terça-feira, 2 de junho de 2015

A AYAHUASCA E O SANTO DAIME-DOUTRINA DA FLORESTA ,RELIGIÃO OU EXPANSÃO DE CONSCIÊNCIA?







As origens do uso da Ayahuasca na bacia Amazônica remontam à Pré-história. Não é possível afirmar quando tal prática teve origem, no entanto, há evidências arqueológicas através de potes e desenhos que levam a crer que o uso de plantas alucinógenas ocorra desde 2.000 a.C.No século XVI, há relatos de que os espanhóis e portugueses, detentores das florestas do Novo Mundo, observaram a utilização de bebidas na cultura indígena e recriminaram-na: “quando bêbados, perdem o sentido, porque a bebida é muito poderosa, por meio dela comunicam-se com o demônio, porque eles ficam sem julgamento, e apresentam várias alucinações que eles atribuem a um deus que vive dentro destas plantas”.

O uso destas plantas foi condenado pela Santa Inquisição em 1616, mas o cerimonial persistiu de forma escondida dos dominadores Europeus. Os padres jesuítas descreveram o uso de “poções diabólicas” pelos nativos do Peru no século XVII.
A história moderna da Ayahuasca começa em 1851 quando o botânico inglês R. Spruce noticia o uso de bebidas que intoxicam entre os índios Tukanoan, no Brasil. Estes convidaram-no a participar de uma cerimônia que incluía a infusão que eles chamavam “caapi”. Spruce apenas tomou uma pequena quantidade daquela “nauseous beverage”, mas não se deu conta dos profundos efeitos que ela teve sobre seus amigos. Os Tukanoans mostraram a Spruce a planta da qual caapi derivava, e ele coletou espécies da planta e das flores. Spruce chamou-a deBanisteria caapi, e estudo posteriores levaram-no a concluir que caapi, yage e ayahuasca eram nomes indígenas para a mesma poção feita daquela videira.A Banisteria caapi de Spruce foi reclassificada como Banisteriopsis caapi pelo taxonomista Morton em 1931.

Em 1858, Spruce encontrou a mesma planta sendo usada na tribo Guahibo, na margem superior do rio Orinoco, na Colômbia e Venezuela, e, no mesmo ano, entre os Záparos dos Andes Peruanos, que denominavam-na Ayahuasca.
Simson’s, em 1886 foi quem primeiro observou a mistura das plantas na confecção da Ayahuasca.Apesar da coleta e identificação da Ayahuasca datar de 1851, os alcaloides já eram conhecidos desde a primeira metade do século XIX, o que se deve à facilidade de extração dos mesmos, bem como aos possíveis usos clínicos.
O começo do século vinte foi marcado por mais confusão do que esclarecimentos acerca da Ayahuasca, muitos identificaram-na, equivocadamente, do ponto de vista da botânica. Até que, em 1939, Chen & Chen descobriu que tanto a caapi, yagé e ayahuasca eram a mesma bebida.



ANTROPOLOGIA E O USO DA AYAHUASCA

Plantas com propriedades alucinógenas vem sendo utilizadas com finalidades místicas e religiosas em diferentes culturas primitivas. Há relatos do uso das poções em toda a Amazônia, chegando à costa do Pacífico no Peru, Colômbia e Equador, bem como na costa do Panamá, sendo que foi reconhecida em pelo menos 72 tribos indígenas, com pelo menos 40 diferentes nomes.Entre as diversas tribos da bacia Amazônica, a Ayahuasca é percebida como uma poção mágica inebriante, de origem divina, que “facilita o desprendimento da alma de seu confinamento corpóreo”, voltando ao mesmo conforme a vontade e carregada de conhecimentos sagrados(?). Entre os nativos é usada para propósitos de cura, religião e para fornecer visões que são importantes no planejamento de caçadas, prevenção contra espíritos malévolos, bem como contra ataques de feras da floresta.Antes da colonização européia, postula-se que as plantas inebriantes eram amplamente usadas com fins de bruxaria, rituais religiosos, cura e contato com forças sobrenaturais.


Entre os Tukanoans, o yajé é responsável pela arquitetura da tribo, pois as imagens geométricas induzidas pelo efeito do chá desempenham um importante papel na estrutura da vida cultural desta tribo, sendo que as experiências relacionadas à Ayahuasca pertencem a uma realidade mais nobre que a ordinária .
Para os Cashinahua, o uso da Ayahuasca só deve ser feito em condições extremas pois é considerada uma experiência desagradável e amedrontadora. Os índios Jivaro do Equador, relatam que a experiência com Ayahuasca é a vida real, ao passo que a realidade cotidiana é apenas uma ilusão. As visões são guiadas e manipuladas pelos Xamãs, o que resulta em visões grupais sintônicas, que são incluídas dentro dos rituais religiosos próprios destas culturas.O uso da Ayahuasca sobreviveu aos ataques das culturas dominadoras e pouco a pouco espalhou-se para os mestiços chegando enfim às pequenas cidades da região Amazônica. Nestas cidades o uso da bebida foi redimensionado, sendo que os Xamãs da Amazônia Peruana referem-se a si mesmos comovegetalistas. Estes “plant-doctors” ajudam as pessoas das áreas rurais e as populações pobres da áreas suburbanas que geralmente não têm outras opções em situações críticas na esfera da saúde física, mental e em “problemas sobrenaturais”.





Tais vegetalistas apresentam a tendência a especializarem-se em algumas poucas plantas e usam estes “ensinamentos” em sua prática. Assim, há tabaqueiros que usam tabaco,“toeros” que usam várias espécies de Brugmansia species; “catahueros” que usam resinas da catahua (Hura crepitans), “perfumeros”, que usam diversas espécies de plantas com aromas fortes e por fim os “ayahuasqueros” que se utilizam da ayahuasca em seus rituais.Os Xamãs usam a bebida em um contexto de cura. Eles tomam a Ayahuasca para melhor diagnosticar a natureza da doença do paciente. Segundo a crença, Os Vegetalistas podem receber o dom da cura por meio de espíritos da floresta e seu papel é o de, muitas vezes, intermediar a transmissão do conhecimento médico para o mundo dos humanos, possibilitando assim a cura.Os espíritos “plant teachers” são responsáveis por ensinarem aos Xamãs algumas músicas sobrenaturais chamadas “icaros”,tanto dentro das sessões de Ayahuasca quanto durante os sonhos que se seguem. Os “plant teachers” dão estas canções mágicas aos Xamãs ou vegetalistas ;então, estes podem cantá-las ou sussurrá-las durante a sessão de cura. Segundo a explicação dos Xamãs, quando uma pessoa se torna doente, seu “padrão energético torna-se distorcido”. Sob a influência da Ayahuasca, o Xamã pode ver a distorção e corrigí-la através de massagens, sucção, plantas medicinais, hidroterapia e restauração da alma do doente.

A similaridade entre estes métodos Xamãs e as técnicas orientais podem ser notadas. De forma interessante, os Xamãs escolhem plantas medicinais baseados em características visuais, como formas e cores. Por exemplo, uma planta que produz flores de formas semelhantes a uma orelha podem e devem ser usadas para tratamento de doenças relacionadas à orelha e audição. Parte do treinamento dos Xamãs, logo, envolve a prática de reconhecer e aprender a respeito dos poderes das plantas e dos animais e suas “virtudes escondidas”.É digno de nota o fato de que muitos Xamãs não usam os ensinamentos da Ayahuasca com pessoas que estejam doentes mentalmente.Outra tentativa de uso curativo da Ayahuasca foi empreendido na província de San Martin, no Peru, na década de 80, por um grupo misto de médicos franceses e peruanos, na tentativa de facilitar o tratamento da dependência química à pasta de cocaína, sendo que não se conhece nenhum estudo científico controlado, que possa corroborar este resultado .

AYAHUASCA E A RELIGIÃO

No século passado, além do consumo da mistura entre as populações indígenas, várias igrejas adotaram o uso da Ayahuasca em rituais sincréticos, especialmente no Brasil, onde os efeitos psicoativos são acoplados á conceitos das doutrinas Judaica, Cristã, Africana entre outras. As principais religiões deste módulo incluem a UDV (União do Vegetal), CEFLURIS (Santo Daime), Barquinha e o Alto Santo.
O uso da “hoasca”(corruptela do nome Ayahuasca) dentro de tais contextos religiosos foi oficialmente reconhecido e protegido pela lei no Brasil em 1987. Tais seitas incluíram a Ayahuasca em seus rituais de comunhão como um simbolismo comparável ao“pão e vinho”(nota pessoal;começa aqui o sincretismo religioso, afim de criar uma religião institucionalizada, deixando de lado os conceitos xamânicos de uso da erva e começando uma doutrinação para comércio, dogmas e arregimentação de adeptos, tudo o que nós não podemos alimentar e nem dar continuidade, numa Era onde as religiões não vão mais existir, nem este tipo de exploração em cima do ser humano, com intenções de dominação, doutrinação, poder e comércio).Estas igrejas argumentam(?) que a poção ajuda a promover concentração pronunciada e contato direto com o plano espiritual(?). Segundo a União do Vegetal, a beberagem é o “veículo, meio” da ação religiosa e não o fim(?!).
Calcula-se que o número de pessoas que fazem uso regular da Hoasca ( 1 xícara aproximadamente por mês), na América do Sul, excluindo-se as populações indígenas, poderia chegar a 15.000, isto em 1997 .





O CRESCIMENTO DAS IGREJAS NO BRASIL

A primeira destas igrejas começou a ser formada na década de 1920 no Brasil, e hoje dois grupos, a União do Vegetal (UDV or ‘Herbal Union’) e o Santo Daime, continuam em amplo processo de crescimento. Estas igrejas neo-cristãs espalham-se pelas áreas urbanas das grandes cidades, em rituais que se repetem em geral uma vez por semana ou quinzena. Os membros da igreja cultivam as plantas necessárias ao feitio do chá, supervisionam seu preparo e estocagem.(?). Em algumas religiões não é incomum que membros da seita, dado a longa duração dos cultos, tomem várias doses durante o curso de uma noite.A UDV é a maior e mais organizada destas religiões e não permite o uso de Ayahuasca por pessoas que não sejam membros já efetivos da seita(?).
Enquanto o uso regular da Ayahuasca ocorre raramente entre os indígenas- mesmo que a considerável porcentagem destes tenham-na experimentado em alguma fase de suas vidas- entre os membros das igrejas o consumo é estável numa base semanal ou quinzenal, dentro dos contextos cerimoniais(?).
Dentro da perspectiva religiosa, o potencial de expansão das seitas que usam Ayahuasca é largo(?). Através da incorporação de uma substância psicoativa de tal peso em cerimônias religiosas, podem ser alcançados efeitos nas práticas religiosas antes inexequíveis(!!).



ALGUNS POSTULADOS (DOGMAS) DA DOUTRINA DO SANTO DAIME -(SEGUNDO OS LÍDERES DO SANTO DAIME)

1-QUAL É A BASE DESSA DOUTRINA?

A Sagrada Família, sendo a Virgem Santa Mãe a grande inspiradora do nosso Mestre fundador Raimundo Irineu Serra; Jesus Cristo o modelo do verdadeiro homem e São José o Pai carinhoso que todos nós queremos ter.

(NOTA PESSOAL; Esta seita é inspirada em cultos católicos-judaicos-cristãos afim de arregimentar o maior número de adeptos possíveis, já que estamos em um país que faz parte de uma América notadamente católica por influência da colonização,principalmente a jesuíta.Aqui vemos os dogmas sendo perpetuados, coisa que estamos lutando para nos desvenciliar nesta mudança completa de paradigmas da Transição Planetária)

2-A BEBIDA DO SANTO DAIME É UMA DROGA?

Naturalmente que não, pois não vicia e não traz malefício algum para a saúde. Pelo contrário, tem sido um poderoso remédio, usado para vários tipos de enfermidade, principalmente para as comunidades ribeirinhas do Amazonas, onde os recursos médicos chegam a ser inacessíveis.

(NOTA PESSOAL;O chá de Santo Daime é um alucinógeno. Tal propriedade se deve à presença nas folhas da chacrona de uma substância alucinógena denominada N,N-dimetiltriptamina (DMT). O DMT é destruído pelo organismo por meio da enzima monoaminaoxidase (MAO). No entanto, o caapi possui uma substância capaz de bloquear os efeitos da MAO: a harmalina. Desse modo, o DMT tem sua ação alucinógena intensificada e prolongada.Pode haver sensação de medo e perda do controle, levando a reações de pânico. O consumo do chá pode desencadear quadros psicóticos permanentes em pessoas predispostas a essas doenças ou desencadear novas crises em indivíduos portadores de doenças psiquiátricas (transtorno bipolar, esquizofrenia).Esses dados são provenientes de estudos farmacológicos do Instituto de farmacologia da USP.Quanto á utilizar como remédio natural, alegando que existem populações carentes em nosso país que não tem atendimento médico e precisam da “droga” para curá-los,esse tipo de argumento tem suas controvérsias, já que quem vai administrar esta droga muitas vezes não é um médico e sim um curandeiro, sem qualquer conhecimento dos efeitos da droga á níveis científicos de estudo;temos que levar em consideração também, que muitas das doenças nestas regiões, são por falta de condições básicas de higiene e medicina preventiva, doenças tropicais e alimentação carente de nutrientes essenciais, seja pela distância desta população dos grandes centros e dificuldade de acesso, seja por fator cultural, onde a medicina dos povos da floresta tem maior credibilidade junto ás essas populações.)





3-QUANDO INGERIMOS A BEBIBA, FICAMOS COMO “DROGADOS”?

Não. A bebida situa-se no grupo dos enteógenos . Seu poder de ampliar nossos sentidos físicos e espirituais se deve ao fato de despertar a natural química interna, como a serotonina, no nosso organismo, semelhante ao atleta que libera endorfina original do seu próprio corpo.

(NOTA PESSOAL;O crescente número de indivíduos que vem experimentando a Ayahuasca de maneira descontextualizada, visitas á seitas com o único intuito de conhecer a bebida, e a atual possibilidade de se usar a “Pharmahuasca”, que é a combinação sintética dos ingredientes psicoativos da Ayahuasca, vem causando aumento no número de viciados na droga; Outra forma crescente de se usar a combinação de ingredientes ativos da Ayahuasca é por meio da “Anahuasca”, (Ayahuasca borealis), ou seja, combinação de plantas que produzem resultados semelhantes: esta possibilidade leva a incontáveis combinações de plantas que poderiam produzir, em diferentes graus, o “Efeito Ayahuasca”;Esses são dados do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo e da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de São Paulo. O resto das afirmações baseadas em “dados científicos explicados á grosso modo”, tem um fim de convencer as pessoas mais leigas a consumir a droga e entrar para a seita, que tem seus “rendimentos” aumentados por ocasião destes aumentos de adeptos, como veremos adiante).

4-USA-SE OUTRA SUBSTÂNCIA JUNTO COM O CHÁ DO SANTO DAIME?

Com certeza não, nenhuma das legais, quanto mais das ilegais.

(NOTA PESSOAL;As diversas preparações geralmente contêm talos socados da Banisteriopsis caapi ou espécies correlatas mais as folhas da Psichotria viridis (chacrona).As plantas adicionadas à Ayahuasca ajudam a maximizar as experiências de estimulação visual e as sensações de “contato com forças e locais sobrenaturais e divinos.”-Fonte; Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein)



5-COBRA-SE PARA TOMAR O SANTO DAIME?

Ele é gratuito, entretanto, aceitamos quem queira colaborar de bom coração. O que deve ficar claro é que esse tipo de contribuição é voluntária, respeitando-se a possibilidade ou impossibilidade de cada um.

(NOTA PESSOAL;É crescente o uso da Ayahuasca, inclusive nas Américas e Europa , o que se deve a vários fatores: o volume de publicações literárias de impacto ,bem como a mídia do depoimento de pessoas famosas; os “Works” da seita Santo Daime em diferentes países; a facilidade de aquisição de pacotes de turismo, o que por muitos é conhecido por “drug tourism” onde os usuários, em busca de experiências novas, aventuram-se por expedições floresta adentro, onde são realizados rituais em que é convidado a beber a Ayahuasca, geralmente não inclusa no preço inicial(?). Tais pacotes podem girar por volta de U$1100 a 1300, o que não é tão caro se comparado a uma sessão de Ayahuasca que pode sair por U$800 no “underground” norte americano, conforme aferidos na internet. Alguns destes sites dizem que o pacote não inclui o uso da beberagem e que não se trata de “Ayahuasca tourism”, no entanto, recomendam, paradoxalmente, que as pessoas se abstenham de alimentos que possam levar a interações medicamentosas com a erva.Não achar que essas seitas não estejam levando vantagens financeiras nisso, seria sermos muito ingênuos)

6- QUANTO CUSTA O LITRO DO CHÁ DO SANTO DAIME

O Daime não tem preço, porque é uma dádiva de Deus. O que ele tem é um custo para ser feito. Só as Igrejas filiadas recebem Daime para uso específico ritualístico.

(NOTA PESSOAL;custa R$ 80,00 reais /litro)

7- O QUE É USADO PARA FAZER O DAIME?

Um cipó chamado Jagube (Banisteriopsis Caapi), uma folha chamada Rainha (Psychotriaviridis), água, fogo e conhecimento.

(NOTA PESSOAL;A Ayahuasca é composta com o cipó jagube, ou mariri (Banisteriopsis caapi) e a planta arbustiva conhecida como chacrona (Psychotria viridis), duas plantas nativas da Floresta Amazônica e de uso dos xamãs da floresta. Unidas, as duas plantas rendem um chá também chamado de: vinho da alma, vinho novo, chicote de Deus, Iajé, caapi, o Vegetal, o Daime ou Oaska;O jagube, considerado o princípio masculino da bebida, é cortado em pedaços iguais. Assim, acredita-se que todos que tomarem a bebida receberão seus benefícios nas mesmas proporções(?). O arbusto chacrona é visto como o princípio feminino do chá e, por isso, suas folhas são separadas pelas mulheres.(?).Como vemos, são princípios segundo doutrinas primitivas indígenas, com sua sabedoria própria, que tem de ser avaliadas por cada um, individualmente e não impostas por doutrinas e mais religião)

8- QUAL A DIFERENÇA ENTRE O XAMANISMO E A DOUTRINA DO SANTO DAIME?

O Xamanismo cultua as forças da natureza. Reverencia Deus na forma do sol, da lua, nas estrelas, nos animas, nas plantas, nos minerais, etc. Através disso, consegue um razoável auto-conhecimento e poder de cura. Na doutrina, o culto não é específicamente às forças da natureza, mas ao próprio Deus, personificado em Jesus Cristo. A doutrina nos ensina que todo filho de Deus domina essas forças, pois não há nada que não seja Deus. Quem adora Deus verdadeiramente, recebe naturalmente esses poderes. A exemplo, o Mestre Irineu nunca se proclamou um xamã, mas um filho de Deus e dominava com perfeição todas essas forças da natureza.

(NOTA PESSOAL;Como podemos ver, é tudo religião, sincretismo religioso e mais doutrinação. Conceitos equivocados sobre o Plenum Cósmico /Deus, imputado por líderes que se auto-intitulam “mensageiros de deus e falam por ele através das induções alucinógenas do chá”.Consideremos o Xamanismo como o conhecimento sagrado do antigo indígena puro, em uma época onde o que existia era sómente a natureza e os conceitos que podiam ser alcançados por aquelas mentes mais primitivas, sábias no contexto da natureza em que viviam porém, destituídos de “lucros financeiros”.)

9-COMO POSSO CONSEGUIR O SANTO DAIME?

Primeiramente, procurando uma Igreja e aprendendo tudo sobre a Doutrina do Santo Daime até ter merecimento. É importante entender que a bebida Santo Daime é o veículo, entretanto, a Doutrina é que é a estrada.

(NOTA PESSOAL;Novamente podemos ver que a base é a religião, coisa que sabemos que temos de suprimir para podermos avançar no caminho da expansão de consciência verdadeira, que não inclui ingerir nenhuma droga, chá, remédio ou coisa que o valha e sim, mudança de atitude diante da vida(eliminação de maus hábitos e cultivo dos bons)autoconhecimento, desbloqueio de crenças e informação atualizada sobre tudo o que está ocorrendo no mundo.A “Estrada” é única e sem atalhos, o Caminho é pessoal e a decisão de seguir ou não, também.)

10-OBSERVAÇÕES PESSOAIS

Poderíamos discorrer sobre a doutrina, pois existe vários postulados, como uma Bíblia, sobre os motivos, aparições, mensagens recebidas pelos líderes do movimento vindos diretamente da Virgem Maria e de Jesus Cristo, mas não vamos fazê-lo, pois acreditamos que a religião tem de ser transcendida nesta época da Transição Planetária; e sobre a política brasileira de legalizar o Santo Daime, alegando que “o país tem muita influência indígena e é tudo feito com objetivos religiosos”, podemos notar que existe uma “rede ” de turismo entorno do evento na floresta e isso gera renda/receita para o nosso país, não importando a ética nem as consequências para as pessoas envolvidas. Nosso foco é justamente desmistificar mais essa Religião/Seita /Doutrina, que usa dogmas e “deus” para o emprego de uma droga alucinógena e viciante.

ALGUMAS OPINIÕES DOS ESPECIALISTAS

O dr. Eliseo de Araújo Carlini, médico e professor de psicofarmacologia da Escola Paulista de Medicina e Diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), entidade financiada pela Organização Mundial de Saúde, acha que seria um erro proibir o uso ritual da huasca. Mesmo assim, ele considera necessário um estudo mas profundo sobre seus efeitos e uma atenção especial aos abusos e desvios. “O chá é um elemento da cultura indígena, aproveitado pelo seringueiro”, ressalta Carlini. “Até onde conheço, as organizações que o usam sabem controlá-lo muito bem. Os dirigentes conhecem seus discípulos, sabem as doses que cada um pode receber, extraem o que há de bom nessa experiência, direcionando o trabalho num sentido positivo.” Outro alucinógeno, como os cogumelos, por exemplo, não permitiria essa “dirigibilidade”.
Do ponto de vista antropológico, a liberdade de culto permitida aos usuários da huasca é vista como legítima pelo pesquisador Edward MacRae, membro do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen) de São Paulo e autor da tese “Controles Sociais do Uso da Ayahuasca no Culto do Santo Daime”. “Quem pretende se filiar a essas seitas deve se adaptar a rígidos padrões morais, que qualquer jovem urbano chamaria de caretíssimos”, diz ele. “Sem essa adaptação, não se consegue ter uma experiência confortável com o daime. Ela é uma substância muito peculiar porque permite ser dirigida nos seus efeitos. A doutrina transmitida é altamente controladora, o que é uma segurança de que o chá não será mal utilizado, pelo menos dentro das seitas.”

Para o Dr. Dennis McKenna, etnofarmacologista da Universidade de Stanford, Califórnia, autor de uma tese sobre alucinógenos amazônicos e uma das maiores autoridades mundiais no assunto, “não basta conhecer a atuação isolada das principais substâncias no organismo. Existem outras, presentes em pequenas quantidades no chá, que podem ter importância. Precisamos saber como agem todas elas juntas no organismo e como interagem entre si”.Conforme os estudos realizados com a huasca desde os anos 30, na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, seus princípios ativos são a DMT (N-dimetil-triptamina), presente na chacrona, e algumas substâncias do grupo das betacarbolinas (hermina, harmalina e tetrahidroarmina), encontradas no cipó. Em sua estrutura molecular, a DMT é semelhante a uma substância encontrada no cérebro, um neurotransmissor chamado serotonina. Este é uma das 40 substâncias endógenas que têm a função de “ligar” um neurônio a outro, transmitindo impulsos eletroquímicos e provocando ondas – movimentos rapidíssimos numa determinada região cerebral, que podem ser um pensamento, uma sensação, uma visão etc.Ingerida isoladamente, por via oral, a DMT teria poucas chances de chegar ao cérebro, pois suas moléculas são rápidamente quebradas por uma enzima, a MAO (monoaminoxidades), presente em diversos tecidos humanos, especialmente o fígado. É aí que entram em ação as betacarbolinas do chá. Elas inibem a ação da MAO, ocupando-se das enzimas e permitindo que, por algumas horas, a DMT possa agir depois de chegar ao cérebro. Técnicamente, portanto, não há como negar que esse chá é uma mistura inteligente.”Hoje sabemos que existe DMT no próprio organismo, mas em quantidades muito inferiores àquelas presentes em uma dose do chá”, afirma o Dr. McKenna. “Se a natureza colocou isso ali, não deve ser gratuitamente. Para nós, cientistas, é possível explicar o que é o chá e descrever alguns dos seus efeitos, mas ainda estamos longe de conhecê-lo. Temos um grande mistério pela frente.

A AYAHUASCA EM TESTES CONTRA A DEPRESSÃO

Uma pesquisa inédita bem-sucedida da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto para tratar pacientes com depressão, executou um projeto-piloto que foi feito com duas mulheres com problemas crônicos de depressão, que tomaram uma dose do chá e relataram melhora imediata. A idéia agora é estender o estudo para 60 pacientes, com dosagens repetidas. Os pesquisadores querem descobrir se a Ayahuasca , pode substituir os antidepressivos.Depois de a Universidade Federal de Santa Catarina fazer pesquisas com camundongos, a USP testou o chá nas duas mulheres na faixa dos 50 anos que têm sintomas como perda de apetite, desânimo e choro.Elas tomaram 200 ml (um copo) da bebida e ficaram em observação por três dias. “No mesmo dia as pacientes já estava melhores, e no segundo dia diziam que não estavam mais depressivas, que as cores da vida tinham voltado”, disse Jaime Eduardo Hallak, professor do Departamento de Neurociência e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina da USP.



Após três dias, foi ministrado às pacientes antidepressivo comum, “porque ainda não há evidências do efeito permanente da Ayahuasca”. “Mas elas acharam a experiência positiva e disseram que gostariam de tomar mais.” O médico agora aguarda nova autorização do Comitê de Ética do HC de Ribeirão para ministrar o chá a 60 pacientes em doses repetidas e em intervalos pequenos.Na opinião de Hallak, é possível que o chá amazônico venha a se tornar uma arma contra a depressão. “Eu acredito que é possível formular um medicamento com o chá. Se não diretamente com a estrutura da molécula presente no Santo Daime, algo muito próximo.” O segredo do Santo Daime, diz Hallak, está na rapidez: o efeito é mais imediato, por exemplo, do que tomar um comprimido de antidepressivo.

Outro pesquisador de renome é o neurocientista e pesquisador da Unifesp Eduardo Schenberg, que pretende iniciar uma pesquisa sobre o tema até o fim do ano, com 18 voluntários.Schenberg deve analisar as variações nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, após a ingestão da Ayahuasca. Além disso, quer observar como o organismo humano metaboliza – ou seja, aproveita – as substâncias contidas no chá.Para isso, será feita uma eletroencefalografia – exame que põe eletrodos no couro cabeludo e analisa as correntes elétricas do cérebro – após cada participante ingerir uma cápsula do chá desidratado ou de placebo, que não tem efeitos químicos sobre o corpo.”A bebida tem uma farmacologia bem complexa, que inclui pelo menos quatro substâncias importantes. Três delas atuam no sistema de transmissão da serotonina e a quarta, chamada de dimetiltriptamina ou DMT, causa uma ativação da atividade cerebral que induz a visões de caráter realista”, explica Schenberg.Segundo Schenberg, a bebida já foi “exportada” pelo Brasil para 38 países, onde funcionam unidades das igrejas do Santo Daime, da União do Vegetal e da Barquinha.(nota pessoal; $$$)

Um outro estudo brasileiro também mostrou que esta substância psicótica pode mudar ondas cerebrais alfa para teta. Algumas pessoas dizem que é possível desenvolver paranormalidade tomando este chá. Inclui-se entre os efeitos disso: clariaudiência, clarividência, inspiração, intuição e raciocínio do inconsciente. Você acredita?

A LEGALIZAÇÃO NO BRASIL

Essa regulamentação foi feita em 2006 pe­­lo Conselho Nacional Antidro­gas (Conad). Além de restringir o uso do chá à religião(?), o Conad não indica o consumo da substância con­­comitantemente a medicamentos antidepressivos, álcool, drogas ilícitas e para pessoas que tenham algumas doenças mentais como esquizofrenia, psicose e bipolaridade. “O chá atua em al­­gumas áreas cerebrais, o que pode agravar o problema dessas doenças ou do uso de drogas. Por isso, nesses casos, ele é contraindicado”, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira Filho, que fez parte do grupo do Conad que criou a regulamentação.(nota pessoal;não podemos afirmar, mas os interesses por trás destas resoluções não são totalmente desconhecidos de nós)



Como a expressão do culto religioso e da fé é um direito constitucional, mulheres grávidas e crianças são liberadas para tomar o chá(?), mas o psiquiatra não recomenda o uso justamente porque não existem estudos que comprovem se há ou não algum tipo de problema. “O feto tem uma estrutura muito delicada e o chá atua no cérebro, por isso não recomendo. Mas também não vamos proibir”;(nota pessoal;Em um contexto complicado, onde existem populações ainda sem nenhuma cultura científica, dificuldade de discernimento, sem informação de órgãos realmente responsáveis e ainda presas á crenças religiosas e costumes primitivos, nada é de se espantar quanto nos deparamos com essas declarações) .Sil­­veira fundou o primeiro grupo cien­­tífico brasileiro, na Univer­si­­dade Federal de São Paulo, que es­­tuda os efeitos do Ayahuasca, mas lembra que as poucas pesquisas desenvolvidas até agora só foram possíveis graças ao governo americano, que bancou os custos. “O or­­ça­­mento é reduzido e o governo bra­­sileiro não tem verbas para es­­sa área”, comenta. Os experimentos, até hoje, foram testados apenas em ratos. “Nos ratos, a ingestão de 50 vezes a dose tomada em um culto é letal. Mas isso também é relativo, porque a concentração da substância depende muito de como o chá foi preparado. Não há uma regulamentação sobre isso”.(nota pessoal; o Paradoxo da questão é impressionante;em se falando de vidas humanas, não há qualquer responsabilidade sobre esses efeitos, mas, em um país com leis bastante permeáveis, tudo é possível e admissível)

CARLOS CASTAÑEDA E A AYAHUASCA

Carlos Castañeda é bastante conhecido do público “alternativo”. Ele usou por bastante tempo o alucinógeno Peiote(huasca), guiado por seu Xamã, Don Juan.(nota pessoal; As pessoas descompromissadas com a espiritualidade lêem o que interessa e descartam o que não interessa, e assim justificam suas experiências “místicas” com drogas (lícitas ou não) como uma busca espiritual. E param na busca. Eterna busca, porque em algum ponto esquecem o que estão buscando (se é que algum dia souberam) e ficam apenas nas drogas). Mas, vejamos o que Castañeda (e Don Juan) pensam disso;

Carlos Castañeda fala;

“-Don Juan usou plantas psicotrópicas no período intermediário do meu aprendizado porque eu era muito estúpido, sofisticado e arrogante. Eu me agarrava à minha descrição do mundo como se ela fosse a única verdade. Os psicotrópicos criaram um vácuo no meu sistema de interpretações. Eles destruíram minha certeza dogmática. Mas eu paguei um enorme preço. Quando a cola que segurava meu mundo unido foi dissolvida, meu corpo estava fraco e eu demorei meses para me recuperar. Eu fiquei ansioso e funcionava a um nível muito baixo.Ele me disse que para mim, a tentativa de ver sem a ajuda das plantas seria inútil.
Mas se eu me comportasse como um guerreiro e assumisse a responsabilidade, não precisaria delas; elas apenas enfraqueceriam meu corpo. É este elemento de compromisso com o mundo que me mantém seguindo o caminho que Don Juan me mostrou. Não há necessidade de transcender o mundo. Tudo o que você precisa saber está aqui defronte nós, se prestarmos atenção. Se você entrar num estado de realidade extraordinária, como faz quando usa plantas psicotrópicas, está apenas usando a força que precisa para ver o caráter milagroso da realidade ordinária. Para mim o modo se viver o caminho com coração não é introspectivo ou de transcendência mística, mas a presença no mundo. Este mundo é o campo de caçada do guerreiro.” (nota pessoal;Aqui vemos a verdadeira expansão de consciência).



GRUPOS QUE SE REÚNEM PARA TOMAR AYAHUASCA SEM RELIGIÃO

Mais de 50 pessoas se reúnem, todo domingo, na sede do Instituto Ayahuasca, no bairro do São Francisco, em Curitiba. Gente, básicamente, de classe média e formação universitária, mas de todas as idades. Descalços e sentados em cadeiras de plástico, os participantes ouvem compenetrados as orientações do palestrante/guru/organizador.

Durante a rápida palestra, ele explica os detalhes do ritual e descreve os benefícios trazidos pelo chá. Entre eles a possibilidade de curar dependentes químicos e viciados em geral. “A ayahuasca é uma professora. Ela vem para ensinar e libertar a pessoa de tudo o que a escraviza” diz. E enfatiza: “Vocês vão ter um encontro com vocês mesmos, com seus céus e infernos”.

Na seqüência, todos vão para o subsolo, equipado com colchonetes, cobertores e sacos plásticos (é comum vomitar ou ter diarréia durante o processo).Embalados por mantras e CDs com temas new age(?), os participantes enfim, tomam o chá, em copinhos de café. Seguirão deitados até às 21 horas, sob a supervisão do palestrante/organizador/guru e seus assistentes. Antes, todas as portas do instituto são trancadas .

A julgar pelos relatos(que não vão ser expostos aqui para preservar a identidade das pessoas envolvidas) essa interiorização, somada à independência de dogmas e sacerdotes, é o que tem atraído cada vez mais interessados aos grupos ayahuasqueiros. Mais do que isso, como dizem os ayahuasqueiros, “só tomando para saber”(Fonte; G1)



(NOTA PESSOAL; como é legalizado, é possível drogar-se e ter essas experiências de consciência “alterada” em grupo e compartilhar experiências-ou melhor -alucinações coletivas, ALEGANDO QUE SÃO “EXPERIÊNCIAS” ; TODOS EXCLUEM A PARTE ESPIRITUAL E PASSAM A TESTAR SEUS INCONSCIENTES, SUJEITOS Á REAÇÕES FÍSICAS VIOLENTAS.Creio que não podemos chamar isso de “expandir a consciência” e sim, colocar em xeque toda a problemática submersa no subconsciente, o que é bastante perigoso.Como compartilham as experiências sob uma égide de “normalidade paranóica”, todos dizem que saem dali mais aliviados e “compreendendo tudo que lhes acontece e os porquês”.Cada um dos leitores que avalie por si mesmo)

MAIS OPINIÕES PARA AVALIAÇÕES

A professora Maria Virgínia Cremasco, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é orientadora de um grupo de alunos que pesquisa o uso da Ayahuasca em centros urbanos. Ela explica porque a procura pela bebida tem aumentado.“O ayahuasca induz a estados alterados que proporcionam vivências diferenciadas. A pessoa tem acesso rápido a um material psiquíco que faz muito sentido para ela, porque não veio de fora para dentro”, diz a psicóloga, que revela já ter experimentado o chá.

De acordo com a professora, quem consome a bebida pode descobrir a razão de algum sofrimento ou angústia – e isso tem um resultado positivo. “Minha única crítica é quanto ao processo se limitar ao ritual. É preciso fazer um trabalho terapêutico em seguida, para encontrar instrumentos e ferramentas que possam dar significado ao que se descobriu. Do contrário, nada muda”.

Presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, Marco Antonio Bessa compara o Ayahuasca ao LSD e alerta para o risco do uso fora do contexto ritualístico. “É mais seguro quando há um controle social, no sentido de tomar o chá em datas e quantidades específicas”.Especialista em dependência química, ele não confirma a eficácia da bebida no tratamento de viciados, como prometem alguns grupos independentes. “Isso ainda é folclore. Na minha avaliação, só se substitui uma substância por outra”.



UMBANDAIME; A “NOVA RELIGIÃO”

Uma mistura de Umbanda com Santo Daime une descendentes de escravos, seringueiros e adeptos do Santo Daime

É a mais brasileira das religiões. Uma mistura de catolicismo com espiritismo, ritos africanos e misticismo dos povos da floresta Amazônica. É a Umbandaime, fusão da Umbanda dos antigos escravos negros com o Santo Daime, dos seringueiros do Acre.
Nasceu no Acre, tem adeptos se organizando em Porto Velho (Rondônia) e foi levada para a cidade de São Paulo, onde multidões de desesperançados parecem estar encontrando respostas do sobrenatural no sincretismo religioso afro-cristão-amazônico. A nova religião está atraindo multidões de devotos para o seu templo na rua Brazópolis, 200, bairro Saúde, na Capital paulista – o Templo Sagrado Jesus de Nazaré São João Batista, próximo à estação São Judas do metrô.
A fundadora e líder espiritual da Umbandaime, é Dona Maria Natalina, que tem o título eclesiástico de Madrinha, e descende de uma estirpe de umbandistas, sendo ela própria Mãe de Santo há mais de 20 anos. Ela é filha de Pai de Santo, neta de Mãe de Santo.

Ela disse ter recebido no início de 2010 um recado de Protetora das Florestas e Rainha do Mar N.S. da Conceição,Yemanjá, quando fazia uma Miração do Santo Daime, avisando que o Dia do Juízo Final está chegando “mesmo.” O Recado que a Madrinha da Umbandaime diz ter recebido de Iemanjá diz, em resumo que “Um Grande Estrondo se Ouvirá e será percebido por todos os seres vivos: humanos e animais irracionais”
A Umbanda é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretiza elementos de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo e as religiões afro-brasileiras.Todos os sábados a partir das 16 horas, a Madrinha atende “gratuitamente” no templo paulistano da rua Brazópolis pessoas interessadas “em limpeza e desobsessão” na linha da Umbanda. No templo se informa que além do trabalho de desobsessão, (“muito necessário nos dias de hoje”), a Madrinha da Umbandaime joga búzios, cartas, “ministra passes”, e “realiza desenvovimento mediúnico” – além dos trabalhos do Santo Daime. Sua doutrina se baseia no princípio cristão do amor ao próximo: “Para Deus nos atender(?), devemos rezar e pedir para todos os nossos irmãos, e não apenas para nós” Ela diz que na Umbandaime “não há preconceitos e julgamento, pois, dentro da luz, esta tudo dentro do poder, pode ser branco, negro, índio”. Acrescentando que “para Deus são todos seus filhos”(?), destaca que “o importante é sempre ter respeito, humildade e dedicação para estar sempre ao lado dos bons espíritos, recebendo suas orientações para seguirmos em nossa vida no caminho certo, cumprir nossa missão e aprender neste mundo a viver no próximo.” A liturgia de uma missa católica, de uma sessão de Umbanda e de uma sessão do Santo Daime se misturam nas celebrações da Umbandaime. Assim como o sacerdote católico consagra o vinho erguendo a taça, assim a Madrinha ergue uma taça com o chá sacramental do Daime diante da congregação.
O sincretismo se completa com a adoção do hinário Ponto de Gira e o uso da farda do Daime, a roupa branca. Deus é constantemente invocado em meio a cantos, pregações e orações, – e aqui entra a influência das sessões espíritas- com transe mediúnicos, o que caracteriza algumas seitas cristãs.A Umbandaime não pede dízimo mas, como a maioria, ou a totalidade das igrejas cristãs, pede também (mas, sem barulho) “uma contribuição mínima, para a manutençao e reforma do espaço e para o custeio da distribuição do Daime.” As recomendações que a Umbandaime faz aos participantes são semelhantes as do Santo Daime faz, a começar pela exigência de pontualidade para o início do trabalho. “Para aqueles que irão tomar o Daime pela primeira vez é imprescindível que cheguem com pelo menos uma hora de antecedência(?).

São três as recomendações básicas para quem quer participar de um trabalho do Santo Daime: 1- Conduta ética coerente com o que a Doutrina prescreve em seus hinos-2- Busca de uma reconciliação interna e com os irmãos,com os quais haja um desentendimento 3- Abstinência sexual 24hs antes e depois de cada trabalho
Outras recomendações são: Não consumir bebidas alcólicas. Não ir para o trabalho com roupas vermelhas ou pretas; as mulheres devem usar saia longa, e os homens calça comprida. (Por Nelson Townes -Revista Momento Brasil)

(NOTA PESSOAL;Seria redundância retornarmos ás afirmações anteriores com relação á religião;Mas, diante das citações acima em comparação ás novas energias superiores com novos conceitos e paradigmas da Nova Era da Liberdade sem algemas, baseada sómente no SER conectado com sua Fonte sem artifícios , cultos e proibições, apenas CONSCIÊNCIA, sempre é bom que cada um avalie segundo seu discernimento interior.Nós reafirmamos nossa posição de respeitar todas as religiões, mas continuamos firmes em nossa posição de ser contra dogmatizações e sincretismos que nos remetam ás manipulações que temos sofrido ao longo dos séculos pelas religiões institucionalizadas; Nós consideramos isso um retrocesso, diante do evento da Transição Planetária)



O OUTRO LADO; “QUE TIPO DE UMBANDA É ESSA?”

Segundo Pai Paulo do Núcleo Umbandista São Sebastião, o motivo dele ser contra a utilização do Santo Daime nos rituais, está no fato de que periódicamente tentam deturpar os rituais com a implantação de dogmas de outras religiões. O processo de deturpação propaga novos rituais, apetrechos, instrumentos musicais, roupas, etc. Existem relatos de templos que possuem até discos voadores no altar ou pintados nas paredes onde os médiuns desses templos afirmam incorporar ETS ou seres de outras galáxias.Segundo ele, a Umbanda tem sua origem e está fundamentada em quatro religiões, entre elas o catolicismo; pois bem, se levada a situação ao pé da letra o umbandista deveria então realizar missas, desenvolver o ritual de hóstia e confessionário durante seus cultos, mas isso não ocorre.Não ocorre porque Umbanda é Umbanda e Catolicismo é Catolicismo, não há como misturar as duas religiões.Se alguém pratica cultos de Umbanda e faz uso do Daime, essa pessoa não é mais umbandista e sim, seguidor do Daime.Alguns no meio umbandista e/ou adeptos do Santo Daime tomam o chá alegando que o mesmo dilata a mediunidade e a percepção espiritual.Se o chá é um alucinógeno, como poderá um usuário no meio umbandista saber onde é a linha divisória do que é conhecido como intercâmbio mediúnico (a comunicação de nossos guias) e o que é uma alucinação provocada pelo chá?

Segundo Pai Paulo,”quem usa o chá (no meio umbandista) para entrar em contato com a espiritualidade não sabe o que faz em relação a própria mediunidade.Qualquer ser humano pode entrar em contato com a espiritualidade ou com nossos Guias, através das orações e da boa conduta como ser humano, sendo esses os procedimentos corretos aos que seguem princípios religiosos em que se exija a pratica mediúnica.Raciocinando de forma lógica, se o Santo Daime fosse algo bom para a Umbanda, os Guias da Umbanda já o teriam implantado há décadas.” E ele continua;-“Na minha opinião quem utiliza alucinógenos (de qualquer tipo) para entrar em contato com a espiritualidade ou com os próprios guias, assim o fazem por não confiarem na própria missão mediúnica, por não terem fé em si mesmos, não confiarem nas incorporações lúcidas que lhe ocorrem e por não acreditarem nas incorporações dos demais médiuns, desta forma, se valem de qualquer subterfúgio para obter a verdade, que precisam merecer conhecer, o que só se conquista pela fé!Muitos fazem de tudo (de errado) em locais de precária moralidade e dizem estar incorporando nossos Guias e praticando Umbanda.

(NOTA PESSOAL:A nossa ciência está começando a se voltar para a transcendental realidade na qual todos estamos mergulhados. Seu pragmatismo, metodologia e grandes mentes são um legado essencial, que agora vem sendo aplicado para desvendar questões mais fundamentais de nossa existência. Mas isso não é suficiente. É preciso que cada um de nós se torne cientista de suas próprias experiências. É preciso que cada um de nós encontre mais razão em meio a tantas abstrações e normas religiosas. Existem perguntas que não podem mais ser evitadas. Que devem ser investigadas e submetidas ao alto crivo da razão científica.Nós precisamos de mais fatos comprovados científicamente, e menos dogmas religiosos que não toleram porquês. A espiritualidade é real. A vida em nosso universo é real. A força da mente humana é real. Tudo isso é maravilhoso, beira o “sobrenatural”, mas deve ser estudado e novamente decodificado ao nível das coisas “naturais”. Nós acreditamos que com uma postura assim, nos emanciparemos enquanto civilização do universo e alcançaremos uma espiritualidade tangível, que provocará em nós a experiência da realidade integral, na qual todos existimos.)


CONCLUSÃO;

O que ocorre com a Ayahuasca é uma ampliação da percepção, provocada pelos componentes alucinógenos do chá, o que faz com que a pessoa veja nítidamente a sua imaginação (o que provoca as visões, que são como um sonho acordado e consciente) e outras percepções da realidade, estando sempre consciente do que acontece. Embora os efeitos da Ayahuasca sejam causados por alucinações no círculo religioso, tais fenômenos são atribuídos à clarividência, projeção da consciência ou contatos espirituais. Mas a realidade é que se trata mesmo da projeção das idéias do próprio usuário. Entre seus efeitos estão: dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, náusea e constantes relatos de vômitos, diarréias e sudorese em alto percentual dos que a experimentam, o que sugere tentativas do corpo em expelir a substância que o corpo entende como tóxica. O uso contínuo, entretanto, parece favorecer uma tolerância química ao princípio ativo(vício), com os sintomas diminuindo de intensidade e necessitando de doses maiores e mais freqüência na administração, que aparentemente é o efeito da dependência química e psicológica.Está demonstrado que na inocente roda de “chá-manismo” pode haver algum psicótico com potencial assassino e passagem na polícia por drogas, que está se enchendo de alucinógenos na sua frente, e que pode a qualquer momento se declarar Jesus e começar a atirar… Se por um lado muita gente boa procura essa bebida na esperança de um “atalho” consciencial(que no fundo não existe, é mera ilusão), ao mesmo tempo, práticamente TODOS os atuais ex- drogados também cultuam – por motivos óbvios – essa nova forma de religião “baseada” em cogumelos ou chás. Além de muitos psicóticos e borderlines que, claro, se sentem mais à vontade em um ambiente de fantasias e “mirações” – muitos suspendem medicamentos “trocando-os” pela “cura” do daime.O problema é o CONTEXTO. A Ayahuasca virou uma bebida urbana, tomada dentro de um contexto pseudo-xamânico. Como lidar com o inconsciente das pessoas quando a forma de entender a Divindade e expandir a consciência, não funciona com os “turistas” que querem “experimentar” uma forma rápida e alucinada desta expansão? Como assumir essa responsabilidade?

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Nós da “Luz é Invencível” viemos com mais esse tema polêmico, ajudar a esclarecer um assunto que é muito falado nas mídias e discutido na sociedade,que é o uso de drogas legalizadas e principalmente desta, que alega induzir um “aumento de consciência”.Não estamos aqui para discutir leis, nem política,muito menos se devemos apoiar a legalização dedrogas.Mas podemos afirmar á todos os leitores , que somos radicalmente contra qualquer substância que possa induzir estados de consciência alterados, alegando que com isso, iremos “evoluir” espiritualmente. Não discutiremos se a Ayahuasca tem efeitos medicinais, porque ainda estão em estudo e neste contexto, muitas coisas podem ser aplicadas,pois cada caso é um caso, mas que seja ESTRITAMENTE medicinal, pois a erva provém da natureza e ainda não conhecemos suas capacidades de cura.O restante das alegações, acreditamos ser uma forma legal de drogar-se e fazer experiências com o subconsciente apoiadas na religião.Nós da “Luz é Invencível” temos lutado ferrenhamente contra mantermos religiões nesta Era da Transição Planetária,basta ler os nossos posts sobre o tema “crenças limitantes”.Valorizamos a Espiritualidade e o “Religare” acima de tudo e apoiamos as terapias holísticas e alternativas, desde que não agridam o corpo humano e o corpo mental,nos alienando da realidade e nos mostrando, não um contato com o Plenum Cósmico/ Deus,mas com as áreas profundas do nosso subconsciente ainda desconhecido para nós, o que pode nos levar á conclusões equivocadas e parciais do que seja a Ligação Maior com a Fonte e todo o contexto cósmico em que o Homem está inserido.Deixamos á todos os leitores essas informações para que analisem e usem seu discernimento interior,pois existem sim, vários caminhos para a expansão de consciência que passam pela mudança de hábitos alimentares, de disciplina consigo, de aterramento com a Terra/Gaia, de consciência ambiental, de prática da meditação diária, o estudo do auto-conhecimento e o Amor incondicional para todos e com todos os seresvivos.Tomar o chá e ter visões/ alucinações sobre a consciência, não garante que ela se expanda,pois, para atingirmos essa condição, nós acreditamos que NÃO HÁ ATALHOS.Mas, praticando todas as alternativas anteriores , com certeza ela se expandirá, sem qualquer dano ao organismo e á mente, muito pelo contrário;melhorará todos os aspectos físicos/mentais e emocionais e , além disso, nos proporcionará uma ligação com a Fonte GENUÍNA, LEGÍTIMA E PERMANENTE, sem necessidade de usarmos absolutamente NADA, apenas o nosso CORAÇÃO.

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BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA
1-O Fogo Interior
Carlos Castañeda
2-The Teachings of Don Juan
Carlos Castañeda
3-A Erva do Diabo
Carlos Castañeda
4-Uma realidade á parte
Carlos Castañeda
5-As Origens do Santo Daime
Sílvia Nowikow de Souza
6-Santo Daime revelado
Gideon dos Lakotas
7-Santo Daime
Andrew Dawson
8-Navegando sobre as Ondas do Santo Daime
Wladimir Sena Araújo
9-Evolução Elegante-A expansão da consciência
David Lapierre
10-Ayahuasca
Cláudio Naranjo
11-O uso ritual da Ayahuasca
Wladimir Sena Araújo
12-The Xamã e Ayahuasca
Dom José Campos
Nota; alguns livros estão disponíveis em nossa Biblioteca Virtual

Divulgação: A Luz é Invencível

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