Sempre que o assunto é obsessão, é normal haver uma carga emocional muito forte sobre a questão. Isso acontece pelo simples fato que temos o costume de separar obsessor do obsidiado, e com facilidade formamos a figura da vítima (obsidiado) e do vilão(obsessor), sem compreendermos que um não vive sem o outro, portanto ambos são cúmplices (parceiros de vibração) no processo.
Nosso objetivo aqui é procurar expor o tema de uma forma diferente, com foco nos aprendizados que podem ser extraídos, por que na realidade dos fatos, as lições que tiramos desses eventos é o que mais importa.
Os cenários mudam, os atores mudam, os locais mudam, mas quando o tema é obsessão, as compreensões necessárias são sempre as mesmas.
Os estudos das interferências energéticas nocivas é amplamente difundido na comunidade espiritualista brasileira e mundial.
Hoje em dia é comum encontrarmos dezenas de excelentes livros e publicações á respeito do tema e suas particularidades. Contudo, como nosso maior objetivo é a evolução espiritual na prática, vamos desenvolver uma visão de contexto sobre o assunto, para não tratarmos de forma isolada do todo.
O que é a obsessão?
A obsessão é um processo em que um indivíduo, entidade, situação ou força, prejudica uma outra situação, entidade, pessoa ou força, exercendo influências que alterem seus estados. Essa influência pode ser consciente ou inconsciente, por ambas as partes.
É normalmente considerado obsessor aquele que exerce influência sobre um outro, alterando, diminuindo ou desorganizando a energia ou vibração de uma ou mais pessoas ou entidade.
Em resumo, é aquele que realiza influência sobre.
O Obsidiado é a pessoa ou entidade que recebe essa influência, sofrendo as conseqüências dessa alteração, desorganização ou diminuição da energia.
Na comunidade espiritualista, é muito comum estudarmos o tema focando a atenção nas obsessões apenas do plano Espiritual.
Isso acontece porque pouquíssimas pessoas nesse mundo capitalista e macanicista está treinada para perceber as interferências de ordem sutil (espirituais), logo invisíveis aos olhos do indivíduo destreinado nas capacidades da alma.
Assim sendo, acabamos por nos preocupar mais com aquilo que não podemos ver.
É importantíssimo desenvolver habilidade e conhecimento sobre os processos envolvidos nas obsessões do plano espiritual, todavia, não podemos nos esquecer que grande parte das obsessões de desencarnados sobre encarnados se iniciaram aqui na Terra.
Talvez se os envolvidos do processo obsessivo pudessem em vida ter tido o esclarecimento necessário, muito provavelmente a realidade seria outra.
Se todos compreendermos que muitas atitudes que temos com o nosso próximo tratam-se de comportamentos muitas vezes obsessivos, poderíamos diminuir essas conseqüências danosas ainda em vida, de pessoa para pessoa.
Essas obsessões de desencarnados para encarnados acontecem porque a morte não separa os laços kármicos.
Aquele que hoje morre com ódio mortal de seu vizinho em vida, quando no plano espiritual, tende e produzir da mesma forma seus fluídos perniciosos imanentes de seu psiquismo desequilibrado.
E esse desencarnado, quando voltar a Terra, com sua personalidade congênita, tende a ser um encarnado que exerce influência negativa para aquele mesmo vizinho, porque seus corações não se harmonizaram.
As obsessões atravessam as barreiras do tempo e das dimensões.
Tomemos como exemplo a educação no Brasil e no Mundo. Muitas nações já perceberam que a saída para a maioria dos problemas sócio-econômicos está na educação.
Muitos pais investem tudo que tem para proporcionar aos filhos educação e estudo digno para torná-los almas mais evoluídas. E qual a conseqüência disso?
A liberdade!
Ou como diria Jesus: ? A Verdade que Liberta?.
Primeiro precisamos compreender o assunto, sabendo de suas causas raízes, para depois atuarmos condizentes, dizimando suas conseqüências negativas e proporcionando um aprendizado coletivo.
É muito parecido com a questão da violência e marginalidade no mundo. Sem uma base de projetos e ações sociais, jamais serão resolvidos na raiz do problema.
Antes de ir mais a fundo nesse conteúdo, queremos convidar a todos a pensar; sempre que o assunto em questão for obsessão, precisamos exercitar a visão do todo.
Precisamos procurar compreender a causa raiz, porque se centrarmos o nosso foco apenas na conseqüência ou no momento presente, jamais seremos efetivos, logo não estaremos evoluindo, apenas girando em círculos.
Esse exercício de reflexão pretende fazer com que você perceba que trocamos de papel frequentemente, hora somos obsessor, hora obsidiados.
Exemplos:
Somos obsessores do Planeta Terra, quando estamos destruindo, poluindo, explorando.
Somos obsidiados quando no trânsito, alguém nos xinga com força e raiva no olhar!
Somos obsessores de tudo ( de nós, dos outros, das coisas e ambientes) quando negativos, pessimistas ou vítimas.
Somos obsidiados quando permitimos que os outros nos desrespeitem, nos explorem, nos critique sem motivo.
Somos obsessores quando culpamos.
Somos obsidiados quando somos culpados.
Sempre que houver trocas perniciosas de energias, podemos considerar como um fluxo obsessivo.
Porque há disputa, há combate, há conflito, mesmo que as duas partes não estejam conscientes.
Sempre há desgaste, há tensão, mesmo que invisível!
Uma obsessão começa quando uma parte tem interesse na energia do outro, e vice-versa.
Uma obsessão termina quando uma ou as duas partes começam a ter consciência da obsessão e suas consequências.
Quando somente uma das partes desperta para o entendimento, a cura (pelo menos de sua parte) pode acontecer.
O fato de uma das partes não aceitar a harmonização não impossibilita a cura por parte do interessado no fim do vínculo obsessivo, no entanto, se buscada apenas por uma das partes, torna o processo mais difícil e demorado.
E nesse caso, quando quem quer a cura consegue seu objetivo contrariando a outra parte, que não aceita a transformação, o ciclo obsessivo deverá continuar, sendo que nesse caso, o obsessor naturalmente irá procurar um novo alvo para obsidiar, porque ele tem dependência.
Em casos que há consciência, intenção e iniciativa por ambas a partes, para que o processo obsessivo seja transmutado, e em fim isso acontece, há no universo a formação de uma ponto de luz, que gira a engrenagem da evolução do mundo, porque manifesta iluminação, libertação e harmonia, diga-se de passagem, é tudo que o universo precisa!
Essas trocar involuntárias de energias, ou melhor, essas influências energéticas entre almas, situações, lugares, se dão em todos os níveis; físico, espiritual, emocional, mental.
Também acontecem muito entre pessoas que se amam, entre pais e filhos, marido e mulher, chefe e empregado, professor e aluno, e assim por diante.
Porque sempre que entendermos que precisamos da energia do outro para sobreviver estaremos sugando-lhe suas melhores vibrações.
Porque sempre que esquecemos que fazemos parte do Todo, da Fonte ilimitada, estaremos nos limitando, portando necessitaremos das migalhas que conseguiremos explorar do nosso próximo.
Mas não se assuste, não se culpe, roubamos energia alheia porque não estamos treinados para receber energia abundante, ilimitada direto da Fonte.
A consciência de que temos a eternidade, que somos ilimitados nos facilita saciar a sede de nossas almas desse manancial de luz que é Deus.
As relações cotidianas de controle, ciúmes, posse, inveja são apenas indícios dos efeitos devastadores que as obsessões geram em toda malha magnética da Terra.
Mais uma amostra de nosso egoísmo e alienação espiritual. Também é uma demonstração de que o desenvolvimento de nossas consciências espirituais é o grande trunfo que temos para mudar essa realidade para melhor.
Consciência é tudo que precisamos!
O melhor antídoto para interferências obsessivas é a expansão da consciência ou evolução espiritual, quando o ser desperto descobre que não é vítima de nada, que não existem vilões e que tudo que acontece nesse universo é milimetricamente regulado por uma consciência superior, para que os aprendizados aconteçam.
As obsessões acontecem por interesse, que embora seja uma palavra forte, é a mais adequada para explicar esse tema.
O interesse que muitos temos em uma pessoa ou situação, e que de forma iludida, distanciados da fé divina e das boas vibrações, concluímos com nossas mentes inferiores, que só podem acontecer dessa ou daquela maneira.
Assim ficamos escravos de nossas convicções ou condicionamentos mentais, criando nossas falsas metas, bem como nosso ridículos meios, para atingir nossos também equivocados objetivos.
E nesse caminho, acabamos que por conseqüência de estarmos distanciados de nossas essências espirituais; obsidiando ou sendo obsidiados.
A saída para essa condição escravizante é conexão com Deus, através da disciplina espiritual da oração, da meditação, das boas práticas de saúde e equilíbrio em todos os corpos.
A partir do momento que o homem se re-liga com o Criador, que fica consciente da missão da sua alma, da necessidade de evolução, tudo muda, um novo sol surge em seu horizonte.
Obsessão se dá sempre por mais de uma parte, quando os integrantes do ciclo estão alimentando o processo.
Se alguém para de alimenta-lo, ele se encerra.
Esse é o maior aprendizado prático que podemos tirar!
Por: Bruno J. Gimenes
Nenhum comentário:
Postar um comentário