Como é bom ser levada em teus braços…
De brasa ser atiçada, queimada por teu fogo…
Morder tua boca, beijar, alisar teus traços….
Cigano de olhar tristonho e febril..
Vulto adorado nas noites de insônia…
Teus carinhos lembram a cachoeira…
Debruçada… sobre a bela begônia…
Cigano meu, misto de deus e duende,
Mistério que não acaba e me prende…
É teu meu pensamento, meu corpo…
Sou feliz assim, cativa… dessa corrente…
De ti respiro… bebo vida… energia…
Me perco e me encontro em teu corpo.
Na dança sutil exalando perfume, paixão.
Vinte é quatro horas de amor… é pouco!
Cigano meu, quente, de peito macio…
Quero beber o prazer na tua taça…
Rodopiar, girar, bailar no teu arrepio…
Dar continuidade à nossa bela raça!…
Vem cigano meu, me abraça, me caça!
Sou tua para sempre, de graça!…
(Marilena Trujillo)
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