sexta-feira, 21 de junho de 2013

A HISTÓRIA DE MESTRA PAULINA:



A MESTRA MUITO AFAMADA PELO SEU PODER, E GLORIA DENTRO DA JUREMA
Mestra Paulina filha de ciganos, que sua família morreu no caminho antes de desembarcar no porto no bairro Jaraguá (O Porto de Jaraguá impulsionou o crescimento da Cidade que tornou-se Vila em 1815, e Capital da Província de Alagoas em 1839.)
Aonde os primeiros grupos de ciganos veio tentar a sorte no novo continente, muitos não chega ao seu destino, doença fome, sede, frio dentro dos navios.


A menina cigana foi vendida para uma Dona de Prostíbulo, que morava no Bairro Vergel, já que tentava a vida também no porto vendendo frutas e para ganhar mais um pouco, entre as arvores durante a coleta, pois queria a sua liberdade, Mais Paulina não perdeu o contato com a sua tribo cigana.
Esta senhora costumava dizer-lhe que ela havia sido deixada ali por uma cigana que esteve de passagem pela cidade, não havendo nenhuma referência de seu pai.


Talvez pelo fato desta menção, Paulina desde muito cedo se interessou pelo místico, pelo espiritual, aprendendo a colocar cartas e sendo depois, reconhecida como boa feiticeira, estando a sua história repleta de ligação com o povo cigano, apesar de que não haja nada que o prove, mais quem conhece Paulina vê que ela tem o seu mistérios místico cigano.
Os nomes dos locais eram dados de acordo com as ações e pessoas que ali existiam, a Aldeia do Índio, por exemplo, surgiu com esse nome porque havia índios no local.

Já a Grota do Cigano, (que passou a se chamar depois de Bairro do Jacinto) deve-se a existência de um grupo de ciganos que, vindo de São Luiz do Quitunde, (O povoado de São Luís do Quitunde foi originado de uma pequena aldeia indígena, descoberta em 1624 pelo holândes Albert Sourth.
Os holandeses, quando estiveram em São Luís do Quitunde, ergueram um forte à margem do Rio Sauassuí (atual Rio Paripueira) e ainda um canal revestido de ladrilhos, para escoar a madeira.)

O Jacintinha, não passava de um imenso sítio com predominância da Mata Atlântica, e, em alguns trechos, pequenas casas de moradores. O nome é uma alusão ao rico proprietário Jacinto Athayde, descendente de portugueses, que construiu seu casarão no Poço (ainda hoje preservado) e a ladeira de pedra que dava acesso ao sítio.
Já na década de 50, atraídos pelas possibilidades de emprego na capital, foram aparecendo os primeiros modos do novo bairro, que surgia com o nome de Jacintinho. A madeira da mata acabou sendo usada para construção de casas.


A figura de paulina na terra de Maceió na época e ligada à bela moça do cais do Porto de Jaraguá com a cesta de frutas.
E como ainda era menina, se prostituiria por trocados e escondia de sua tutora Dona Zefa 6 dedos, mestra esquerdeira, que quando descobria que as suas menina escondia dinheiro, batia e maltratava, sendo a sua protegida era Jovina, e Jovina entregava por maldade as companheiras, e a sua protetora era paulina por isso que ganhou o título de protetora das mulheres.
Cansada do trato abusivo recebido pela “senhora” (Zefa 6 Dedos, também mestra do catimbó e dona do prostíbulo), Paulina foge (literalmente) para Recife, que neste então era o centro financeiro da região, achando que ali teria melhor vida, instalando-se, como não podia ser diferente no Cais do Apolo / Rua da Guia, centro de prostituição, neste então, em pleno apogeu dado enorme fluxo de entrada e saída de barcos, pela condição da cidade nesta época de capital industrial e econômica da região.
Paulina antes de fugir para Recife ganhou muito dinheiro no cais e nas boates, e a primeira caravana de retirantes para recife La foi ela no meio de homens que ia se alistar na marinha para e a procura de novos rumos, tal como o Zé da Proa, que se tornou mais tarde boêmio pelas ruas.
Paulina com o dinheiro escondido comprou a sua casa de função e nos fundos a sua magia e na grota dos ciganos os índios remanescente a jurememou.


Lembremos das Mestras Paulina e Jovina, inimigas desde as “bandas de Maceió”, Onde uma mestra esta a outra não vem e se chegar e só demanda.
Paulina, apesar da maturidade que transmite em seus diálogos, talvez adquirido por sua larguíssima trajetória dentro da Jurema, morreu bastante jovem.


“Paulina morreu ainda bastante jovem, vitimada por uma série de peixeiradas (facadas) que lhes foram dadas pela mulher de um dos muitos amantes que teve, enquanto estava em um dos “locais de diversão” de mesmo Cais do Apolo.”
A Presença da Mestra Paulina nas salas de jurema, e de uma mulher conselheira, que sabe a hora de se levantar e cantar e encantar os que ali foi para pedir os seus bons conselhos e ajuda, mestra paulina e uma mestre de amor, e de causas impossíveis, e uma boa mestra e uma grande madrinha para com os seus discípulos luta por eles sempre.
E consagrada uma Princesa dentro da Jurema sagrada Princesa do Cruzeiro de Luz.
Cruzeiro mestre Divino, No trono estais sentadas, Eu to chamando eu to Paulina da Rede rasgada.

(Mestre Juremeiro Neto)

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