Toda criança cigana possui um santo protetor
escolhido por seus pais. A escolha do santo é feita por algum aviso
recebido em sonho, como homenagem por alguma graça anteriormente
recebida, ou através de alguma mensagem indireta que soe como um aviso.
Todos os anos, no dia do santo protetor, a família
promove uma festa em agradecimento e homenagem ao santo. Os pais
prosseguem com esta obrigação durante todo o tempo de vida do filho e,
quando eles morrem, cabe ao filho prosseguir da mesma maneira com a
cerimônia anual, enquanto viver.
Esta festa é conhecida como SLAVA e para ela são convidados os parentes e os amigos mais chegados.
A FESTA: ela começa pontualmente às doze horas, com os
pais, a criança e os convidados reunidos em torno da mesa onde serão
servidas as bebidas, a comida e as frutas além do vinho.
No centro da mesa é colocada a imagem do santo
protetor, uma vela ritual enfeitada de flores, um pão redondo e uma
garrafa de vinho. Logo após o acender da vela, que dá início à
festividade, o pai e a criança, frente a frente na cabeceira da mesa,
começam a girar o pão recitando preces de agradecimento ao santo
protetor. Um parente próximo então derrama um pouco de vinho em quatro
partes do pão, que serão beijadas pelo pai e pelo filho. O pão em
seguida é partido ao meio e recolocado no centro da mesa.
Às dezoito horas, os pais renovam os agradecimentos e
reforçam os pedidos ao santo, apagando em seguida a vela com um pedaço
de pão bento.
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