda parte no outro lado da carta mostra o estágio de
evolução. Tudo é cíclico e passageiro.
A terceira parte superior da carta é o julgamento da justiça inelutável e
da força divina que orienta o aperfeiçoamento dos seres. Acompanhado de
outros arcanos, aconselha o indivíduo a estar atento aos momentos
favoráveis e aproveita-los ao máximo.
No negativo – Mudanças repentinas, o karma, decadência e instabilidade.
Conselho – Deixar o destino fluir, não tentar impedir as mudanças que se fazem necessárias no momento.
XI - A FORÇA - (A ENERGIA) - No baralho de Waite, é atribuído o número Oito a
esta carta. É um Arcano que retrata a vontade de vencer toda e qualquer
situação, simbolizando o poder de agir com controle e responsabilidade.
É a própria capacidade de sufocar o instinto e deixar fluir a
sabedoria. O espírito domina a matéria, proporcionando o poder da
conquista e o fruto de energias acumuladas, o dom de persuasão e o uso
ponderado das funções sexuais. Representando as lutas e a vontade de
vencer, o homem domina as suas forças sem se deixar vencer por elas.
Esta carta dá a grande capacidade e discernimento na avaliação do falso e
do verdadeiro, do útil e do inútil. Mediadora do ego consciente e as
pulsões inconscientes, alerta que é preciso ter atenção.
No negativo - A indiferença à estagnação, atitudes impensadas e a manipulação prejudicial dos sentimentos dos outros.
Conselho – Manter o autodomínio e usar a energia instintiva com inteligência e sutileza.
XII - O ENFORCADO - (A PROVA) -
Este Arcano representa a capacidade de aceitação, compreensão dos
problemas, significando uma pausa ou suspensão do trabalho evolutivo.
Simbolizando o apostolado e o sacrifício por um bem maior. Indica que
todos os seus atos no plano material refletem-se no plano espiritual. É o
destino, com possibilidades de transformação; a
impotência momentânea para a ação. As experiências trazidas por este
Arcano são dolorosas, pois exige o sacrifício do ego. É uma carta da
espiritualidade que ajuda a desenvolver a aceitação. Não se deve agir
como mártir.
No negativo - Gera a revolta contra os obstáculos, ceticismo, a fuga da realidade e a estagnação.
Conselho – Não fazer nada, é hora de meditar, orar e resignar-se diante do destino.
XIII - A MORTE - (A TRANSFORMAÇÃO) - Este Arcano representa o fim de um ciclo para que outro tenha início, a carta está envolvida pelo sentido de fatalidade, onde a desilusão e renascimento da crença se alteram na renovação das ideias, gerando as transformações. Ela indica a passagem para o outro lado da vida. Mudança nos estados de consciência, abrindo novas possibilidades. Também está conduzindo a um reino de luz, onde as portas se abrem com o desaparecimento do corpo físico. É o triunfo da eternidade. A carta aponta para mudanças conscientes e lembra que a dor faz parte da vida – não há motivo para drama. Algo morrerá, sim, mas não se trata de morte física.
No negativo - Pode indicar um rompimento de uma união ou situação, uma perda ou um corte e a morte física.
Conselhos – Eliminar velhos hábitos, ideias e relações que impedem o florescimento. É o processo de cura para o crescimento.
XIV - A TEMPERANÇA - (A MODERAÇÃO) - Este
Arcano traz a tranquilidade e adaptabilidade às circunstâncias,
simbolizando a concentração de possibilidades para o eterno movimento
das energias da matéria. Esta é a carta da maturidade e da proteção
espiritual. Ao verter água de um jarro para outro, o anjo tempera
sentimento e razão, mesmo quando tudo parece parado, essas energias
estão se acomodando. Ela está ligada à virtude de quem domina as
paixões. Revela também o espírito conciliador, com grande capacidade de
se adequar as ocasiões que surgem, ausência de preconceitos no
julgamento dos atos humanos. É uma carta de caráter tolerante e moldável
para adaptar-se às adversidades e transformações, persistindo na busca
da felicidade. União bem sucedida e os bons relacionamentos.
No negativo - Indica o espírito retraído, a falta de comunicação e conflitos insolúveis.
Conselho – Procurar adaptar-se as exigências do momento, aceitar as imposições do tempo e apenas esperar.
XV - O DIABO - (O BEM E O MAL) -
Este Arcano revela o princípio da atividade espiritual, simbolizando a
evolução no sentido da concretização da riqueza e triunfo. É uma das
faces da origem divina no reino das trevas. Representa a saúde física, o
bom desempenho sexual, as paixões, o sucesso nos negócios e a
esperteza. A transgressão da moral cósmica e do império dos instintos. É
o ponto de equilíbrio entre as reservas do bem o do mal. Possui o
magnetismo e o poder oculto. É o hermafroditismo. Se não fosse o Diabo,
estaríamos no paraíso, mas não teríamos provado os frutos da Árvore do
Conhecimento. Lembrando que o outro nome bíblico do Diabo é Lúcifer, que
significa: “a luz se fez”.
No negativo - representa a
luxúria, o egoísmo, a vidência, condução desonesta, vícios e as fraudes.
Desempenha o pensamento humano, que caracteriza como uma força maligna.
Conselho – Apaixone-se pela vida e retire o véu da ignorância. A busca pelo prazer é legítima.
XVI - A TORRE - (A DESTRUÍÇÃO) - Este
Arcano representa a destruição de tabus, dos preconceitos e o
redirecionamento dos valores, da conduta e ações. Traz um significado do
progresso humano baseado na construção e reconstrução de tudo que pode
ser interpretado como um sinal de libertação. Portanto ela mostra a
ruína do fruto de todos os esforços humanos que são inevitáveis. Ela vem
eliminando as riquezas, as ambições e ilusões. É necessário o
crescimento, a prudência e a sabedoria, traz a lembrança do castigo
divino descrito na passagem bíblica da Torre de Babel. Também chamada
como a “Casa de Deus”,
forças divinas aniquilam a soberba do homem. A sucessão de fatos
promovidos por esta carta visa a ensinar que tudo está ligado e nada
acontece por acaso.
No negativo - Pode indicar a recusa, a queda gerada pelo orgulho, pela vaidade e inconsciência.
Conselho – Colabore com as transformações e rompa definitivamente com o passado.
XVII - A ESTRELA - (A ESPERANÇA) - A
carta da Estrela representa o princípio que rege a harmonia dos mundos,
indica que os elementos trabalham a favor do indivíduo. Esta carta nos
traz o aconselhamento, a esperança e o princípio ativo da edificação
cósmica. Símbolo da pureza, uma mulher nua e totalmente integrada à
natureza nos conforta com a sensação de bem estar. Ela gera a
criatividade, promete o sucesso, principalmente no campo das Artes. Na
Terra assume a encarnação da mulher, no céu é a fonte da luz e o
esplendor. Prenuncia uma aurora de paz, satisfação e amor. É o símbolo
da beleza que fascina a todos. Esta carta dá a fé, em qualquer posição
que apareça no jogo, indica algo positivo e nos presenteia com uma dose
de otimismo.
No negativo - pode indicar a fraqueza de caráter e ingenuidade excessiva, a falta de fé e de esperança.
Conselho – Faça tudo para revigorar as forças, aproxime-se da natureza. Diante dos desafios, mantenha a confiança na vida.
XVIII - A LUA - (AS ILUSÕES) - A lua representa os elos invisíveis que unem o plano físico ao plano astral e sugere a reflexão sobre o que nos rodeia. Aconselha a um processo de autoconhecimento e cuidado com as decisões. Representa o inconsciente e é uma das cartas mais complexas do tarô. A Lua diz que temos de ir além do mundo das aparências e combater os verdadeiros inimigos ocultos. Ela é uma carta que gera a criação imaginativa. É o próprio reino da fantasia e dos sonhos. Penosa conquista da verdade e experimentação de ideias, em que a realidade tende a apresentar-se envolta de roupagens ilusórias. Pode indicar confusão mental e o auto engano.
No negativo - Aponta para o perigo de vícios e a possibilidade de inimigos ocultos, a mente corre riscos.
Conselho – Aquilo que chamamos
de “realidade” podes ser fruto de crenças equivocadas. Para superá-las,
empenhe-se no caminho do autoconhecimento.
XIX - O SOL - (A ALEGRIA) - Este
Arcano representa a luz sempre presente no homem, simbolizando a
energia e possibilidades de associações frutíferas, é o prazer em
contato com a natureza; saúde e equilíbrio mental, físico e espiritual. É
o elemento de triunfo e de vitória em qualquer situação que se
encontre. Indica a sabedoria, vitalidade, proteção divina,
prosperidade, clareza de juízo e de expressão, luz e razão. No campo das
emoções, são os amores correspondidos e a felicidade completa. Ela nos
convida a redescobrir a criança interior, incorporando-a à
responsabilidade adulta. Essa reconexão permite entrar em contato com a
fonte primordial da energia divina.
No negativo - Pode indicar o abandono e deslealdade, dificuldades de relacionamentos.
Conselho – É hora de se harmonizar e de compartilhar. Essa é a atitude capaz de ativar a luminosa fonte do amor incondicional.
XX - O JULGAMENTO - (A RESSURREIÇÃO) - Esta carta significa a submissão do homem a um sentido superior, representando a plenitude e autoconhecimento que se instaura, permitindo novas realizações. Espiritualidade, renovação, atualização do passado e convocação a um estado de purificação. Um anjo anuncia uma nova ordem divina, Fruto de transformações propiciadas pelos Arcanos anteriores, esta á a carta da imortalidade. Ela retrata as surpresas e descobertas, esta carta também traz rapidez e força espiritual para promover mudanças. O narcisismo morre e a ressurreição exigirá formas inéditas. É o uso do livre-arbítrio, rompendo com o que não serve mais e a aceitação do novo.
No negativo - Significa a negação da verdade e o engano nas decisões, a injustiça.
Conselho – Aceitar os novos valores e romper com os que não servem mais.Abrir-se para a vida espiritual e buscar a paz.
XXI - O MUNDO - (O SUCESSO) -
Este Arcano representa o fim de uma jornada, ele congrega os quatro
elementos e indica a perfeita realização dos nossos ideais, é o
conhecimento e aplicação do que se sabe para o bem comum. É o ápice da
vida. Esta carta simboliza a perfeição em sentido universal, o triunfo
sobre a matéria, o apogeu da evolução e o perfeito equilíbrio dos
mundos. Retrata a totalização de tudo e a contemplação das emoções. A
relação com a vida muda e a sensação é de plenitude. O ciclo se completa
e as experiências foram vividas como dádivas. Podemos mais uma vez, dar
a mão ao Louco e começar um novo capítulo. Esta é a carta da dignidade.
No negativo - Ela significa a falta de fé em si mesmo, as dificuldades da vida e a fragilidade física.
Conselho – Finalize o que for necessário, resolva pendências e prepare-se para um novo tempo.
OS QUATRO NAIPES DO TARÔ
Os quatro Naipes do baralho comum e do Tarô estão relacionados aos
quatro elementos sendo de grande importância em sua linguagem simbólica,
para chegarmos a uma série de conclusões do nosso cotidiano. Nas cartas
estão ocultos inúmeros significados e interpretações. Waite foi o
primeiro a acrescentar desenhos simbólicos às cartas do seu baralho;
antes elas apresentavam a forma tradicional que conhecemos no baralho
comum de cartas de jogar. Os Arcanos Menores se subdividem em quatro
fileiras, sempre com uma sequência que vai do Um (ÁS) ao Dez e cada
Naipe corresponde a um elemento e sua definição seria Copas ou Taças;
Ouros ou Moedas; Espadas ou Gládios e Paus ou Bastões, relacionados com a
Água, a Terra, o Ar e o Fogo.
Também fica evidente a correspondência entre o Tarô Mameluco e os
Arcanos Menores. E quem são os Mamelucos? Eles foram membros de antiga
milícia turco-egípcia, formada por escravos caucasianos. Durante muitos
anos na Idade Média, o uso dos Arcanos Menores trazia para a
Aristocracia Europeia um mero prazer como jogos de azar e com o tempo
foi se utilizando no exercício mental para o jogo de adivinhação. Esses
Arcanos são um conjunto de 56 cartas divididas em quatro grupos de
quatorze lâminas. Cartas numeradas e quatro figuras humanas, denominadas
as figuras da corte. Reis, Rainhas, Cavaleiros e Valetes. Os Arcanos
Menores não têm o mesmo significado simbólico e arquetípico encontrado
nos Arcanos Maiores, mas são ricos em imagens muito significativas que
expressam as situações da vida diária. As figuras da corte representam
pessoas que desempenham determinados papéis ou tipos, que resultam dos
nossos condicionamentos.
OS FORMATOS DAS PRIMEIRAS CARTAS DOS MAMELUCOS
Copas - tem
como símbolo o cálice representado por uma taça Bizantina. Está
relacionado com o elemento Água, que denomina os sentimentos e as
emoções.
Ouros - tem como símbolo uma moeda cujo nome é " Dirahm" (antiga
moeda Árabe), nos baralhos modernos o seu formato é de um diamante.
Está relacionado ao elemento Terra, que denomina a percepção e a
matéria.
BASTÕES |
GLÁDIOS |
Paus - tem
como símbolo um taco de jogo de Pólo, sendo que nas cartas dos baralhos
espanhóis e italianos, sua forma é de um porrete em formato de uma
clava. Está relacionado com o elemento fogo, que denomina a intuição e o espírito.
AS FIGURAS DA CORTE DO TARÔ
Na maioria dos baralhos, as Figuras da Corte estão dispostas numa
configuração patriarcal, isto é, a figura principal é o Rei, ao redor do
qual as outras cartas se articulam: sua mulher – a Rainha, o filho de
ambos e o herdeiro do trono – o Cavaleiro e o Valete. Essas figuras
fornece a multiplicidade das possibilidades de combinações e de
interpretações oferecidas pelas cartas do baralho do Tarô. São jogos ou
brincadeiras que vivenciamos na nossa existência humana.
OS VALETES OU PAGENS –
Representa o potencial, o vir a ser, isso enquanto figura masculina
pode ser passivo, mas com o tempo desenvolve uma posição mais ativa,
como criança entrando na adolescência. Ele configura: a criança, o
filho, o jovem, o irmão, o moço, o estudante e a ambição.
OS CAVALEIROS DA CORTE – O
Cavaleiro é o fim da preparação para um reinício breve. É um momento de
identificação no desenvolvimento humano, é o jovem e a luta para o
crescimento físico e espiritual. Procura firmar-se e estabilizar-se,
como na literatura inglesa, seria LANCELOT – O Cavaleiro do Rei
Arthur. Os Cavaleiros dos quatro naipes representam uma energia volátil e
o espírito jovem indomável que nos leva a explorar e experimentar uma
determinada esfera da vida.
OS REIS DA CORTE – Os
Reis dos quatro naipes representam as qualidades dinâmicas expansivas e
assertivas daquele determinado naipe. Eles são as figuras masculinas
utilizando a total energia nessa esfera da vida. Reúnem em si os
princípios ativos, as atitudes as coisas que se impõem. Pode ser
configurado: o marido, o pai, o amigo, o amante, o homem que desperta
interesses ou são interesseiros, é o adulto.
AS RAINHAS DA CORTE OU DAMAS –
As Rainhas representam o princípio feminino tanto se impõem quanto
recebe imposições, por serem fixas e únicas dentro de cada naipe.
Geralmente são ambíguas em suas interpretações. Estão configuradas: a
esposa, a mãe, a amante, a irmã, a mulher nas quatro fazes da vida. As
Rainhas representam as características estáveis e acolhedoras no naipe.
AS NUMERADAS DO TARÔ
O ÁS -
representa a quinta essência do elemento do Naipe, pertencendo aos
Arcanos Menores, com uma particularidade muito especial. Ele se destaca
dentre todas as cartas, pois é do número UM que nascem todos os
demais números. Sempre que surge um ÁS, ele expressa uma intensa
energia, pois ele é a expressão mais forte da sequência toda. Os Ases
representam o equipamento básico do Mago - o conteúdo da trouxa
carregada pelo Louco. Está associado à criatividade, ao começo, à
individualidade. O ÁS é o ponto e define a confirmação das respostas.
O DOIS - é
a personificação do conceito de divisão, de dualidade. Ele expressa
tudo o que algum dia pode acontecer de negativo e/ou de positivo.
Significando os encontros, as uniões, as sociedades, a segunda chance e
as separações. O Dois é a linha.
O TRÊS -
este número serve como símbolo para a síntese, para a fertilidade, para
a trindade. Significando as lutas, a partida, as comemorações, o
trabalho, as descobertas e os esforços. O Três é a superfície.
O QUATRO -
é o símbolo básico da matéria, do quadrado, do cubo. Ele representa o
mundo, o volume, a densidade, o contrato e a estabilidade, mas também
simboliza estagnação, letargia, o adiantamento imobilidade. O Quatro é o
espaço.
O CINCO - simboliza
um novo desenvolvimento: é a dinâmica. A matéria agora é ampliada pelo
fator tempo, ou seja, ela se movimenta. Significando as
idéias variáveis, patrimônio, o legado, denota as contrariedades,
perdas, desonra, má ideia, desperdício. O Cinco é a diminuição.
O SEIS -
representa a conscientização do passado, do presente e também do
futuro. Significando o caminho, a passagem, mensageiro, esperanças,
novas relações, indecisões, o abandono, viagens, aspirações, o
inesperado. O Seis é a nostalgia.
O SETE -
sempre simboliza uma situação caracterizada por crise, insegurança
e instabilidade. Significando as especulações, ansiedade, a troca,
sonhar acordado, desilusões, discussões, falsidade, rivalidades,
numerosas lutas, perda de uma posição. O Sete é a astúcia.
O OITO -
é um símbolo do ciclo; do fluxo e do refluxo; da transformação. Denota a
modéstia, a posição, o emprego, as viagens, os novos ofícios,
fortuna adquirida pelo trabalho. A crítica, a discórdia, a renúncia, o
abandono. O Oito é cíclico.
O NOVE -
representa a plenitude e a abundância, bem como o ponto culminante de
um processo. Significando o êxito, a vitória, a prudência, a escolha das
afeições, lealdade, boa fé, dinheiro a receber, os desafios, adiamento,
obstáculos, decepção, desengano, os atrasos e discrição. O Nove é a
atitude.
O DEZ -
é a maior carta da sequência, o encerramento de um processo, um novo
ponto. Significando as heranças, as obras, a família, prosperidade,
ganhos, reputação, segurança, realização de atos que darão alegrias. As
lágrimas, as tristezas, o infortúnio, a moléstia, lamentos e sentimentos
profundos, a dor, a sobre carga. O Dez é o contentamento.