sexta-feira, 20 de junho de 2014

YOGA:

            


 "O objetivo primordial do Yoga é restabelecer a paz. Estabelecer a simplicidade da mente, e libertá-la da confusão e da dor.  Esta sensação de calma vem da prática dos asanas iogues e pranayama.  Diferentemente de outras formas de exercícios que tensionam músculos e ossos,  o Yoga gentilmente rejuvenesce o corpo.  Ao restaurar o corpo, o Yoga liberta a mente de seus sentimentos negativos  causados pelo ritmo frenético da vida moderna.  A prática de Yoga completa os reservatórios  da esperança e do otimismo dentro de você. Ela o ajuda a suplantar todos os obstáculos  no caminho para a saúde perfeita  e para o contentamento espiritual.  É um renascimento.”   
   ~B.K.S Iyengar~   

** Leia os textos do Prof. Pedro Kupfer O que é YOGA  Que YOGA praticar?  Leia os textos do Prof. Hermógenes **
Sobre os benefícios da Yoga Revista Isto É

A Ciência do Yoga 

A Ciência do Yoga é uma das diversas contribuições originais da Índia para o mundo. Pretende-se descobrir e perceber a Realidade última através de práticas de yoga. Acharya Patanjali, seu fundador, era originário do distrito de Gonda (Ganara) em Uttar Pradesh. Prescreveu o controle do prana (sopro de vida) como meio de controlar o corpo, mente e alma. Isto posteriormente recompensa com uma boa saúde e felicidade interior. As 84 posturas de yogade Acharya Patanjali efetivamente melhoram a eficiência do aparelho respiratório, sistema circulatório, nervoso, digestivo e endócrino e muitos outros órgãos do corpo. A Ciência do Yoga ganhou popularidade devido à sua abordagem científica e benefícios. Yoga também detém o lugar de honra como uma das seis filosofias no sistema filosófico indiano.  Acharya Patanjali será sempre lembrado e reverenciado como um pioneiro na ciência da auto-disciplina, a felicidade e auto-realização 
  
  Acharya Patanjali
              
Os Oito Princípios da Yoga de Patanjali são: 1.Yama (princípios éticos), 2. Niyama (princípios morais) 3. Ásanas (posturas físicas), 4. Prãnayamas (exercicios respiratorios), 5.Pratyaraha (remoção dos sentidos do mundo externos), 6. Dharana (concentração), 7.Dhyana (meditação), 8. Samadhí (realização da meta).
          
 Árvore do Yoga

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1. Yama - Na filosofia do Yoga, a moral ou a moralidade possui o significado de estar em harmonia com o Universo, estar em estado de harmonia mental. A harmonia mental é necessária para poder meditar, para que a mente flua livre, sem impedimentos. Então, o propósito de Yama é produzir um estado de equilíbrio mental, onde a relação os outros seja harmoniosa, serena, pacífica. A palavra Yama quer dizer “controle”, ou seja, como devemos nos controlar, nos comportar perante os outros. 

Cinco 5 princípios do Yama: 
*Ahimsa: Significa não ferir ou magoar a outro Ser com Pensamento, Palavra ou Ação.Também é traduzida como Não-Violência. 
* Satya: significa Verdade Benevolente, ou seja, guiar todos os pensamentos, palavras e ações com o espírito de bem-estar. 
*Asteya: Asteya significa abster-se de tomar, física ou mentalmente, o que pertence aos outros. 
* Brahmacarya: significa ver Brahman, a divindade, o Supremo, presente em todas as coisas. Ver a divindade, o valor e a bondade inatos em todos os seres ou coisas. Este conceito também está ligado a dominação dos impulsos sexuais. 
*Aparigraha: Significa evitar acumular coisas supérfluas em nossas vidas, ou seja, prega a simplicidade voluntária.


2. Niyama- O segundo membro do caminho óctuplo de Patanjali é o Niyama, que significa literalmente “Auto-controle”
Repousa sobre cinco fundamentos: 
 Shaoca: Significa manter a limpeza e a pureza da mente, do corpo e do meio-ambiente.
 Santosa: Significa manter-se em estado mental equilibrado, em harmonia, em tranqüilidade mental, sendo que é traduzido literalmente por “Contentamento”.
  Tapah: Procurar realizar serviços desinteressadamente, fazer sacrifícios para beneficiar outros seres. É traduzido em algumas linhas de Yoga pela palavra “Ascese”. 
 Svadhyaya: Ler, estudar e entender temas espirituais, desenvolver o auto-estudo, manter-se em boa companhia, sendo traduzido literalmente por “Auto-estudo”. 
 Iishvara-Pranidhana: Significa procurar manter a nossa mente no ideal, ou seja, refugiar-se no Supremo.

3. Ásanas -A palavra ásana significa postura confortável, ou seja, são as posturas, os movimentos realizados durante a pratica de Yoga.

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Saudação ao Sol A e B



 Saudação à Lua



4. Prãnayama- Controle das energias vitais através de exercícios respiratórios. Existe uma relação direta entre nossa respiração, prãna (energia vital) e a mente, então através do controle respiratório podemos influenciar o fluxo de prãna (energia vital) no organismo humano, modificando o fluxo de pensamentos, de sensações, estimulando a paz e harmonia mental.

5. Pratyahara- Significa retirar a mente das coisas mundanas. Para obter-se sucesso na meditação é necessário inverter o fluxo da mente, para que a mente flua para o interior, para dentro, em direção ao Ser, em direção a Atman (Alma / Espírito).
                      
6. Dharana- É traduzido literalmente como “Concentração”. No Raja Yoga ensina-se que o Dharana deve ser feito em um dos Chackras (centros energéticos sutis).

7. Dhyana -A verdadeira Meditação, ou seja, quando a mente flui espontaneamente em direção a Consciência Suprema. A palavra Dhyana significa literalmente “deixar a mente fluir”, portanto a intenção de Dhyana é que a mente flua para o alto, para dentro, em direção ao Paratman, ou seja, em direção ao Grande Espírito, em direção a Grande Alma, ao Poder Supremo.



8. Samadhí- União Espiritual. Quando Jiivatman (espírito individual) funde-se com Paratman (Espírito Supremo). O Gheramda Samhita, possui um capitulo inteiro onde o Samadhí é descrito, sendo que começa da seguinte maneira: 7:1. O samádhi é um tipo de Yoga magnífico, que se adquire graças a uma grande dádiva. Obtêm-se samádhi graças à bondade e gentileza do guru, e,pela intensa dedicação que se lhe prestar. 7:2. Esta fantástica técnica de samádhi será prontamente dominada pelo yogui que tenha confiança no conhecimento, no seu guru e em si mesmo, e,cuja mente se abra à inteligência todos os dias. 7:3.  Samádhi ou mukti é a libertação de todos os estados de consciência e consiste em separar manas do corpo para uni-lo a Paramatman.  Existem diversas formas de definição do Samadhí, sendo que cada escola de Yoga o descreve de diversas maneiras.  Entretanto as descrições são apenas mapas e não o território, ou seja, as descrições são importantes para entender o porquê desta busca, mas apesar de todas as palavras só se conhece verdadeiramente sentindo a  Bem-Aveturança. 


                       Fonte aqui

              Respiração ou Pranayama         

"O esvaziamento da mente de toda ilusão, é a verdadeira exalação (rechaka) A percepção do EU SOU ATMàé a verdadeira inalação (puraka). E a constante firmeza nesta convicção é a verdadeira retenção ( kumbaka). Este é o verdadeiro Pranayama". ~Shankara~


Técnica de respiração yogue para acalmar o mental:

Aquelas pessoas que possuem um lado racional extremamente desenvolvido e sofrem com pensamentos múltiplos e em carrilhão, devem estimular a respiração com a narina esquerda, que conecta com a região do cérebro ligada as emoções; Funciona assim: com um dos dedos feche a narina direita e faça 30 respirações completas, ( inalação, seguida de exalação) lentas e concentradas, somente deixando passar o ar pela narina esquerda. Logo sentirá uma sensação de relaxamento e calma.


Técnica de respiração yogue para acalmar o emocional: Aquelas pessoas que possuem um lado emocional extremamente desenvolvido e sofrem com emoções descontroladas e intensas , devem estimular a respiração com a narina direita, que conecta com a região do cérebro ligada ao racional; Funciona assim: com um dos dedos feche a narina esquerda e faça 30 respirações completas, ( inalação, seguida de exalação) lentas e concentradas, somente deixando passar o ar pela narina direita. Logo sentirá uma sensação de mais firmeza e centramento. 
     


Técnicas de Respiração  yogue Professor Pedro Kupfer
As técnicas descritas a seguir servirão como treinamento básico para dominar e ampliar a mecânica da respiração. Poderão fazer-se independentemente umas das outras ou obedecendo à seqüência sugerida. Todas elas podem ser aplicadas durante a prática dos ásanas, o que irá potencializar os seus efeitos. Siga cuidadosamente estas instruções e consulte o seu instrutor caso tenha dúvidas a respeito.
1 - Adhama pránana, a respiração abdominal

A primeira etapa na prática de pránáyáma é disciplinar a respiração baixa ou abdominal. Pode ser feita deitado em decúbito dorsal ou sentado com as costas eretas. Procure fazê-la enquanto vamos descrevendo.

Coloque as palmas das mãos no abdômen para perceber o movimento do diafragma. Respirando pelas narinas, esvazie completamente os pulmões, contraindo o ventre. Permaneça por um instante sem ar. Deixe-o agora entrar devagar, soltando e expandindo naturalmente a musculatura do baixo ventre e depois a parede abdominal, conforme for enchendo a parte baixa dos pulmões.

Não retenha. Ao expirar, recolha os músculos abdominais. Continue respirando assim, relaxando o abdômen ao inspirar e contraindo-o levemente ao exalar. Esta é a forma ideal de fazê-lo no dia a dia, sendo aquela que surge espontaneamente ao dormir.

Após ter dominado o movimento anteriormente descrito, execute esta respiração no ritmo mais lento que conseguir, prolongando ao máximo o tempo da inalação e da exalação.

Com a prática, você poderá desenvolvê-la de forma ideal, acrescentando retenções de alguns segundos no final da inspiração e da expiração, o que irá aumentar a capacidade pulmonar e a vitalidade. Posteriormente, aumentará gradativamente a retenção até chegar a quadruplicar ou ainda octuplicar o tempo da inspiração. Depois, o ritmo começará a se encaixar naturalmente.

Efeitos: Este exercício promove um massageamento nos órgãos abdominais, melhorando o seu funcionamento. Elimina a ansiedade e aumenta a força de vontade, a concentração e a vivacidade mental. Feita sem esforço, revitaliza e predispõe a pessoa a uma atitude aberta e receptiva,  tendendo a aceitar a realidade tal como é.



        
2 - Adhama pránana, a respiração completa
Agora vamos respirar com todo o potencial e a capacidade dos nossos pulmões. Isto nos proporcionará uma sensação única de bem estar, leveza e vitalidade. São infinitas as sensações quando respiramos de forma completa e consciente: as idéias ficam mais claras, a tristeza se transforma em felicidade, a agitação em serenidade, a insegurança em autoconfiança, o desânimo em entusiasmo. Se você achou exageradas estas afirmações, nosso convite é para que experimente este exercício.

Quando possível, procure fazer pránáyáma diante do mar, próximo de uma cachoeira ou perto da natureza. A sensação do prana limpando e nutrindo as suas células lhe fará sentir revigorado em poucos minutos.


Sente-se em qualquer posição na qual você possa manter a coluna ereta sem forçamento. Feche os olhos e passe a acompanhar a respiração. Perceba o contato do ar com os condutos respiratórios, sinta o prána acariciar o seu corpo por dentro. Descontraia-se.


Elimine agora todo o ar dos pulmões e recolha o abdômen. Comece a inalar expandindo o ventre e o diafragma, deixando que o prána e o ar entram na parte baixa dos pulmões. Em seguida, deixe o ar entrar na área média, descontraindo a musculatura intercostal. Por fim, complete a inspiração enchendo de ar o ápice dos pulmões, sentindo que os alvéolos se abrem.


Expire com suavidade, soltando primeiramente o ar da parte alta, depois da parte média, retraindo os músculos intercostais, e, por fim, da parte baixa, contraindo o abdômen e fazendo com que o diafragma se eleve.


Continue desenvolvendo a respiração completa, procurando prolongar o tempo das fases e permitindo que o ar flua de forma cadenciada. Dessa maneira, você enche os pulmões de baixo para cima e os esvazia de forma inversa, de cima para baixo.


Acrescente posteriormente kúmbhaka e shúnyaka, retenções com os pulmões cheios e vazios. Essas paradas do fluxo respiratório não devem jamais ultrapassar a sua capacidade natural. A exalação deve ser lenta e controlada. Ao acrescentar os bandhas, contrações de órgãos, músculos, plexos e nervos, o nome do exercício passa a ser bandha pránáyáma ou prána bandha kriyá.


Efeitos: 
Aumento considerável da capacidade pulmonar, da resistência e do tônus geral do organismo, desintoxicação e oxigenação celular, revitalização, rejuvenescimento e tonificação. No aspecto psíquico, outorga ao praticante receptividade, atitude aberta em relação ao mundo que o rodeia, expansão total de si, concentração, entrega, felicidade. Aumentando a elasticidade da estrutura ósseo-muscular, o prána kriyá dissolve tensões somatizadas na região abdominal, nos ombros e no pescoço. 

                                         Por Prof. Pedro Kupfer 


 

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