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quinta-feira, 24 de maio de 2018

SANTA SARA KALI, A PROTETORA DO POVO CIGANO, DAS GRÁVIDAS E DOS DESESPERADOS...





A Santa Sara é dentre todos os Santos da Igreja Católica, a escolhida pelos ciganos para dedicarem toda a sua devoção. Ela enfrentou preconceito e humilhação, mas em nenhum momento perdeu a fé em Jesus Cristo, ou abandonou os preceitos da Palavra de Deus.

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Considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos desesperados, Santa Sara conviveu com Jesus durante sua breve passagem entre os homens, ela era servente de uma das três Marias que acompanhavam Cristo em sua pregação.
A História de Santa Sara de Kali

Por volta de 48 d.C, Santa Sara, juntamente com as três Marias (Maria Salomé, Maria Madalena e Maria Jacobina), foram colocadas em um barco sem remo e sem qualquer mantimento e jogadas à deriva no mar para morrerem. Este ato fazia parte da perseguição que todos os cristãos sofreram após a crucificação do Messias.

Diante de tal crueldade, elas concordaram que a única salvação seria a fé, onde prometeram que se chagassem salvas em algum local, continuariam a pregar a palava da Bíblia Sagrada, do Evangelho. Passaram então a rezar constantemente pedindo a misericórdia divina, milagrosamente o barco atracou na França, hoje a cidade é conhecida como Sante Maries de La Mer (Santas Marias do Mar).

Sara também fez uma promessa individual, a de que se conseguisse sobreviver, passaria a usar o lenço em sua cabeça pelo resto de sua vida, tal gesto simboliza a sua decisão de se manter pura pelo resto de sua vida e entregar seu coração somente a Cristo e continuar assim, a missão que ele começou na Terra. Por este gesto, é que a Santa sempre recebe lenços em sua imagem quando alguma graça é alcançada por um devoto.
Seu nome, sua pele – A mulher que trouxe Jesus ao mundo dos homens

O sobrenome “de Kali” diz respeito a cor de sua pele, que significa negro em hebraico.

Sara era uma cigana e escrava, enfrentou muitos desafios até encontrar-se com as três Marias que a acolheu em seus caminhos de louvação.

A devoção dos ciganos é também devido a fé das mulheres desse povo com essa Santa, Sara foi a responsável pelo auxílio a Maria Santíssima no momento do nascimento do menino Jesus. Portanto, as ciganas que não conseguiam engravidar ou as que queriam ter um parto tranquilo, pediam fervorosamente o seu auxílio para este momento tão gratificante e abençoado na vida de uma mulher. É de sabedoria desse povo que, quanto mais filhos uma mulher tiver, mais abençoada a sua vida será, pois a maior sorte e felicidade da vida é se sentir realizada em poder dar a luz a outra vida. Essas mulheres sempre retornavam à cidade de Sante Maries de La Mer com lenços para agradecer a ajuda recebida.

Já por sua vez, o lenço, tornou-se símbolo de prosperidade e saúde, e toda mulher cigana casada o tem como principal peça em seu vestuário.

Mas seus títulos não se restringem somente às gestantes, Santa Sara também é conhecida como a Santa dos desesperados, essa nomenclatura deve-se ao fato de sua presença em momentos angustiantes e importantes da história de Jesus, que foram: seu nascimento e a sua crucificação. Sendo assim, quem se encontra em desespero e à beira de perder a fé e esperança, pode depositar a sua confiança nas mãos de Santa Sara de Kali que ela ouvirá a sua dor e intercederá a seu favor.

Sara foi canonizada no ano de 1712 d.C, a data festiva em sua comemoração é em 24 de maio.
Oração de Santa Sara de Kali


“Santa Sara, tu que és a única santa cigana no mundo.
Tu que sofreste todas as formas de preconceitos e humilhações.
Tu que foste amedrontada e jogada ao mar para que morresses de sede e de fome.
Tu que sabes o que é o medo, a fome, a mágoa e a dor no coração.
Não permitas que meus inimigos zombem de mim ou me maltratem. (fazer o pedido)
Que tu sejas minha advogada diante de Deus.
Que tu me concedas sorte e saúde, e que abençoe minha vida. Amém!”


Novena de Santa Sara de Kali

Durante 9 dias repetir a Oração e os passos citados abaixo à Santa Sara Kali:


“Sara, Sara, Sara!
Foste escrava de José de Arimatéia.
No mar foste abandonada,
Seus milagres no mar se sucederam,
E como Santa te tornastes,
a beira do mar chegastes e os ciganos te acolheram.

Sara, rainha, mãe dos Ciganos,
ajudastes e a ti eles consagraram como sua protetora e mãe vinda das águas.

Sara, mãe dos aflitos.
A ti imploro proteção para o meu corpo
Luz para meus olhos enxergarem até no escuro,
Luz para o meu espírito e amor para todos os meus irmãos:
brancos, negros e mulatos, enfim a todos os que me cercam.

Aos pés de Maria Santíssima tu, Sara,
me colocaras e a todos que me cercam,
para que possamos vencer as agruras que a Terra oferece.

Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores,
espíritos perdidos não me encontrarão e assim como conseguistes o milagre do mar,
a todos que me desejarem mal, tu com as águas me fará vencer

Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores.
Continuarei caminhando sem parar assim como as caravanas passam,
no meu interior tudo passara e a união comigo ficara e sentirei
o perfume das caravanas que passam deixando o rastro de alegria e felicidade,
teus ensinamentos deixaras.

Amai-nos Sara, para que eu possa ajudar a todos que me procuram,
ajudados pelos poderes de nossos irmãos ciganos.
Serei alegre e compreensivo com todos que me cercam.

Corre no céu, corre na terra, corre no mundo e
Sara, Sara, Sara, estarás sempre na minha frente,
sempre atrás, ao lado direito e ao lado esquerdo e assim dizemos:
Somos protegidos pelos ciganos e pela Sara que me ensinara a caminhar e a perdoar.

Ao final da Oração, fazer o pedido da seguinte forma:


“Eu, (dizer seu nome) te suplico: Sara, fiques sempre na minha frente, sempre atrás de mim, no meu lado direito e no meu lado esquerdo, assim somos protegidos como os ciganos, e tu, Sara, me ensinarás a caminhar e a perdoar. AMÉM!”


Em seguida rezar 3 vezes a Ave Maria e 3 vezes o Pai-Nosso.

Como podemos notar na Bíblia, a fé não possui identificação de cor, de nacionalidade, ela parte diretamente de nossa alma e coração, quando se há o amor verdadeiro por Cristo e seus ensinamentos, não há a necessidade de temer os obstáculos da vida. Por isso, quando precisar de mais luz e força, lembre-se de Santa Sara que ela te conduzirá para as melhores estradas.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

SANTA RITA DE CÁSSIA: 22 DE MAIO É SEU DIA!!!




Santa Rita de Cássia era filha única. Nasceu em maio do ano de 1381, nas montanhas em Roccaporena, perto de Cássia, região da Umbria, Itália. Era filha de Antônio Mancini e Amata Ferri, casal de muita oração e do qual todos gostavam. Não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha tudo sobre a fé em Jesus e Nossa Senhora. Eles contavam a ela também histórias de vida de muitos santos e santas, o que muito contribuiu para sua formação.
Vida de Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia queria ser religiosa, mas seus pais escolheram para ela um marido, como era costume na época. O marido escolhido foi Paolo Ferdinando. Não foi uma boa escolha, pois Paolo era um infiel no matrimônio e tinha o hábito de beber demais. Por causa dele, Santa Rita sofreu por 18 anos, período em que foi casada. O casal teve dois filhos. Durante o tempo de casada, Rita demonstrou muita paciência e resignação por tudo que sofreu.

Mesmo sofrendo, ela nunca deixou de rezar pela conversão dele. Por fim, a mansidão e o amor de Rita transformaram aquele homem rude e bruto. Paolo se converteu e mudou sua vida conjugal de tal forma que as amigas de Rita e as mulheres da cidade vinham aconselhar-se com ela.


Paolo, embora verdadeiramente convertido, tinha deixado um rastro de violência e rixas entre alguns grupos da cidade. Assim, um dia ele saiu para trabalhar e não voltou para casa. Santa Rita de Cássia teve a certeza de que algo horrível tinha acontecido.

No dia seguinte ele foi encontrado morto. Tinha sido assassinado. Seus dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Santa Rita, então, pediu a Deus que não deixasse eles cometerem esse pecado mortal. Logo os dois ficaram muito doentes, de forma incurável. Antes que eles morressem, porém, Santa Rita ajudou os dois a se converterem, ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os dois conseguiram perdoar o assassino do pai, e morreram.

Parece estranho, mas a morte dos dois filhos de Santa Rita quebrou uma corrente de ódio e vingança que poderia durar anos, causando muito mais sofrimentos e mortes. Depois disso, Santa Rita de Cássia teve a certeza em seu coração de que os três estavam juntos no céu. Assim, tudo tinha valido a pena.
Deus coloca Santa Rita de Cássia no convento

Santa Rita, estando sozinha na vida, quis entrar para o convento das irmãs Agostinianas, obedecendo ao chamado que sentia desde menina. As irmãs, porém, estavam em duvida sobre sua vocação, visto que tinha sido casada, o marido fora assassinado e os dois filhos morreram de peste. Por tudo isso, elas não queriam aceitar Rita no convento.

Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita.

Ela abriu a porta e estavam ali, São Francisco, São Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Então as freiras não lhe puderam negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.
Milagres de Santa Rita de Cássia

Em dúvida se vocação de Rita era verdadeira, a superiora mandou-a regar um pedaço de madeira seca que estava no jardim do convento. Ela deveria fazer aquilo por um ano. Rita obedeceu com paciência e amor. Depois de um ano, para a surpresa de todos, mais um milagre aconteceu: o galho se transformou numa videira que dá uvas até hoje.
Sofrimento de Cristo no corpo de Santa Rita de Cássia

Orando aos pés da cruz Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou.

O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos. A chaga só foi curada quando Irmã Rita foi a Roma, no ano santo. Quando voltou ao mosteiro, porém, a ferida se abriu novamente.
Morte de Santa Rita de Cássia

No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.

No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona.
Devoção a Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano Vlll. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão Xlll e sua festa foi é comemorada no dia 22 de maio de todo ano.

No nordeste do Brasil, na cidade de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, ela é sua padroeira, inclusive lá está a maior estátua católica do mundo, com 56 metros de altura. Santa Rita é considerada a Madrinha dos sertões. Em Minas Gerais existe a Cidade de Cássia que Santa Rita também é a padroeira, e seu aniversário é no dia 22 de maio também.
Oração a Santa Rita de Cássia

Ó Poderosa e Gloriosa Santa Rita de Cássia, eis, a vossos pés, uma alma desamparada que, necessitando de auxilio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça, de que tanto necessito, (fazer o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.

sábado, 12 de maio de 2018

PRETOS VELHOS, DIA 13 DE MAIO É O DIA DELES....



Na Umbanda os Pretos velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura no Brasil.

Pretos velhos ou Pretos-velhos são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".

O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e o baiano aos imigrantes nordestinos.

São entidades que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo da sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes.

A característica desta linha, devido a elevação espiritual de tais entidades, é o conselho e a orientação aos consulentes, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.

Os pretos velhos se apresentam com nomes que individualizam sua atuação, do Congo ou de Angola, evidenciando sua atuação propriamente dita e procedência. Em sua linha de atuação eles apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:
Congo (Pai Francisco do Congo) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
Aruanda (Pai Francisco de Aruanda) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);
D´Angola (Pai Francisco D´Angola) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
Matas (Pai Francisco das Matas) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
Calunga, Cemitério ou das Almas (Pai Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Omolu/ Obaluaê;

Entre diversas outras nominações tais como: Guiné, Moçambique, da Serra, da Bahia, etc… Muitos Pretos velhos podem apresentar-se como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vó ou Vô, porém todos são Pretos velhos.

ADOREI AS ALMAS!!! SALVE OS PRETOS VELHOS DE UMBANDA!!!





AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO.




Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto-velho chorava.

De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque contei-as… Foram sete.

Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei. Fala, meu preto-velho, diz ao teu filho por que externas assim uma tão visível dor?

E ele, suavemente respondeu: Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas.

A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber…

A segunda a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que seus próprios merecimentos negam.

A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a UMBANDA, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.

A quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.

A quinta, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio na UMBANDA, nos teus caboclos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.

A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

A sétima, filho notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Fiz doação dessa aos Médiuns vaidosos, que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de amparo material e espiritual.



Assim, filho meu, foi para esses todos, que viste cair, uma a uma.