"O objetivo primordial do Yoga é restabelecer a paz.
Estabelecer a simplicidade da mente, e libertá-la da confusão e da dor.
Esta sensação de calma vem da prática dos asanas iogues e pranayama.
Diferentemente de outras formas de exercícios que tensionam músculos e ossos,
o Yoga gentilmente rejuvenesce o corpo.
Ao restaurar o corpo, o Yoga liberta a mente de seus sentimentos negativos
causados pelo ritmo frenético da vida moderna.
A prática de Yoga completa os reservatórios
da esperança e do otimismo dentro de você.
Ela o ajuda a suplantar todos os obstáculos
no caminho para a saúde perfeita
e para o contentamento espiritual.
É um renascimento.”
~B.K.S Iyengar~
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Sobre os benefícios da Yoga Revista Isto É
~B.K.S Iyengar~
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A
Ciência do Yoga é uma das diversas contribuições originais da Índia
para o mundo. Pretende-se descobrir e perceber a Realidade última
através de práticas de yoga. Acharya Patanjali, seu fundador, era
originário do distrito de Gonda (Ganara) em Uttar Pradesh. Prescreveu o
controle do prana (sopro de vida) como meio de controlar o corpo, mente e
alma. Isto posteriormente recompensa com uma boa saúde e felicidade
interior. As 84 posturas de yogade Acharya Patanjali efetivamente
melhoram a eficiência do aparelho respiratório, sistema circulatório,
nervoso, digestivo e endócrino e muitos outros órgãos do corpo. A
Ciência do Yoga ganhou popularidade devido à sua abordagem científica e
benefícios. Yoga também detém o lugar de honra como uma das seis
filosofias no sistema filosófico indiano.
Acharya
Patanjali será sempre lembrado e reverenciado como um pioneiro na
ciência da auto-disciplina, a felicidade e auto-realização
Acharya Patanjali
Os Oito
Princípios da Yoga de Patanjali são: 1.Yama (princípios éticos), 2.
Niyama (princípios morais) 3. Ásanas (posturas físicas), 4. Prãnayamas
(exercicios respiratorios), 5.Pratyaraha (remoção dos sentidos do mundo
externos), 6. Dharana (concentração), 7.Dhyana (meditação), 8. Samadhí
(realização da meta).
Árvore do Yoga
(clique na imagem para ampliar)
1. Yama - Na
filosofia do Yoga, a moral ou a moralidade possui o significado de estar
em harmonia com o Universo, estar em estado de harmonia mental. A
harmonia mental é necessária para poder meditar, para que a mente flua
livre, sem impedimentos. Então, o propósito de Yama é produzir um estado
de equilíbrio mental, onde a relação os outros seja harmoniosa, serena,
pacífica. A palavra Yama quer dizer “controle”, ou seja, como devemos
nos controlar, nos comportar perante os outros.
Cinco 5 princípios do Yama:
*Ahimsa: Significa não ferir ou magoar a outro Ser com Pensamento, Palavra ou Ação.Também é traduzida como Não-Violência.
* Satya: significa Verdade Benevolente, ou seja, guiar todos os pensamentos, palavras e ações com o espírito de bem-estar.
*Asteya: Asteya significa abster-se de tomar, física ou mentalmente, o que pertence aos outros.
* Brahmacarya:
significa ver Brahman, a divindade, o Supremo, presente em todas as
coisas. Ver a divindade, o valor e a bondade inatos em todos os seres ou
coisas. Este conceito também está ligado a dominação dos impulsos
sexuais.
2. Niyama- O segundo membro do caminho óctuplo de Patanjali é o Niyama, que significa literalmente “Auto-controle”.
Repousa sobre cinco fundamentos:
Shaoca: Significa manter a limpeza e a pureza da mente, do corpo e do meio-ambiente.
Santosa:
Significa manter-se em estado mental equilibrado, em harmonia, em
tranqüilidade mental, sendo que é traduzido literalmente por
“Contentamento”.
Tapah:
Procurar realizar serviços desinteressadamente, fazer sacrifícios para
beneficiar outros seres. É traduzido em algumas linhas de Yoga pela
palavra “Ascese”.
Svadhyaya:
Ler, estudar e entender temas espirituais, desenvolver o auto-estudo,
manter-se em boa companhia, sendo traduzido literalmente por
“Auto-estudo”.
Iishvara-Pranidhana: Significa procurar manter a nossa mente no ideal, ou seja, refugiar-se no Supremo.
3. Ásanas -A palavra ásana significa postura confortável, ou seja, são as posturas, os movimentos realizados durante a pratica de Yoga.
(clique na imagem para ampliar)
Saudação ao Sol A e B
Saudação à Lua
4. Prãnayama- Controle
das energias vitais através de exercícios respiratórios. Existe uma
relação direta entre nossa respiração, prãna (energia vital) e a mente,
então através do controle respiratório podemos influenciar o fluxo de
prãna (energia vital) no organismo humano, modificando o fluxo de
pensamentos, de sensações, estimulando a paz e harmonia mental.
5. Pratyahara-
Significa retirar a mente das coisas mundanas. Para obter-se sucesso na
meditação é necessário inverter o fluxo da mente, para que a mente flua
para o interior, para dentro, em direção ao Ser, em direção a Atman
(Alma / Espírito).
6. Dharana-
É traduzido literalmente como “Concentração”. No Raja Yoga ensina-se
que o Dharana deve ser feito em um dos Chackras (centros energéticos
sutis).
7. Dhyana -A
verdadeira Meditação, ou seja, quando a mente flui espontaneamente em
direção a Consciência Suprema. A palavra Dhyana significa literalmente
“deixar a mente fluir”, portanto a intenção de Dhyana é que a mente flua
para o alto, para dentro, em direção ao Paratman, ou seja, em direção
ao Grande Espírito, em direção a Grande Alma, ao Poder Supremo.
8. Samadhí-
União Espiritual. Quando Jiivatman (espírito individual) funde-se com
Paratman (Espírito Supremo). O Gheramda Samhita, possui um capitulo
inteiro onde o Samadhí é descrito, sendo que começa da seguinte maneira:
7:1. O samádhi é um tipo de Yoga magnífico, que se adquire graças a uma
grande dádiva. Obtêm-se samádhi graças à bondade e gentileza do guru,
e,pela intensa dedicação que se lhe prestar. 7:2. Esta fantástica
técnica de samádhi será prontamente dominada pelo yogui que tenha
confiança no conhecimento, no seu guru e em si mesmo, e,cuja mente se
abra à inteligência todos os dias. 7:3.
Samádhi ou
mukti é a libertação de todos os estados de consciência e consiste em
separar manas do corpo para uni-lo a Paramatman.
Existem diversas formas de definição do Samadhí, sendo que cada escola de Yoga o descreve de diversas maneiras.
Entretanto
as descrições são apenas mapas e não o território, ou seja, as
descrições são importantes para entender o porquê desta busca, mas
apesar de todas as palavras só se conhece verdadeiramente sentindo a
Bem-Aveturança.
Técnica de respiração yogue para acalmar o mental:
Aquelas pessoas que
possuem um lado racional extremamente desenvolvido e sofrem com
pensamentos múltiplos e em carrilhão, devem estimular a respiração com a
narina esquerda, que conecta com a região do cérebro ligada as emoções;
Funciona assim: com um dos dedos feche a narina direita e faça 30
respirações completas, ( inalação, seguida de exalação) lentas e
concentradas, somente deixando passar o ar pela narina esquerda. Logo
sentirá uma sensação de relaxamento e calma.
Técnica de respiração yogue para acalmar o emocional:
Aquelas pessoas que
possuem um lado emocional extremamente desenvolvido e sofrem com emoções
descontroladas e intensas , devem estimular a respiração com a narina
direita, que conecta com a região do cérebro ligada ao racional;
Funciona assim: com um dos dedos feche a narina esquerda e faça 30
respirações completas, ( inalação, seguida de exalação) lentas e
concentradas, somente deixando passar o ar pela narina direita. Logo
sentirá uma sensação de mais firmeza e centramento.
Técnicas de Respiração yogue - Professor Pedro Kupfer
As
técnicas descritas a seguir servirão como treinamento básico para
dominar e ampliar a mecânica da respiração. Poderão fazer-se
independentemente umas das outras ou obedecendo à seqüência sugerida.
Todas elas podem ser aplicadas durante a prática dos ásanas, o que irá
potencializar os seus efeitos. Siga cuidadosamente estas instruções e
consulte o seu instrutor caso tenha dúvidas a respeito.
1 - Adhama pránana, a respiração abdominal
A
primeira etapa na prática de pránáyáma é disciplinar a respiração baixa
ou abdominal. Pode ser feita deitado em decúbito dorsal ou sentado com
as costas eretas. Procure fazê-la enquanto vamos descrevendo.
Coloque
as palmas das mãos no abdômen para perceber o movimento do diafragma.
Respirando pelas narinas, esvazie completamente os pulmões, contraindo o
ventre. Permaneça por um instante sem ar. Deixe-o agora entrar devagar,
soltando e expandindo naturalmente a musculatura do baixo ventre e
depois a parede abdominal, conforme for enchendo a parte baixa dos
pulmões.
Não
retenha. Ao expirar, recolha os músculos abdominais. Continue
respirando assim, relaxando o abdômen ao inspirar e contraindo-o
levemente ao exalar. Esta é a forma ideal de fazê-lo no dia a dia, sendo
aquela que surge espontaneamente ao dormir.
Após
ter dominado o movimento anteriormente descrito, execute esta
respiração no ritmo mais lento que conseguir, prolongando ao máximo o
tempo da inalação e da exalação.
Com a
prática, você poderá desenvolvê-la de forma ideal, acrescentando
retenções de alguns segundos no final da inspiração e da expiração, o
que irá aumentar a capacidade pulmonar e a vitalidade. Posteriormente,
aumentará gradativamente a retenção até chegar a quadruplicar ou ainda
octuplicar o tempo da inspiração. Depois, o ritmo começará a se encaixar
naturalmente.
Efeitos:
Este
exercício promove um massageamento nos órgãos abdominais, melhorando o
seu funcionamento. Elimina a ansiedade e aumenta a força de vontade, a
concentração e a vivacidade mental. Feita sem esforço, revitaliza e
predispõe a pessoa a uma atitude aberta e receptiva,
tendendo a aceitar a realidade tal como é.
2 - Adhama pránana, a respiração completa
Agora
vamos respirar com todo o potencial e a capacidade dos nossos pulmões.
Isto nos proporcionará uma sensação única de bem estar, leveza e
vitalidade. São infinitas as sensações quando respiramos de forma
completa e consciente: as idéias ficam mais claras, a tristeza se
transforma em felicidade, a agitação em serenidade, a insegurança em
autoconfiança, o desânimo em entusiasmo. Se você achou exageradas estas
afirmações, nosso convite é para que experimente este exercício.
Quando
possível, procure fazer pránáyáma diante do mar, próximo de uma
cachoeira ou perto da natureza. A sensação do prana limpando e nutrindo
as suas células lhe fará sentir revigorado em poucos minutos.
Sente-se
em qualquer posição na qual você possa manter a coluna ereta sem
forçamento. Feche os olhos e passe a acompanhar a respiração. Perceba o
contato do ar com os condutos respiratórios, sinta o prána acariciar o
seu corpo por dentro. Descontraia-se.
Elimine
agora todo o ar dos pulmões e recolha o abdômen. Comece a inalar
expandindo o ventre e o diafragma, deixando que o prána e o ar entram na
parte baixa dos pulmões. Em seguida, deixe o ar entrar na área média,
descontraindo a musculatura intercostal. Por fim, complete a inspiração
enchendo de ar o ápice dos pulmões, sentindo que os alvéolos se abrem.
Expire
com suavidade, soltando primeiramente o ar da parte alta, depois da
parte média, retraindo os músculos intercostais, e, por fim, da parte
baixa, contraindo o abdômen e fazendo com que o diafragma se eleve.
Continue
desenvolvendo a respiração completa, procurando prolongar o tempo das
fases e permitindo que o ar flua de forma cadenciada. Dessa maneira,
você enche os pulmões de baixo para cima e os esvazia de forma inversa,
de cima para baixo.
Acrescente
posteriormente kúmbhaka e shúnyaka, retenções com os pulmões cheios e
vazios. Essas paradas do fluxo respiratório não devem jamais ultrapassar
a sua capacidade natural. A exalação deve ser lenta e controlada. Ao
acrescentar os bandhas, contrações de órgãos, músculos, plexos e nervos,
o nome do exercício passa a ser bandha pránáyáma ou prána bandha kriyá.
Efeitos:
Aumento
considerável da capacidade pulmonar, da resistência e do tônus geral do
organismo, desintoxicação e oxigenação celular, revitalização,
rejuvenescimento e tonificação. No aspecto psíquico, outorga ao
praticante receptividade, atitude aberta em relação ao mundo que o
rodeia, expansão total de si, concentração, entrega, felicidade.
Aumentando a elasticidade da estrutura ósseo-muscular, o prána kriyá
dissolve tensões somatizadas na região abdominal, nos ombros e no
pescoço.
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