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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

ORIXÁS REGENTES EM 2.018, CONFLITOS MUNDIAIS, POLÍTICA NO BRASIL E COPA DO MUNDO:






Vamos descobrir qual será ou quais serão os orixás regentes de 2018, mas, sobretudo como se calcula ou estuda, com base nos conhecimentos da Umbanda e da Astrologia para chegar a essa conclusão. Primeiramente e o mais importante é que não estudamos qual orixá vai reger o ano, mas sim qual a linha de orixás que vai reger o ano, com base nas famosas 7 linhas que abarcam os orixás e especificamente com base nos estudos de W.W. da Matta e Silva para desenvolver o esquema que será apresentado aqui.


Existem incontáveis visões e formas de compreender as 7 linhas. Diferentemente do Espiritismo, a Umbanda não possui um "papa" ou um codificador, ou ainda um livro sagrado que compile a essência da Umbanda que seja unanimidade entre todos os umbandistas, isso sem mencionar as claras diferenças ritualísticas entre a Umbanda e o Candomblé que também estuda os orixás..


Dito isso, o esquema que eu apresentei está em consonância com o estudo daquele que é considerado por mim (e pela maioria dos principais umbandistas) como o médium de maior destaque da Umbanda e que trouxe os conhecimentos mais avançados da Umbanda em sua obra: W.W. Matta e Silva. Com todo o respeito a Sarraceni (autor do excelente O Guardião da Meia Noite) e Norberto Peixoto (a quem considero o médium de maior destaque e relevância da Umbanda atualmente) entre outros expoentes, como por exemplo Feraudy ligado à Umbanda Esotérica, acredito que o esquema das 7 linhas trazido por Matta e Silva seja o mais adequado, sobretudo para aqueles que estudam ocultismo e mais ainda para os que possuem conhecimento dos arquétipos da Astrologia.


Sendo assim, o esquema fica com base na obra "A Umbanda de todos nós" (página 89):


1ª Vibração Original ou Linha de Orixalá
2ª Vibração Original ou Linha de Yemanjá
3ª Vibração Original ou Linha de Xangô
4ª Vibração Original ou Linha de Ogum
5ª Vibração Original ou Linha de Oxossi
6ª Vibração Original ou Linha de Yori
7ª Vibração Original ou Linha de Yorimá


É a partir dessa linha que associamos os clássicos arquétipos desses orixás aos arquétipos astrológicos consagrados dos 7 astros, respectivamente segundo a lista: Sol, Lua, Júpiter, Marte, Vênus, Mercúrio e Saturno (Yorimá equivalente a Omulu).


Marte/linha de Ogum - expande a capacidade de enfrentamento práticos das situações, em suma expande a ação, a decisão


Saturno/ linha de Omulu - Obaluaye- expande as restrições, provações, tudo aquilo que foi plantado mal "floresce" mais claramente pela lei do retorno, o karma


Júpiter /linha de Xangô- expande as realizações, mostra os caminhos abertos, tudo aquilo que foi plantado no bem "floresce" mais claramente pela lei do retorno, o karma


Mercúrio/linha de Yori - expande as comunicações e o aprendizado, em suma expande o aprendizado teórico, a indecisão, pois se reflete mentalmente sobre várias direções.


Sol/linha de Oxalá - expande a visão das situações, coloca tudo às claras, potencializa a percepção intelectual, realça situações: a calmaria fica ainda mais visível, assim como o conflito também fica ainda mais claro


Lua/ linha das mães ou linha das águas, popularmente conhecida como linha de Iemanjá (Iemanjá, Nanã, Oxum, Iansã) - expande o sentimento em relação às situações, potencializa a percepção emocional, torna as situações mais suscetíveis ao emocional dos envolvidos


Vênus/linha de Oxóssi - expande a socialização, motiva as trocas intelectuais e emocionais entre as pessoas, uma preocupação maior com as aparências, a sexualidade


Agora que sabemos como as 7 linhas da Umbanda estão associadas aos 7 astros tradicionais da Astrologia (os astros Netuno, Urano e Plutão com longas órbitas em cada signo não são considerados) vamos entender os ciclos maior e menor.


Cada um dos sete astros (e sua respectiva linha de orixá) rege, ciclicamente, um grande ciclo de 36 anos, como se iniciou agora em 2017 com o grande ciclo de Saturno (deixarei um link ao final explicando porque cada grande ciclo tem 36 anos). A cada 252 anos (praticamente o tempo da órbita de Plutão) o grande ciclo de um planeta se repete, por isso que a última vez que tivemos um grande ciclo de Saturno ele aconteceu na época da Revolução Francesa e Americana.


Ao mesmo tempo temos a regência anual do planeta, conhecida como ciclo menor: a cada ano um astro (e sua respectiva linha de orixá) é o regente do ano


Agora que compreendemos como as linhas de orixás estão associadas aos planetas e como estes, segundo a Astrologia, regem os ciclos maiores e menores, vamos entender como é feito o cálculo para descobrir o astro regente do ciclo maior e do ciclo menor e, por conseqüência, a respectiva linha/orixá que vai reger o ciclo maior e o ciclo menor.


Os ciclos maiores são ordenados da seguinte forma: Saturno, Vênus, Júpiter, Mercúrio, Marte, Lua e Sol.


Os ciclos menores são ordenados da seguinte forma: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua


Os ciclos maiores estão baseados nos arquétipos da mitologia grega. Se observarmos os dias da semana, cada um deles foi dedicado pelas antigas civilizações à uma divindade (que por sua vezes representa um arquétipo), porém os ciclos maiores seguem uma ordem inversa aos dias da semana:


DIAS DA SEMANA


Domingo – Apolo (Sol)
Segunda – Artemis (Lua)
Terça – Ares (Marte)
Quarta – Hermes (Mercúrio)
Quinta – Zeus (Júpiter)
Sexta – Afrodite (Vênus)
Sábado – Cronos (Saturno)




CICLOS MAIORES DE 36 ANOS


Saturno (2017-2052)
Vênus (2053-2088)
Júpiter (2089-2124)
Mercúrio (1873-1908)
Marte (1909-1944)
Lua (1945-1980)
Sol (1981-2016)





A explicação para essa inversão (ciclos maiores no sentido contrário da ordem dos dias da semana) é que o simbolismo dos ciclos maiores não está ligado aos dias da semana (e suas respectivas divindades arquetípicas), mas sim à própria mitologia das divindades: Cronos ainda jovem castrou com sua foice o seu pai, Urano. A partir dos restos castrados que caíram na água, surgiu Afrodite. Somente depois disso é que Cronos teve o seu filho Zeus, que por sua vez deu origem aos outros deuses: Hermes, Ares, Artemis e Apolo. Ou seja, os ciclos maiores contam a história mitológica dos deuses gregos a partir de Cronos (Saturno) na construção do Monte Olimpo que arquetipicamente representa o sistema solar e na Astrologia o disco zodiacal tendo a Terra como centro no lugar do Sol


Já os ciclos menores respeitam a ordem decrescente, a partir de Saturno, dos astros com maior órbita. Temos, portanto:


Saturno – 29,5 anos
Júpiter – 12 anos
Marte – 2 anos
Sol – 1 ano (movimento aparente em relação à Terra, durante a translação, pois a Terra é o centro do disco zodiacal)
Vênus – 7 meses e meio
Mercúrio – 88 dias
Lua – 29 dias


Os ciclos maiores simbolicamente representam a criação dos deuses mitológicos, arquétipos dos astros e exatamente por isso sua ordem obedece ao surgimento do primeiro entre os 7 astros/divindades/arquétipos conhecidos pela Astrologia no passado. A partir do surgimento dos 7 astros se estabeleceu a primazia daquele com a maior órbita (Saturno) até a menor órbita (Lua) para identificar o fluir dos ciclos menores. Dessa maneira o astro regente do ciclo menor sempre que um grande ciclo de 36 anos se inicia é o mesmo do ciclo maior (exemplo em 2017 que se iniciou o grande ciclo de Saturno e Saturno rege o ciclo menor do ano)


Assim está explicada a tabela abaixo e porque tivemos em 2017 um ano regido duplamente por Saturno







Considerando todo o método mostrado nesse post e exemplificado na tabela identificamos claramente o ano de 2018 regido por Saturno no ciclo maior e por Júpiter no ciclo menor, o que significa que os orixás regentes de 2018 serão Omulu (esse todos os anos até 2052) e Xangô.


Astrologicamente falando essa associação estará ainda mais claramente representada pela passagem de Júpiter ao longo de praticamente todo o 2018 pelo signo de Escorpião além de Saturno junto com Plutão por Capricórnio, intensificando a luta pelo poder, posturas extremas e rígidas (eleições Brasil, conflito na Coréia do Norte, questão de Jerusalém no Oriente Médio). Saturno é o chumbo, Plutão é átomo (plutônio) e Júpiter/Xangô/Zeus representa os raios elétricos vindo do céu, associados a rigidez de Capricórnio e a profundidade de Escorpião. Tudo isso somado a um ano que será regido pelo Arcano A Força (11=2+0+1+8) e no Brasil O Diabo (até setembro) e depois a partir de setembro A Torre.


Espero trazer notícias melhores quando trouxer as previsões de 2018, mas a princípio essas posições com muita força e profundidade prenuncia que teremos um ano, a nível mundial, ainda mais conflituoso do que foi 2017. Não a toa o ariano Bolsonaro (Marte no passado antes de Plutão regia também Escorpião) e o escorpiano Lula serão os principais personagens de 2018 e não a toa a escolha dos tucanos foi pelo também escorpiano Alckmin e não a toa o principal herdeiro dos votos do nove dedos será o também escorpiano Ciro Gomes. Como Júpiter será o regente de 2018 e naturalmente rege Sagitário, além de passar boa parte do ano de 2018 em Escorpião, esses serão os dois principais signos impactados.


Um exemplo que gosto de mostrar quando temos muitas posições fortes, violentas ou combativas no céu, como as que teremos no Brasil e no mundo em 2018 é o exemplo do sismo de Valdívia em 1960, considerado até hoje o maior terremoto da história que gerou um enorme tsunami. Aquele foi um ano regido por Saturno e com Saturno em Capricórnio, sendo que naquele dia Marte estava em Áries, o Sol cravado sobre Algol fazendo uma quadratura com Plutão em Virgem, além de Urano estar em Leão e junto a tudo isso Júpiter em movimento retrógrado e em falência em Capricórnio, muita tensão unindo terra e fogo, placas tectônicas e magma, dando origem ao maior sismo da história.


Mas nem tudo é desgraça: uma das faces de Júpiter/Xangô/Zeus é congregar várias pessoas ao redor de si, o intercâmbio com outras culturas, as viagens (do céu a Terra, do Olimpo aos homens) ainda que com um alto grau de competitividade e busca por superioridade, o que está representado pela Copa do Mundo, levando o Ocidente ao Oriente nas terras daquele que é o homem mais rico (fortuna de 200 bilhões) e poderoso do mundo: A Rússia de Putin (que além de sagitariano tem, assim como Lula, seu Plutão cravado no Meio Céu no signo de Leão)


Aliás sobre Lula e Putin vale ressaltar: o pior período do ano para o nove dedos será entre 26 de junho e 10 de julho, período que Marte (antigo regente de Escorpião) estará retrógrado e que Júpiter estará retrógrado também em Escorpião e fazendo uma quadratura com Plutão e o meio céu do nove dedos em Leão, ou seja, mesmo que ele seja preso e solto por algum tempo em janeiro, nesse período não vai ter escapatória, ele estará definitivamente afastado da corrida presidencial e preso.


Já para Putin esse trânsito de Júpiter e Marte de 26 de junho a 10 de julho deve ser o período mais sensível e perigoso para um ataque terrorista em solo russo, especialmente no metrô, nesse período que coincidirá com a Copa do Mundo


Recentemente os anos regidos por Júpiter/Xangô têm prenunciado anos ainda mais conflituosos (que são regidos por Marte/Ogum). Em 2000 Júpiter foi o regente e no ano seguinte ocorreu o 11 de setembro, 2007 novamente foi regido por Júpiter e no seguinte ocorreu o grande crash de 2008, em 2014 Júpiter novamente foi o regente e no seguinte tivemos os mais terríveis ataques do isis


Curiosamente no futebol, a maioria dos 5 títulos do Brasil foram obtidos em anos regidos por Marte (2) e Sol (2) além de um ano regido por Mercúrio. Após a segunda guerra, as Copas do Mundo regidas por Júpiter foram 1954 (Alemanha venceu de forma surpreendente a Hungria na final após ter tomado um 8 a 3 dos húngaros de Puskas na fase de grupos), 1986 (novamente os alemães na final, mas dessa vez havia um Maradona no meio do caminho) e 2014 (novamente hermanos e alemães na final). Pelo chaveamento Argentina e Alemanha se encontrarão na semifinal e se minhas visões estiverem corretas e considerando o histórico das Copas em Júpiter é Argentina na final (contra o Brasil)



Porque o grande ciclo astrológico tem 36 anos:


http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2016/02/especial-astrologia-parte-ii-de-iii-o.html


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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

SANTA LUZIA, PROTETORA DOS OLHOS:, HOJE DIA 13 DE DEZEMBRO É DIA DELA


Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências

O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a “janela da alma”, canal de luz.

Ela nasceu em Siracusa (Itália) no fim do śeculo III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.

Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a confirmação do “não” para o casamento. Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.

Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.

Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.

Santa Luzia, rogai por nós!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

OXUM, NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO HOJE COMEMORAMOS O DIA DELA!!!




Deusa do amor, Orixá das águas, Oxum é aquela que mantém em equilíbrio as emoções, da fecundidade e da natureza. Mãe gentil dos povos antigos e dos novos, é ela que renova e intercede por nós em todas as situações.

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Por ter recebido o título como a Orixá do amor, é ela a mais procurada para as questões de união e relacionamentos. Todos aqueles que procuram por paz e estabilidade em uma relação, podem pedir à Oxum a sua benção para essa questão.

Também conhecida como Osúm, Osún ou Oxun, ela é a representação da sensibilidade, da delicadeza feminina e da paixão para motivar a essência da vida. Mamãe Oxum adora as águas calmas, e é através de sua energia que ela tranquiliza os corações dos apaixonados.

Durante as incorporações dessa Orixá, é de costume haver choro, pois sua sensibilidade é transferida aos seus filhos e aqueles que buscam por seu carinho e atenção.
A história de Oxum
Aprendendo a desvendar os búzios

Uma moça muito curiosa, filha de Oxalá, que tinha uma forte preferência pelo pai que sempre fazia tudo o que ela desejava.

Oxalá era muito sábio e quando possuía algum questionamento ele cuidadosamente consultava Ifá, Deus da Adivinhação, para que ele auxiliasse no prosseguir do destino, por sua vez Oxum a acompanhar queria saber também como desvendar o Oráculo. Mas muitas foram as vezes que Ifá dizia a Oxum para que perguntasse a Exú suas dúvidas pois ele possuía o dom de ver o destino através dos búzios.

Curiosa e intrigada com essa questão a Orixá Oxum pediu ao pai que a permitisse enxergar o futuro, mas Oxalá de prontidão explicou que somente Ifá teria o dom de ler e interpretar os búzios.

Oxum, a filha de Oxalá, não se deu por satisfeita e foi diretamente a Exú pedir para que ele a ensinasse pois ela sabia que ele conhecia o segredo de Ifá. Obviamente Exú recusou-se.

Foi então que ela decidiu partir para a floresta e pediu para que as feiticeiras Yámi Oroxongá, a ensinassem. Mas o que Oxum não sabia é que as feiticeiras desejavam pegar Exú em uma brincadeira.

As Yámi ensinaram-lhe uma magia e pediram para que sempre que ela fizesse esse feitiço que ela lhes prestasse uma oferenda.
E então Oxum com as mãos cheias de um pó brilhante foi até Exú e pediu para que ele adivinhasse o que tinha em suas mãos. Quando Exú chegou perto e fixou o olhar Oxum soprou o pó no rosto dele deixando-o temporariamente cego.

E então Exú ficou preocupado com os búzios e pediu para que ela – que fingia preocupação – o auxiliasse. E então, pouco a pouco, ele foi respondendo os questionamentos do Oxum para que ele pudesse compor o jogo novamente. E todos os Odus passaram a ficar conhecidos por Oxum.
Ao retornar ao reino do pai Oxalá, Oxum contou ao seu pai o que havia acabado de fazer. Ifá, admirado por sua coragem, presenteou-a com a mão de jogo e disse que ela seria regente do Oráculo junto com Exú.

Foi então que Oxalá perguntou para a filha o motivo daquilo tudo. A Orixá, com toda a sua doçura disse que fez tudo isso por amor a ele.
Impondo suas vontades

Era comum que os Orixás masculinos se reunissem para discutir assuntos sobre a humanidade. Oxum sempre achou isso muito injusto, pois sabia que tinha sabedoria e poder o suficiente para opinar sobre as questões dos homens, mas mesmo insistindo nunca conseguiu espaço para se expressar.

Como última escolha, decidiu usar a sua astúcia. Como não existiam homens se não fossem as gestações das mulheres, a Orixá então tirou a graça da fertilidade de todas e assim a humanidade começou a minguar-se e não haviam nascimentos. Notando que algo de errado acontecia na terra, os Orixás decidiram consultar Olorum, que os revelou que a Mãe Oxum havia tirado o dom da maternidade de todos.

Como somente ela poderia resolver essa questão, eles a convidaram para participar da reunião e desde então, a Orixá se tornou figura presente em todos acordos e decisões tomadas pelos Orixás, e a humanidade passou a se multiplicar mais uma vez.
Qualidades de Oxum

Oxum possui dezesseis qualidades que podem ser encontradas em sua personalidade, dons e formas de agir como Orixá. Vale lembrar que estas qualidades são costumeiramente cultuadas nas Nações de Candomblé, não sendo tão comuns na umbanda.
1. ÒSUN ABALÔ – É uma velha Oxum, de culto antigo, considerada Iyá Ominibú, tem ligação com Oyá, Ogum e Oxóssi, veste-se de cores claras, usa abebé e alfange.



2. ÒSUN IJÍMU ou Ijimú, é outro tipo de Oxum velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva Abèbé e Alfange, tem ligação com as Iyamís, é responsável por todos os Otás dos rios.

3. ÒSUN ABOTÔ também uma velha Oxum de culto antigo, ligada as Iyamís, feiticeira, carrega Abèbé e Alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.

4. ÒSUN OPARÁ Oxum Opará ou Apará seria a mais jovem das Oxum, é um tipo guerreiro que acompanha Ogum, vive com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam juntos numa festa; leva uma espada na mão e pode vestir-se de cor de marrom-avermelhada. Conhecida também como a Senhora da Espada.

5. ÒSUN AJAGURA ou AJAJIRA, outra Oxum guerreira que leva espada, jovem, tem ligação com Yemanjá e Xangô.

6. YEYE OKE Oxum jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega Ofá e Irukerê.

7. YEYE ÌPONDÁ é também uma òsun Guerreira ligada a Ibuálàmò. Yeye Pondá é rainha da cidade que leva seu nome Ìponda, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro e branco quando acompanha Oxaguiã.

8. YEYE OGA é uma Oxum velha e muito guereira, carrega Abèbé e Alfange.

9. YEYE KARÉ é um Oxum jovem e guereira, ligada a Odé Karè, Logun edé.

10. YEYE IPETU é uma Oxum de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaim e principalmente a Oyá dada a sua ligação com Egun.

11. YEYE AYAALÁ- é talvez a mais ancestral dentre todas, veste-se de branco, ligada a Orunmilá e as Iyamis, considerada a avó.

12. -YEYE OTIN- Oxum com estreita ligação com Ínlè, ligada a caça e usa Ofá e Abèbé.

13. -YEYE IBERÍ ou merimerin- Oxum nova, concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma Oxum, dizem que ser a Oxum de mãe menininha do Gantois.

14. –YEYE MOUWÒ- Oxum ligada a Olokun e Yemanjá, grande poder das Iyamís, veste-se de cores claras e usa Abèbé e Ofange.

15. –YEYE POPOLOKUN- Oxum de culto raro, ligado aos lagos e lagoas.

16. -YEYE OLÓKÒ- Oxum guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do poço.

Oferenda para Oxum

IMPORTANTE: toda oferenda deve ser orientada por alguém responsável do Candomblé ou Umbanda, cada Orixá possui suas peculiaridades que devem ser respeitadas e guiadas por quem os conhecem após anos de prática na religião.

Mel, frutas, flores e elementos doces. A doçura desse Orixá se expressa pelas oferendas que são entregues a ela nas beiras dos rios. Como é a Deusa do amor ela é extremamente conectada à natureza e aos elementos da Terra.

Quando se oferta algo a um Orixá os agradecimentos pelas energias a eles destinados ficam cada vez mais latentes e claros. Esse é o momento de entrega do filho da divindade àquele que cuida de todos os fios do seu destino. Abaixo seguem duas receitas de oferendas que podem ser feitas para Oxum.
1a Oferenda

3 cachos de uvas (claras tipo Itália) regados com mel
3 rosas amarelas (abertas e sem espinhos)
3 velas amarelas (número 0 ou 1)
mel, o suficiente para regas as frutas e as rosas
1 garrafa de água mineral
7 folhas de couve, arrumadas em círculo, com os cabos para fora, para servirem de suporte para a oferenda.

Entrega
Arrumar as frutas e as rosas no centro do círculo feito com as couves. Regar tudo com água mineral, depois com mel acender a vela (deixe-a firme dentro da terra, ou leve uma forminha de alumínio para suporte). Se possível, espere a vela queimar para evitar incêndios e aproveite para sentir o Axé da oferenda.
2a Oferenda

7 folhas de couve, para forrar o chão (arrumar em círculo, com os cabos para fora)
7 espigas de milho (in natura, não precisa cozinhar)
7 rosas amarelas (abertas e sem espinhos)
7 velas amarelas (número 0 ou 1) (leve 7 forminhas, para suporte, espere queimar e as recolha, podendo reaproveitá-las).
1 garrafa de água mineral

Entrega
Arrumar as espigas e as rosas intercaladas, em forma de cículo, em cima das couves, regar com a água e acender as velas.
Dia de Oxum

Dia 8 de dezembro é celebrado o dia de Oxum Orixá do amor, da fecundidade, fertilidade, das uniões como “Senhora do Amor” e da prosperidade como “Senhora do Ouro”.

Com canjica amarela, polenta, farinha de milho com mel ela costuma receber oferendas aos sábados – que é o seu dia da semana.
Cores de Oxum

Sua principal cor é o amarelo ouro, que representa toda a riqueza que a Orixá possui poder de atribuir.
Características das Filhas e Filhos de Oxum

Pessoas que dão muito valor à opinião das pessoas e não querem, de forma alguma, desagradar os demais. Por isso conseguem lidar com as diferenças e divergências de opinião politicamente e com muita diplomacia.

Os filhos e filhas de Oxum são pessoas obstinadas, focadas e que sabem exatamente o passo-a-passo que precisa ser feito para alcançar seus objetivos e ideais. São pessoas honestas, dedicadas, doces e carinhosas.

Não são levados por paixões arrebatadoras. Preferem a calma, o equilíbrio e a tranquilidade do amor. Guardam a sete chaves as traições de outros com relação a eles e – mesmo que não guardem mágoas – jamais perdoarão essas pessoas.

Os filhos de Oxum são dengosos, maternais e oferecem àqueles que convivem com eles um bom espaço de amor e calmaria. São também muito vaidosos e possuem a característica de sempre cuidarem da beleza.
Sincretismo de Oxum

A chegada das religiões afrodescendentes no Brasil trouxe diversos elementos de fé. Por conta disso é comum que se observe o sincretismo religioso como uma prática muito comum dessa época.

Os fiéis da religião Umbanda, por exemplo, incorporaram a figura de Jesus Cristo em suas práticas por tentarem esconder seus Orixás na parte de baixo do altar e – sobre ele – deixavam somente a figura do ícone do cristianismo.

Era uma forma de manterem-se seguros e de manterem sua fé sem nenhum tipo de embate com senhores de escravos e outras pessoas que pudessem desafiá-los por suas crenças.

Oxum, por exemplo, pode ser conectada à Nossa Senhora de Aparecida. A Santa católica encontrada no rio no interior paulistano. O sincretismo traz as mesmas simbologias para os diversos cultos.

Oxum, filha de Oxalá, é a Orixá da beleza, doçura, meiguice, ternura e das águas doces. Muitos dos seus elementos são fortalecidos por suas visões de equilíbrio e amor pelo mundo.
Oração para Oxum


“Senhora das Cachoeiras e Quedas D’água

Faço esta “Oração a Oxum” no começo de meu dia

Para que as boas vibrações espirituais da “Senhora das Águas Doces“

Estejam ao meu lado durante todo o dia, Ora Yê Yê Ô!

Inspire o meu dia com a mansidão e tranquilidade das águas calmas

Para que a bênção de sua energia traga saúde a meu corpo, mente e espírito.

Minha “Doce Mamãe Oxum” afaste de meus caminhos aqueles que desejam prejudicar-me,

Senhora “Dona do Ouro“, com sua rica energia aproxima de meus caminhos a prosperidade,

Para que nada falte a minha vida e de meus familiares.

Para que as boas vibrações espirituais da “Senhora das Águas Doces“

Estejam ao meu lado durante todo o dia, eu rezo a Oxum, Ora Yê Yê Ô!”
Saudação à Oxum

A saudação à Oxum é: Ora Yê Yê Ô! Que significa: Olha por nós mãezinha!

Oxum é a Orixá do amor, da beleza, ternura e riqueza. Seu corpo é coberto pelo amarelo ouro que é reflexo da sua preciosa aura. Mãe Oxum é a responsável por nos acolher durante as tempestades emocionais, nos tranquilizando e orientando os caminhos mais pacíficos a se seguir.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ORIXÁ REGENTE DO ANO DE 2018.


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E o ano de Pai Oxossi está chegando ao fim.

2017 passou realmente como uma flecha, se findando com muitos
acontecimentos, coisas boas e ruins com esse ano se vão.

Parando para refletir, fazer um pequeno parecer desse ano de 2017
podemos verificar o quanto houve evolução em nossa caminhada rumo a
Deus, ou talvez não evoluímos nada.

Passamos bons momentos, assim como passamos momentos tristes.

Fizemos novos amigos, novos amores, novos rumos talvez aconteceram
na vida de cada um de nós.

Muitas lições dadas, muitas compreendidas, outras que nem
imaginamos que fosse uma lição.

E assim o ano de 2017 se vai.

Em nosso íntimo estamos nos preparando para uma nova era, uma nova
caminhada, novas lições, novos rumos talvez.

Sabemos que a cada inicio de ano nascem com ele novas
possibilidades de alegrias, tristezas, vencimentos de obstáculos,
decepções, enfim, já ficamos preparados para estabelecer nossas
esperanças no novo ano que está para chegar, e assim elevarmos nossa
fé ao ponto máximo, e passar por ele de uma forma que só restarão as
alegrias, não deixando que as possíveis tristezas nunca nos domine, e
assim possamos progredir ainda mais a nossa tão sonhada evolução
espiritual.

E a cada entrada de ano, nós umbandistas ou não temos um grande
interesse em saber qual o Orixá ou os Orixás que vão reger esses 365
dias de luta contra as dificuldades da vida.

E como de costume é feito, o nosso amado Preto Velho Rei Congo,
jogou seus búzios, e nos revelou essa informação, sendo ela confirmada
pelos queridos também Pretos Velhos, Pai Antero e Vovô Benedito da
Calunga.

Portanto, agora estaremos repassando as informações divulgadas.

No ano de 2018 o Orixá regente será Pai Xangô que regerá
intensamente por todo ano, tendo como companhia a partir do mês de
junho a linda e explendorosa Mãe Iansã.


Resumindo, e respondendo a pergunta mais simplesmente, ao ser
perguntado qual Orixá vai reger o ano de 2018, podemos certamente
dizer Xangô, que será o Orixá dominante desse ano.

O ano de 2018 será um ano de busca de justiça, e cobrança por essa
justiça. A união entre os povos poderá derrubar muitos ditadores e
corruptos, porém tudo vai depender dessa união, pois o povo em geral
estará mais descrente com a própria justiça, e sendo assim poderá não
ter a união necessária para assim criar uma corrente de força, e assim
derrubar aqueles que se utilizam dos recursos públicos para seu
próprio bem estar e demonstração de poder.

O ano de 2018, tendo também a influência de Iansã, passará tão
rápido quanto o ano de 2017, que tinha a velocidade da flecha de
Oxossi, isso porque os ventos de Iansã soprarão com mais força, e seus
raios riscarão os céus, dando a nítida impressão do tempo passar bem
rápido.

Será um ano extremamente quente, e todos sentirão bastante isso, e
não só no que se diz a temperatura, pois o fogo vai predominar esse
ano, e sendo assim, além de em alguns meses a temperatura vai estar
fora do esperado, no que se diz calor literalmente, mas a temperatura
dos ânimos pessoais, podendo assim ser um ano com muitas batalhas com
intuito de dominar outros povos.

A mãe terra estará em plena erupção, e a natureza vai buscar se
defender, isso pode ocasionar algumas tragédias naturais, assim como
grandes tempestades, ativação de vulcões e furacões.

Em 2018 devemos manter nossa fé ativa, buscar fazer sempre o bem,
sermos fiéis as nossas convicções, pois sabemos que o ano de Xangô é
um ano justiceiro, e assim como Pai Xangô tem como símbolo seu machado
de dois gumes, devemos entender que esse ano será um período de
justiça para os dois lados, portanto aquele que faz o bem com amor e
honestidade, receberá o bem da mesma forma, porém aqueles que não
forem corretos serão cobrados de uma forma extrema.

O ano de Pai Xangô é bem mais claro, correto e realista, ano que
devemos entrar no próprio eu, e tentar mudar nossos erros.

Será um ano um tanto difícil a todo o planeta, e a recomendação é
Orar e vigiar, e assim melhoraremos como pessoa, e colheremos os
frutos desse ano da justiça.

Muitas verdades escondidas aparecerão, muitas pessoas serão
desmascaradas, e muitas dessas pessoas buscarão a anarquia para tentar
se defender.

No ano de Xangô todos seremos julgados, que seja pelo pequeno ato
falho ou pela grandeza da perversidade, independente disso, todos
seremos, e cada um de nós receberemos a condenação merecida por nossos
atos e ações.

Esse ano é muito propício para os estudantes, pois além da justiça,
Xangô também é o Orixá da inteligência, e rege a todos que realmente
buscam um objetivo através do saber.

Em 2018,, o ser humano vai ser tomado pelo mal da depressão, e
isso levará muitos a buscar o caminho de ceifar a própria vida.
Devemos lembrar que a vida não termina com desencarne, e fugir de
nossos problemas dessa forma é estar ampliando mais nossos
sofrimentos, portanto devemos nos manter sempre em ligação com Deus
através da fé, e jamais deixar que obsessores nos induzam ao suicídio.

Iansã estará em 2018 com Pai Xangô, e ela é a dominadora de Eguns,
portanto toda vez que a tristeza extrema chegar até seu coração, que a
depressão tomar seu ser, que pensamentos suicidas invadirem sua
mente, clame por essa mãe tão dedicada a seus filhos, peça a essa
guerreira que os afaste de todas ideias que certamente iriam levar seu
espírito a sofrer intensamente.

Com Mãe Iansã vindo no segundo semestre do ano, teremos um ano bem
agitado e, como já dito muito rápido, portanto é recomendado não
deixar as coisas se acumularem, não deixar o que possa fazer hoje para
o dia seguinte, e nunca deixar de buscar os objetivos.

Iansã é uma Orixá guerreira, e no ano que ela se encontra regendo
ou sendo companheira do Orixá regente, ela deseja que todos devem ser
guerreiros também, lutando contra as injustiças, contra o desânimo,
contra o comodismo. Portanto busquem ser mais objetivos e batalhadores
pelas próprias causas.

Que Deus abençoe nossa caminhada nesse novo ano de muitas lutas,
e com muita dedicação, teremos muitas conquistas.

Esperamos que todos os amigos entrem com muita fé nas vitórias
pessoais nesse próximo ano.

Que Pai Xangô e a linda Mãe Iansã nos deem caminhos de luz nessa
nova jornada, e que todas as Entidades de Luz nos protejam por todo
ano de 2018.

Que assim seja!

Carlos de Ogum

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domingo, 3 de dezembro de 2017

HISTÓRIA DE IANSÃ, DIA 4 DE DEZEMBRO E SEU DIA, EPARREY OYÁ












IANSÃ



Deusa da espada de fogo, Dona das paixões, Iansã é a Rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões, vendavais. Orixá do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos eguns, guia dos espíritos desencarnados, Senhora dos cemitérios.



Não é muito difícil depararmo-nos com a força da Natureza denominada Iansã (ou Oyá). Convivemos com ela, diariamente.



Iansã é o vento, a brisa que alivia o calor. Iansã é também o calor, a quentura, o abafamento. É o tremular dos panos, das árvores, dos cabelos. É a lava vulcânica destruidora. Ela é o fogo, o incêndio, a devastação pelas chamas.



Oyá é o raio, a beleza deste fenômeno natural. É o seu poder. É a eletricidade. Iansã está presente no ato simples de acendermos uma lâmpada ou uma vela. Ela é o choque elétrico, a energia que gera o funcionamento de rádios, televisões, máquinas e outros aparelhos. Iansã é a energia viva, pulsante, vibrante.



Sentimos Iansã nos ventos fortes, nos deslocamentos dos objetos sem vida. Orixá da provocação e do ciúme.



Iansã também é a paixão. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax, o orgasmo do homem e da mulher. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase "estou apaixonado" tem a presença e a regência de Iansã, que é o Orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúmes doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão, propriamente dita.



Iansã é a disputa pelo ser amado. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado, no campo amoroso. É até mesmo a vontade de trair, de amar livremente. Iansã rege o amor forte, violento.



Oyá é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos eguns, como se diz no Candomblé. É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma.



Iansã é a deusa dos cemitérios. Ela é a regente, juntamente com Omulu (ou Obaluaê), dos Campos Santos, pois comanda a falange dos eguns. Comanda também a falange dos Boiadeiros, encantados que são cultuados nas casas de Nação de Angola. Ela é sua rainha.



Como deus dos mortos, Iansã carrega consigo o eruxin, feito com rabo de cavalo, para impor respeito aos eguns, bem como a espada flamejante, que faz dela a guerreira do fogo.

É, sem dúvida, o Orixá mais popular e a mais querida no Candomblé.



Mitologia



Embora tenha sido esposa de Xangô, Iansã percorreu vários reinos e conviveu com vários reis. Foi paixão de Ogum, de Oxaguiam, de Exu, Conviveu e seduziu Oxossi, Logun-Edé e tentou, em vão, relacionar-se com Obaluaê. Sobre este assunto, a história conta que Iansã percorreu vários reinos usando sua inteligência, astúcia e sedução para aprender de tudo e conhecer igualmente a tudo.





Em Ire, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele o manuseio da espada e ganho deste o direito de usá-la. No auge da paixão Ogum , Iansã partiu, indo para Oxogbô, terra de Oxaguian. Conviveu e aprendeu o uso do escudo para se proteger de ataques inimigos, recebendo de Oxaguian o direito de usá-lo. Quando Oxaguian estava tomado pe paixão por Oyá, ela partiu.



Pelas estradas deparou-se com Exu. Com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Oxossi, seduziu o deus da caça, mesmo com os avisos de sua mulher, Oxum, que avisara ao marido do perigo dos encantos de Iansã. Todavia, com Oxossi, Oyá aprendeu a caçar, a tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal, com a ajuda da magia aprendida com Exu. Seduziu o jovem Logun-edé , filho de Oxossi e Oxum e com ele aprendeu a pescar.



Iansã partiu, então, para o reino de Obaluaê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto (conhecido apenas por Nanã – sua mãe – e Iemanjá, mãe de criação). Uma vez chegando ao reino de Obaluaê, Iansã tratou de insinuar-se:



- Como vai o Senhor das Chagas?

No que Obaluaê respondeu:

- O que Oyá quer em meu reino?

- Ser sua amiga, conhecer e aprender, somente isso. E para provar minha amizade, dançarei para você a dança dos ventos!

(Dança que, por sinal, Iansã usou para seduzir reis como Oxossi, Oxaguian e Ogum).



Durante horas Iansã dançou, sem emocionar ou, sequer, atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de seduzir Obaluaê, que jamais se relacionou com ninguém, Iansã então procurou apenas aprender, fosse o que fosse. Assim, dirigiu-se ao homem da palha;



- Obaluaê, com Ogum aprendi a usar a espada; com Oxaguian, o escudo; com Oxossi aprendi a caçar; com logun-edé a pescar; com Exu aprendi os mistérios do fogo. Falta-me apenas aprender algo contigo.



- Você quer aprender mesmo, Oyá? Então, ensinar-lhe como tratar dos mortos!



De inicio Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e, com Obaluaê, aprendeu a conviver com os eguns e controlá-los.



Partiu, então Oyá, para o reino de Xangô. Lá, acreditava, teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais que isso... aprendeu a amar verdadeiramente e com um paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.



O fogo é o elemento básico de Iansã. O fogo das paixões, o fogo a alegria, o fogo que queima. Iansã é o Orixá do fogo...



E aquele que dão uma conotação de vulgaridade a essa belíssima e importantíssima divindade africana, é digna de pena e mais digna, ainda, do perdão de Iansã.





Dados



Dia: quarta feira,



Data: 4 de Dezembro;



Metal: Cobre;



Cor: Marrom;



Partes do corpo: fígado e o sangue;



Comida: acarajé, abará;



Arquétipo: É de pessoas audaciosas, poderosas e autoritárias, pessoas que podem ser fieis, de uma lealdade absoluta em certas circunstancias, mas que em moutros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar pelas manifestações da mais extrema cólera. Pessoas, enfim, cujos temperamentos sensual e voluptuosos podem levá-las a aventuras amorosas extra conjugais, múltiplas e freqüente, sem reservas de decência, mas que não as impedem de continuarem muito ciumentas com seus parceiros por elas mesma enganados;



Símbolos: espada de cobre e o eru (rabo de boi ou de búfalo).



Jana D'Kare.