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segunda-feira, 9 de julho de 2012

ADIVINHAÇÕES ANTIGAS:


Adivinhações Antigas:

Adivinhar o futuro foi sempre um dos maiores desejos dos seres humanos. Para isso, recorriam a métodos que hoje nos podem parecer estranhos, utilizando ossos, agulhas, cera ou a sacrifícios humanos.
Os métodos utilizados antigamente pelo homem, embora se verifique ainda hoje o recurso a muitos deles, deixam as sociedades modernas estupefactas tal é a diversidade dessas formas de adivinhação para conhecer o futuro, assim como os objectos utilizados pelas mesmas. Aliás, segundo a Bíblia, José, o penúltimo filho de Jacó, viria mesmo a salvar os Egípcios de sete anos de fome a partir de métodos de adivinhação desses tempos.
Daí que, encontremos inúmeros métodos de adivinhação, tão antigos como o começo das civilizações, mas que serviam para tentar adivinhar o que o futuro lhes reservava. Temos como exemplo dessas artes adivinhatórias a Acutomancia, uma arte adivinhatória que recorria a agulhas ou alfinetes para descobrir o que o destino lhes reservava. A interpretação do futuro era feita segundo as formas que as agulhas e alfinetes protagonizavam, após terem sido atiradas para um balde ou bacia com água.
A Astrologia, de que hoje tão popularmente ouvimos falar, teve a sua origem na Aeromancia. Esta técnica de adivinhação servia-se do vento, e era através do formato das nuvens, das movimentações dos cometas, e de outros fenómenos aéreos que os povos conseguiam descortinar o futuro. A Antropomancia, um método muito antigo e já quase desaparecido, era outra técnica adivinhatória, embora muito mais cruel e repulsiva. O objectivo era guardar tudo o que fosse possível, desde que tivesse a sua proveniência em sacrifícios humanos. Pretendia-se acalmar os deuses e espíritos malignos, servindo também este método para fazer ‘desaparecer’ pessoas que não interessavam aos demais. A leitura do coração da vítima era obrigatório, pois era a partir dele que se descobria o futuro.
A Apantomancia nada tinha a ver com a barbárie verificada na Antropomancia. No método da Apantomancia adivinha-se o futuro a partir de coisas que, casualmente, se deparavam perante os olhos das pessoas. Podiam ser animais, objectos, formas, ou qualquer outra coisa propícia a uma leitura adivinhatória. As borboletas, por exemplo, traduziam uma saúde fértil e momentos de felicidade; os grilos a sorte; os gatos pretos denunciavam azar; as ratazanas a saírem da casa significavam uma morte, enquanto que um galo a cantar durante o dia anunciava uma visita nesse mesmo dia. Há ainda a Aracnomancia, uma forma de adivinhação através da teia de seda que a aranha tece, a Aruspicação, forma de adivinhação através das entranhas dos animais mortos, ou ainda a Astragalomancia/Astragiromancia, que prevê o futuro a partir dos ossos. Os ossos são lançados ao ar e a forma como caem revela o futuro.
A Capnomancia, ainda hoje utilizada por alguns, permite saber se os tempos próximos serão bons ou maus. Utilizando o fumo, sempre associada às artes da adivinhação, consegue-se adivinhar os tempos próximos: se o fumo sair muito alto e a direito, os tempos próximos serão de harmonia. Quando mais para um dos lados estiver o fumo, pior serão os próximos tempos. A Ceromancia, também ela um método simples, recorre ao uso da cera. Na Idade Média este era um método muito utilizado, que consistia em interpretar as formas que a cera de uma vela formava ao cair num balde ou bacia com água. Era a partir destas formas que se sabia o que estava reservado para breve. Mais curiosa ainda é a Criptomancia, que recorria à interpretação das formas obtidas após o cozimento da massa de farinha de cevada. Esta massa era feita pela consultante, e as formas dela registadas davam a conhecer o futuro.
A Dafnomancia, sistema adivinhatório muito utilizado pelos gregos, consistia em colocar ramos de louro sobre o fogo. Quanto mais barulhentos fossem esses ruídos, melhor seria o futuro. A Escapulomancia é mais uma técnica que recorre aos ossos, para além da Espatulomancia, mas desta vez a arte adivinhatória recorre a ossos humanos. Acreditava-se que era nos ossos da formação das clavículas e no tórax que estava escrito o futuro de cada pessoa. Mas, também através do riso de uma pessoa era possível saber-se o futuro dela, assim como adivinhar o seu passado e presente, através da Geloscopia. A Heteromancia era, por sua vez, mais uma forma de saber o destino de cada um, a partir do voo das aves. Outra forma simples de adivinhação era interpretar as sombras que se formam da luz e das velas- Licnomancia.
O céu sempre teve grande influência nas previsões do futuro. Por isso, a Nefelomancia é baseada nas nuvens e nas formas que elas apresentam no céu. Existem também muitas outras formas de adivinhar o futuro: a Ofiomancia, arte de adivinhar observando as serpentes, a Onicomancia, onde se prevê o destino de alguém através da observação das suas unhas, ou a Oniromancia. Esta fórmula é muito antiga, sendo ainda hoje utilizada, permitindo saber os segredos mais bem guardados da pessoa através dos seus sonhos.
O fogo, elemento ligado desde sempre a presságios, é o elemento chave de mais uma técnica de adivinhação, a Pegomancia. O que permite revelar é simples: quanto mais tempo levarem objectos de alguém a serem queimados, melhor será o futuro dessa pessoa. Um elemento curioso de adivinhação é o queijo. A Tiromancia, método muito utilizado pelos Gregos, permitia descobrir através da dureza, cor e orifícios de um queijo o que sucederia nos tempos próximos.
Muitas destas técnicas já caíram em desuso, mas algumas delas continuam ainda a fazer sentido para algumas pessoas. Recorrendo a objectos banais, ou a elementos estranhos como os ossos ou a cera, era possível adivinhar o destino das pessoas. Ainda hoje, tal como naqueles tempos, as pessoas têm necessidade de saber o que sucederá nas suas vidas. A diferença é que antes se recorria a uma grande variedade de objectos e situações, e hoje ficamo-nos pelas cartas de Tarot, astros, velas, números, búzios, moedas, runas, e pouco mais. Provavelmente, a arte adivinhatória está menos refinada, ou então mais ocultada do que nunca

FONTE: http://www.luamistica.com

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