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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
RITUAIS CIGANOS
Rituais Ciganos:
O Nome na maçã Pegue uma maçã e um pedacinho de papel branco. Escreva nesse papel o nome da pessoa amada. Faça um furo na maçã e coloque, nesse furo, o pedacinho de papel com o nome escrito. Feche esse buraco com mel e açúcar. Vá até um jardim público, coloque-se de costas e atire a maçã por sobre a cabeça. Retire-se sem olhar para trás. Não retorne a esse lugar por sete dias. |
Encantamento com fotografia Pegue uma fotografia da pessoa amada, amarre uma fita vermelha horizontalmente, deixando as pontas pendentes. Prenda-a do lado de fora da porta da frente da sua casa, numa noite de lua cheia, após as nove horas da noite. |
Para prender o coração de alguém Costure um saquinho de veludo vermelho colocando dentro arruda, uma foto de seu amor e alecrim, de forma que a foto fique entre as duas plantas. Termine de fechar com linha, mas não dê nenhum nó no arremate. Simplesmente continue alinhavando ao redor do saquinho até a linha terminar. Nenhum pedaço deve sobrar nem ser jogado fora. Feito isso, introduza a agulha no interior do saquinho. Passe a carregar consigo esse talismã e sempre nas sextas-feiras de Lua Cheia, tente se aproximar dessa pessoa e conversar, mas sempre só após as nove horas da noite. Quando você conseguir o que pretende, enterre o saquinho perto de uma bonita árvore. Receita Cigana de Banho para atrair o seu amor Se você tem banheira, use-a. Se não, coloque em uma panela grande, contendo 2 litros de água. Coloque arruda, erva doce, açúcar cristal ,um ramo de amor agarradinho e uma gota de seu perfume usual na água aquecida sem ferver. Após o seu banho normal, jogue a água sobre você (ou entre na banheira) mentalizando o seu amor. Acenda uma vela vermelha para o Cigano Wladimir (Protetor dos Grandes Amores). |
Ritual de Nascimento
O Cigano preserva muito a sua sorte.
Existem várias crenças para mantê-la, da vida uterina até a morte.
Diariamente a gestante Cigana faz um ritual simples para que a criança ao nascer tenha sorte: ao avistar os primeiros raios de sol, passa a mão em sua barriga; da mesma forma, logo que vê os primeiros raios de luar, ela repete o gesto, desejando sorte e felicidade para o bebê.
Esta é a forma dela saudar as forças da natureza e pedir-lhe as bênçãos de suas luzes para a vida que já existe em seu ventre.
No sétimo dia após o nascimento da criança a mãe dá um banho no bebê, jogando moedas e jóias de ouro e pétalas de rosas em sua água, para que o filho ou filha conheça sempre a fartura , a prosperidade e a riqueza.
Portal Guardiões da Luz
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
CURIOSIDADES
Curiosidades
A família é sagrada para os ciganos. Os filhos normalmente representam uma forte fonte de subsistência. As mulheres através da prática de esmolar e da leitura de mãos. Os homens, atingida uma certa idade, são freqüentemente iniciados em outras atividades como acompanhar o pai às feiras para ajudá-lo na venda de produtos artesanais.
Além do núcleo familiar, a família extensa, que compreende os parentes com os quais sempre são mantidas relações de convivência no mesmo grupo, comunhão de interesses e de negócios, possuem freqüentes contatos, mesmo se as famílias vivem em lugares diferentes.
Um exemplo de classificação da sociedade cigana (tirado em parte do livro Mutation Tsigane, de J.P.Liégeois):
grupo > subgrupo> nátsija (nacionalidade) > vítsa (descendência, leva o nome do chefe da estirpe) > família > indivíduo
ROM
Kalderásha
Serbijája (Sérvios)
Minéshti
Demítro
x, y, ...........
Márcovitch
Ianov
Jinov
x, y, ...........
outros
x, y, ...........
Papinéshti
Jonéshti
Frunkaléshti
outros
Moldovája (Moldávios)
Demóni
Jonikóni
Poróni
outros
Grekúrja (Gregos)
Bedóni
Kiriléshti
Shandoróni
outros
Vúngrika (Húngaros)
Jonéshti
outros
Hokrakané ou Horahanê (Turcos)
Taierovitchi
Marcovitchi
outros
Lovára
Machwáya
Ivanovitchi
Boyásha (Ciganos de Circo)
outros
SINTI (ou MANUSH)
Gáchkane (Alemães) etc.
Estrekárja (Austríacos) etc.
Valshtiké (Franceses)
Piemontákeri (Piemonteses)
Lombardos
Marquigianos
outros
KALÉ (ou GITANOS ou CIGANOS)
Catalães etc.
Andaluzes
Portugueses
Nota:
Enquanto que entre os Rom a classificação em "subgrupos" acontece com base em identificação de tipo ergonímico (denominação que traz origem na profissão tradicionalmente exercida), entre os Sintos e os Kalé os subgrupos são geralmente designados segundo um conceito de natureza toponímica (referindo-se a lugares de assentamento histórico).
Diferentemente dos Rom, estes não conhecem outras classificações de "nátsija" e de "vítsa". Pode-se porém afirmar que o subgrupo entre os Sintos e os Kalé na realidade corresponda à "nátsja" dos Rom.
Com base nisso, o esquema de classificação social desses dois grupos pode ser configurado do seguinte modo:
grupo > subgrupo (= nátsija)> família > indivíduo
Além da família extensa, há entre os rom um conjunto de várias famílias ( não necessariamente unidas entre si por laços de parentesco) mas todas pertencentes ao mesmo grupo e ao mesmo subgrupo.
O nômade é por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe: se tal figura não existe entre Sintos e Rom, deve-se reconhecer o respeito existente com os mais velhos, aos quais sempre recorrem. Entre os Rom a máxima autoridade judiciária é constituída pelo krisnítori, isto é, por aquele que preside a kris.
A kris é um verdadeiro tribunal cigano, constituído pelos membros mais velhos do grupo e se reúne em casos especiais, quando se deve resolver problemas delicados como controvérsias matrimoniais ou ações cometidas com danos para membros do mesmo grupo. Na kris podem participar também as mulheres, que são admitidas para falar, e a decisão unilateral cabe aos membros anciães designados, presididos pelo krisnítori, que após haver escutado as partes litigantes, decidem, depois de uma consulta, a punição que o que estiver errado deverá sofrer.
Recentemente, a controvérsia se resolve ,em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa, que pode chegar a vários milhares de dólares; no passado, se a culpa era particularmente grave, a punição podia consistir no afastamento do grupo ou, às vezes, em penas corporais.
Diáspora Cigana
Há cerca de mil anos, um grupo de famílias saiu da Índia em direção ao Oeste. A essa decisão – tomada em local incerto e por motivos ignorados – devemos a sobrevivência da língua romani, a alegria inigualável das orquestras ciganas presentes através dos séculos, tanto nos palácios como nas praças, as rapsódias húngaras de Franz Lizt, o flamenco espanhol, os versos do Romancero Gitano, de Frederico Garcia Lorca, a crença nos milagres de Santa Sara, a peregrinação a Saintes-Marie-de-la Mer, na França, o aparecimento dos violinistas de restaurante indicando o momento do beijo nos filmes de Hollywood da década de 50, o conhecimento de nosso destino pela leitura das linhas das mãos.
Devemos também à diáspora dos ciganos a criação de inúmeras heroínas literárias, desde ciganas legítimas – como Esmeralda amada por Quasímodo, o corcunda de Notre Dame, a Gitanilla de Miguel de Cervantes Saavedra e a Carmem de Georges Bizet – até Capitu, que apesar de brasileira tinha olhos não apenas de ressaca, mas "de cigana oblíqua de dissimulada".
Devemos aos ciganos, enfim, a interminável intriga romântica dos 155 capítulos da novela "Explode Coração", exibida pela Rede Globo, e o remorso por termos deixado que fossem exterminados em massa durante o genocídio nazista.
Nós, os "gadje" - como eles nos chamam -, tivemos pelos ciganos, nos seus mil anos de diáspora, uma atitude pendular entre o fascínio e a desconfiança. Admiramos seu estilo de vida sem âncoras nem raízes, domando ursos, negociando cavalos, trabalhando o cobre, fazendo música.
Por outro lado, os acusamos de todos os males infamantes, da feitiçaria ao canibalismo, de rogar pragas a roubar crianças. Na verdade, as crianças roubadas foram as suas. Um exemplo entre muitos: o trem que chegou a Buchenwald em 10 de outubro de 1944 trazia 800 crianças ciganas. Foram todas assassinadas nas câmaras de gás do crematório cinco.
Durante muito tempo, não acreditávamos que os ciganos tivessem sequer uma língua. Os sons que pronunciavam aos ouvidos ocidentais como algaravia, simples código para melhor enganar os "gadje". Também não sabíamos por que eram chamados ciganos ou gitanos.
A palavra cigana teria sua origem nos "atzigani", seita herética do Oriente médio, praticante da quiromancia, enquanto gitano, corruptela de egiptano (gitane, em francês, gypcie, em inglês) seria uma lembrança da passagem dos ciganos pelo Egito de nossos, não o Egito de nossos Atlas modernos, mas o chamado "pequeno Egito", ocupando o lugar da Grécia. A explicação mais usual é que seriam sobreviventes da Atlântida.
Foi preciso esperar o século XIX para que surgisse a luz. Estudos sobre as origens da língua cigana – o romani – tornaram-se verdadeira ciência graças aos trabalhos do alemão Pott, do grego Paspati, do austríaco Micklosicyh, do italiano Ascoli. Comprovaram eles que o romani pertence à família indo-européia.
Pelo vocabulário e pela gramática está ligado ao sânscrito (como o português ao latim). Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estritamente aparentando a línguas vivas, tais como o hindi, o goujrathi, o marata e o cachemiri.
Identificando as palavras que foram incorporando-se ao idioma original e seguindo as indicações dos antropólogos, dos historiadores, das tradições orais e até dos grupos sangüíneos foi possível estabelecer com certeza a origem dos ciganos no norte da Índia.
Vieram eles do Estado atual de Délhi ou de seus arredores, muito possivelmente do Rajastão. De lá seguiram até a Pérsia, onde seu caminho se separou em tridente, uma ponta descendo para o Egito, a segunda morrendo na Armênia, a terceira avançando pela Turquia e pela Grécia, de onde os ciganos espalharam-se por toda a Europa e, atravessando o mar, pelo continente americano. No Brasil, os primeiros grupos chegaram no século XVII, ao Maranhão.
Por onde passavam, os ciganos deixavam sua marca na música e na dança. Puristas afirmam que não existem músicas e danças essencialmente ciganas, mas apenas influências, o que gera controvérsias nas classificações. Mas esse é um assunto para especialistas.
O certo é que o cigano não apenas assimilava a música dos países nos quais vivia, mas a mantinha viva, era capaz de enriquecê-la e recicla-la a sua maneira, transportando-a além das fronteiras.
Sua música encantava igualmente o povo e a aristocracia, um dos motivos pelos quais os primeiros grupos que surgiram na Europa, por volta do século XIV, foram bem recebidos.
Cedo, no entanto, surgiu o preconceito com suas conseqüências. Primeiro, a exclusão dos ritos sociais: a Igreja não enterrava ciganos em campos consagrados nem batizava seus filhos. Depois, o arsenal completo da perseguição: ferro em brasa, forca, decapitação, suplício da roda, deportação em massa.
No tempo do nazismo, os ciganos sofreram a mesma sorte dos judeus e dos homossexuais, assassinados lado a lado nos campos de concentração de Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Auschwitz e Birkenau. Não se sabe bem por qual razão, os nazistas permitiram que conservassem seus instrumentos musicais. A música serviu-lhes de último consolo.
Um sobrevivente não cigano relembra uma passagem do ano de 1939 em Buchenwald: "De repente, o som de um violino cigano surgiu de uma das barracas, ao longe, como que vindo de uma época e de uma atmosfera mais feliz... Árias da estepe húngara, melodias de Viena e de Budapeste, canções de minha terra".
Música Cigana
Foi na Europa central e oriental que a música Cigana (vocal e instrumental) teve – e continua a ter – seu público mais fiel e apaixonado. Os elementos musicais turco-árabes, recolhidos pelos músicos ciganos nas cores dos paxás e dos beis, floresceram na Hungria com a incorporação dos instrumentos, da técnica, da orquestração e da harmonização europeus.
Desde o século XVII, os senhores magiares mantinham orquestras ciganas.
Dois nomes ficaram na história: o do cimbalista Simon Banyak, protegido da imperatriz Maria Teresa, e Janos Bihari, autor de "Kronunhs", música para o coração da imperatriz Maria Luisa da Hungria, em 1808.
Assim como na Hungria e na Transilvânia, os Ciganos eram numerosos na Moldávia, na Valáquia e nos países que viviam a formar a Iugoslávia. Grupos de cantores Ciganos foram introduzidos na Rússia pelo conde Aléxis da Moldávia, sob o reinado de Catarina, a Grande, e fizeram enorme sucesso nos anos que se seguiram à guerra de 1812 contra Napoleão.
A música Cigana espanhola, conhecida desde os tempos de Cervantes, ganhou popularidade universal com o canto jondo.
Vários compositores europeus foram intensamente influenciados pelos Ciganos. Além de Liszt, o mais conhecido, também Haydn, Schubert, Beethoven e Brahms.
Dança Cigana
Danças Ciganas sempre foram atração especial nas cortes européias, a começar pela francesa. Desde o tempo de Henrique IV apresentavam-se dançarinos Ciganos no castelo de Fontainebleau e na residência da marquesa de Sévigné. Moliére, em O Casamento Forçado, introduz no palco um grupo de Ciganos e Ciganos dançando ao som de pandeiros. Numa das apresentações, o próprio Luís XIV dançou vestido de cigano.
Na Turquia, a dança era uma das profissões Ciganas mais características. O cortejo das tropas de Constantinopla que desfilou para sultão Mourad IV, no século XVII, tinha, após a seção dos músicos, uma seção de dançarinos, entre os quais numerosos ciganos.
Em Portugal, a Farsa das Ciganas, de Gil Vicente, apresentada em 1521, mostrava quatro mulheres Ciganas que cantavam e dançavam.
Foi na Espanha, entretanto e, sobretudo nas terras do sul, no antigo reinado de Granada, que a dança Cigana floresceu em seu terreno mais fértil. De seu encontro com a arte árabe nasceria o inigualável flamenco da Andaluzia.
A Língua dos Ciganos
A língua Cigana (o romanez) é uma língua da família indo-européia. Pelo vocabulário e pela gramática, está ligada ao Sânscrito. Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estreitamente aparentada a línguas vivas tais como o hindi, o goujrathi, o marathe, o cachemiri. No entanto, eles assimilariam muitos vocábulos das línguas dos países por onde passaram.
Religião dos Ciganos
Os Ciganos, ao deixarem a Índia, não carregaram suas divindades. Eles possuíam na sua língua apenas uma palavra para designar Deus (Del, Devel). Eles se adaptaram facilmente às religiões dos países onde permaneceram. No mundo bizantino, tornaram-se cristãos. Já no início do século XIV, em Creta, praticavam o rito grego.
Nos países conquistados pelos turcos, muitos ciganos permaneceram cristãos enquanto que outros renderam-se ao Islã. Desde suas primeiras migrações em direção ao Oeste eles diziam ser cristãos e se conduziam como peregrinos.
A peregrinação mais citada em nossos dias, quando nos referimos aos ciganos, é a de Saintes-Maries-de-la-Mer, na região da Camargue (sul da França). Antigamente era chamada de Notres-Dames-de-la-Mer. Mas não foi provado que, sob o Antigo Regime, os ciganos tenham tomado parte na grande peregrinação cristã de 24 e 25 de maio, tão popular desde a descoberta no tempo do rei René, das relíquias de Santa Maria Jacobé e de Santa Maria Salomé, que surgiram milagrosamente em uma praia vizinha. Nem que já venerassem a serva das santas Marias, Santa Sara a Egípcia, que eles anexarão mais tarde como sua compatriota e padroeira.
A origem do culto de Santa Sara permanece um mistério e foi provavelmente na primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande peregrinação anual a Camargue.
Além do núcleo familiar, a família extensa, que compreende os parentes com os quais sempre são mantidas relações de convivência no mesmo grupo, comunhão de interesses e de negócios, possuem freqüentes contatos, mesmo se as famílias vivem em lugares diferentes.
Um exemplo de classificação da sociedade cigana (tirado em parte do livro Mutation Tsigane, de J.P.Liégeois):
grupo > subgrupo> nátsija (nacionalidade) > vítsa (descendência, leva o nome do chefe da estirpe) > família > indivíduo
ROM
Kalderásha
Serbijája (Sérvios)
Minéshti
Demítro
x, y, ...........
Márcovitch
Ianov
Jinov
x, y, ...........
outros
x, y, ...........
Papinéshti
Jonéshti
Frunkaléshti
outros
Moldovája (Moldávios)
Demóni
Jonikóni
Poróni
outros
Grekúrja (Gregos)
Bedóni
Kiriléshti
Shandoróni
outros
Vúngrika (Húngaros)
Jonéshti
outros
Hokrakané ou Horahanê (Turcos)
Taierovitchi
Marcovitchi
outros
Lovára
Machwáya
Ivanovitchi
Boyásha (Ciganos de Circo)
outros
SINTI (ou MANUSH)
Gáchkane (Alemães) etc.
Estrekárja (Austríacos) etc.
Valshtiké (Franceses)
Piemontákeri (Piemonteses)
Lombardos
Marquigianos
outros
KALÉ (ou GITANOS ou CIGANOS)
Catalães etc.
Andaluzes
Portugueses
Nota:
Enquanto que entre os Rom a classificação em "subgrupos" acontece com base em identificação de tipo ergonímico (denominação que traz origem na profissão tradicionalmente exercida), entre os Sintos e os Kalé os subgrupos são geralmente designados segundo um conceito de natureza toponímica (referindo-se a lugares de assentamento histórico).
Diferentemente dos Rom, estes não conhecem outras classificações de "nátsija" e de "vítsa". Pode-se porém afirmar que o subgrupo entre os Sintos e os Kalé na realidade corresponda à "nátsja" dos Rom.
Com base nisso, o esquema de classificação social desses dois grupos pode ser configurado do seguinte modo:
grupo > subgrupo (= nátsija)> família > indivíduo
Além da família extensa, há entre os rom um conjunto de várias famílias ( não necessariamente unidas entre si por laços de parentesco) mas todas pertencentes ao mesmo grupo e ao mesmo subgrupo.
O nômade é por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe: se tal figura não existe entre Sintos e Rom, deve-se reconhecer o respeito existente com os mais velhos, aos quais sempre recorrem. Entre os Rom a máxima autoridade judiciária é constituída pelo krisnítori, isto é, por aquele que preside a kris.
A kris é um verdadeiro tribunal cigano, constituído pelos membros mais velhos do grupo e se reúne em casos especiais, quando se deve resolver problemas delicados como controvérsias matrimoniais ou ações cometidas com danos para membros do mesmo grupo. Na kris podem participar também as mulheres, que são admitidas para falar, e a decisão unilateral cabe aos membros anciães designados, presididos pelo krisnítori, que após haver escutado as partes litigantes, decidem, depois de uma consulta, a punição que o que estiver errado deverá sofrer.
Recentemente, a controvérsia se resolve ,em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa, que pode chegar a vários milhares de dólares; no passado, se a culpa era particularmente grave, a punição podia consistir no afastamento do grupo ou, às vezes, em penas corporais.
Diáspora Cigana
Há cerca de mil anos, um grupo de famílias saiu da Índia em direção ao Oeste. A essa decisão – tomada em local incerto e por motivos ignorados – devemos a sobrevivência da língua romani, a alegria inigualável das orquestras ciganas presentes através dos séculos, tanto nos palácios como nas praças, as rapsódias húngaras de Franz Lizt, o flamenco espanhol, os versos do Romancero Gitano, de Frederico Garcia Lorca, a crença nos milagres de Santa Sara, a peregrinação a Saintes-Marie-de-la Mer, na França, o aparecimento dos violinistas de restaurante indicando o momento do beijo nos filmes de Hollywood da década de 50, o conhecimento de nosso destino pela leitura das linhas das mãos.
Devemos também à diáspora dos ciganos a criação de inúmeras heroínas literárias, desde ciganas legítimas – como Esmeralda amada por Quasímodo, o corcunda de Notre Dame, a Gitanilla de Miguel de Cervantes Saavedra e a Carmem de Georges Bizet – até Capitu, que apesar de brasileira tinha olhos não apenas de ressaca, mas "de cigana oblíqua de dissimulada".
Devemos aos ciganos, enfim, a interminável intriga romântica dos 155 capítulos da novela "Explode Coração", exibida pela Rede Globo, e o remorso por termos deixado que fossem exterminados em massa durante o genocídio nazista.
Nós, os "gadje" - como eles nos chamam -, tivemos pelos ciganos, nos seus mil anos de diáspora, uma atitude pendular entre o fascínio e a desconfiança. Admiramos seu estilo de vida sem âncoras nem raízes, domando ursos, negociando cavalos, trabalhando o cobre, fazendo música.
Por outro lado, os acusamos de todos os males infamantes, da feitiçaria ao canibalismo, de rogar pragas a roubar crianças. Na verdade, as crianças roubadas foram as suas. Um exemplo entre muitos: o trem que chegou a Buchenwald em 10 de outubro de 1944 trazia 800 crianças ciganas. Foram todas assassinadas nas câmaras de gás do crematório cinco.
Durante muito tempo, não acreditávamos que os ciganos tivessem sequer uma língua. Os sons que pronunciavam aos ouvidos ocidentais como algaravia, simples código para melhor enganar os "gadje". Também não sabíamos por que eram chamados ciganos ou gitanos.
A palavra cigana teria sua origem nos "atzigani", seita herética do Oriente médio, praticante da quiromancia, enquanto gitano, corruptela de egiptano (gitane, em francês, gypcie, em inglês) seria uma lembrança da passagem dos ciganos pelo Egito de nossos, não o Egito de nossos Atlas modernos, mas o chamado "pequeno Egito", ocupando o lugar da Grécia. A explicação mais usual é que seriam sobreviventes da Atlântida.
Foi preciso esperar o século XIX para que surgisse a luz. Estudos sobre as origens da língua cigana – o romani – tornaram-se verdadeira ciência graças aos trabalhos do alemão Pott, do grego Paspati, do austríaco Micklosicyh, do italiano Ascoli. Comprovaram eles que o romani pertence à família indo-européia.
Pelo vocabulário e pela gramática está ligado ao sânscrito (como o português ao latim). Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estritamente aparentando a línguas vivas, tais como o hindi, o goujrathi, o marata e o cachemiri.
Identificando as palavras que foram incorporando-se ao idioma original e seguindo as indicações dos antropólogos, dos historiadores, das tradições orais e até dos grupos sangüíneos foi possível estabelecer com certeza a origem dos ciganos no norte da Índia.
Vieram eles do Estado atual de Délhi ou de seus arredores, muito possivelmente do Rajastão. De lá seguiram até a Pérsia, onde seu caminho se separou em tridente, uma ponta descendo para o Egito, a segunda morrendo na Armênia, a terceira avançando pela Turquia e pela Grécia, de onde os ciganos espalharam-se por toda a Europa e, atravessando o mar, pelo continente americano. No Brasil, os primeiros grupos chegaram no século XVII, ao Maranhão.
Por onde passavam, os ciganos deixavam sua marca na música e na dança. Puristas afirmam que não existem músicas e danças essencialmente ciganas, mas apenas influências, o que gera controvérsias nas classificações. Mas esse é um assunto para especialistas.
O certo é que o cigano não apenas assimilava a música dos países nos quais vivia, mas a mantinha viva, era capaz de enriquecê-la e recicla-la a sua maneira, transportando-a além das fronteiras.
Sua música encantava igualmente o povo e a aristocracia, um dos motivos pelos quais os primeiros grupos que surgiram na Europa, por volta do século XIV, foram bem recebidos.
Cedo, no entanto, surgiu o preconceito com suas conseqüências. Primeiro, a exclusão dos ritos sociais: a Igreja não enterrava ciganos em campos consagrados nem batizava seus filhos. Depois, o arsenal completo da perseguição: ferro em brasa, forca, decapitação, suplício da roda, deportação em massa.
No tempo do nazismo, os ciganos sofreram a mesma sorte dos judeus e dos homossexuais, assassinados lado a lado nos campos de concentração de Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Auschwitz e Birkenau. Não se sabe bem por qual razão, os nazistas permitiram que conservassem seus instrumentos musicais. A música serviu-lhes de último consolo.
Um sobrevivente não cigano relembra uma passagem do ano de 1939 em Buchenwald: "De repente, o som de um violino cigano surgiu de uma das barracas, ao longe, como que vindo de uma época e de uma atmosfera mais feliz... Árias da estepe húngara, melodias de Viena e de Budapeste, canções de minha terra".
Música Cigana
Foi na Europa central e oriental que a música Cigana (vocal e instrumental) teve – e continua a ter – seu público mais fiel e apaixonado. Os elementos musicais turco-árabes, recolhidos pelos músicos ciganos nas cores dos paxás e dos beis, floresceram na Hungria com a incorporação dos instrumentos, da técnica, da orquestração e da harmonização europeus.
Desde o século XVII, os senhores magiares mantinham orquestras ciganas.
Dois nomes ficaram na história: o do cimbalista Simon Banyak, protegido da imperatriz Maria Teresa, e Janos Bihari, autor de "Kronunhs", música para o coração da imperatriz Maria Luisa da Hungria, em 1808.
Assim como na Hungria e na Transilvânia, os Ciganos eram numerosos na Moldávia, na Valáquia e nos países que viviam a formar a Iugoslávia. Grupos de cantores Ciganos foram introduzidos na Rússia pelo conde Aléxis da Moldávia, sob o reinado de Catarina, a Grande, e fizeram enorme sucesso nos anos que se seguiram à guerra de 1812 contra Napoleão.
A música Cigana espanhola, conhecida desde os tempos de Cervantes, ganhou popularidade universal com o canto jondo.
Vários compositores europeus foram intensamente influenciados pelos Ciganos. Além de Liszt, o mais conhecido, também Haydn, Schubert, Beethoven e Brahms.
Dança Cigana
Danças Ciganas sempre foram atração especial nas cortes européias, a começar pela francesa. Desde o tempo de Henrique IV apresentavam-se dançarinos Ciganos no castelo de Fontainebleau e na residência da marquesa de Sévigné. Moliére, em O Casamento Forçado, introduz no palco um grupo de Ciganos e Ciganos dançando ao som de pandeiros. Numa das apresentações, o próprio Luís XIV dançou vestido de cigano.
Na Turquia, a dança era uma das profissões Ciganas mais características. O cortejo das tropas de Constantinopla que desfilou para sultão Mourad IV, no século XVII, tinha, após a seção dos músicos, uma seção de dançarinos, entre os quais numerosos ciganos.
Em Portugal, a Farsa das Ciganas, de Gil Vicente, apresentada em 1521, mostrava quatro mulheres Ciganas que cantavam e dançavam.
Foi na Espanha, entretanto e, sobretudo nas terras do sul, no antigo reinado de Granada, que a dança Cigana floresceu em seu terreno mais fértil. De seu encontro com a arte árabe nasceria o inigualável flamenco da Andaluzia.
A Língua dos Ciganos
A língua Cigana (o romanez) é uma língua da família indo-européia. Pelo vocabulário e pela gramática, está ligada ao Sânscrito. Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estreitamente aparentada a línguas vivas tais como o hindi, o goujrathi, o marathe, o cachemiri. No entanto, eles assimilariam muitos vocábulos das línguas dos países por onde passaram.
Religião dos Ciganos
Os Ciganos, ao deixarem a Índia, não carregaram suas divindades. Eles possuíam na sua língua apenas uma palavra para designar Deus (Del, Devel). Eles se adaptaram facilmente às religiões dos países onde permaneceram. No mundo bizantino, tornaram-se cristãos. Já no início do século XIV, em Creta, praticavam o rito grego.
Nos países conquistados pelos turcos, muitos ciganos permaneceram cristãos enquanto que outros renderam-se ao Islã. Desde suas primeiras migrações em direção ao Oeste eles diziam ser cristãos e se conduziam como peregrinos.
A peregrinação mais citada em nossos dias, quando nos referimos aos ciganos, é a de Saintes-Maries-de-la-Mer, na região da Camargue (sul da França). Antigamente era chamada de Notres-Dames-de-la-Mer. Mas não foi provado que, sob o Antigo Regime, os ciganos tenham tomado parte na grande peregrinação cristã de 24 e 25 de maio, tão popular desde a descoberta no tempo do rei René, das relíquias de Santa Maria Jacobé e de Santa Maria Salomé, que surgiram milagrosamente em uma praia vizinha. Nem que já venerassem a serva das santas Marias, Santa Sara a Egípcia, que eles anexarão mais tarde como sua compatriota e padroeira.
A origem do culto de Santa Sara permanece um mistério e foi provavelmente na primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande peregrinação anual a Camargue.
Portal Guardiões da Luz
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
OFERENDAS ÁS FADAS:
Oferendas as Fadas
Um texto bem interessante de Rosane Volpatto.
As fadas são os seres feéricos que podem fazer com que tua vida flua ou que seja uma luta absoluta.
Fazer-lhes oferendas é uma maneira de ajudar para que a energia em tua vida flua e se unifique.
As fadas gostam de caramelos, frutas, pastéis, sucos e outros presentes da Terra.
É uma boa idéia deixar-lhes uma pequena porção de qualquer de teus pratos do Sabbath.
Em Cornualles, o costume era não repreender nunca uma criança que derramasse leite, porque o leite derramado se considerava um presente para as fadas, e uma reprimenda faria com que parecesse que estavas dando com má vontade.
Na Inglaterra, tradicionalmente, as pessoas deixavam oferendas de leite açucarado e pão em suas cozinhas para favorecer a presença e a proteção desses seres mágicos.
Outros alimentos que gostam esses seres são o gengibre moído, a cevada, os doces, a manteiga, o leite e o mel.
Se quiseres podes colocar tuas oferendas feéricas em frente ao pentagrama ou em uma taça consagrada que podes deixar no jardim ou no pátio.
Confira agora uma lista de alimentos e bebidas que poderás utilizar como oferendas para as Fadas:
CERVEJA: Esta é uma das bebidas preferidas pelos seres feéricos. A fabricação da cerveja é um processo que requer a bênção dos seres feéricos, especialmente se queres que tenha um bom sabor. Entretanto, eles são um pouco exigentes, gostam de cerveja alemã ou belga.
Talvez porque não tenham experimentado a brasileira!
(Particularmente eu Eliana, Nunca ofereci cerveja as fadas)
PASTÉIS E DOCES: Como as crianças, as fadas têm necessidade de açúcar que pode ser saciada com pastéis e doces.
PRODUTOS LÁCTEOS: Devido à sua associação com animais de fazendas e com o primeiro ordenho de Imbolc, os seres feéricos apreciam as oferendas de leite, manteiga, queijo, etc.
Talvez porque o leite está associado à Mãe, é um dos produtos favoritos desses seres.
Se o leite derrama, não se aborreça, pois é considerado uma oferenda para os seres feéricos.
FRUTA: Tradicionalmente, a primeira e a última fruta de uma árvore frutífera se deixa como oferenda para a energia feérica.
Os seres feéricos gostam de todos os tipos de frutas, como maçãs, pêras, pêssegos, ameixas, etc.
MEL: O gosto pelo doce é plenamente satisfeito com o mel, mas prefira oferecer-lhes o mel silvestre.
SUCOS: Os sucos preferidos pelas fadas são os doces como o de maçã, uva e cereja.
ESPECIARIAS: Os seres feéricos sentem verdadeira atração por especiarias aromáticas como o gengibre, o louro, o tomilho, a canela, a alfavaca-cheirosa, alecrim.
CHÁS: Os seres feéricos gostam de chás, especialmente aqueles que são feitos de camomila, sassafrás, pêssego, maçã, baunilha.
VEGETAIS: De modo igual que ocorre com as frutas, a primeira e a última parte de uma colheita, como o último talo do milho, se deixa como oferenda às fadas. Além do milho, há outros vegetais dos quais esses seres desfrutam especialmente, incluídos as cenouras, os tomates, os pepinos, os feijões e os cereais em geral. Quando picares verduras, deixe o último pedaço e enterre-o na terra como oferenda para as fadas. Elas lhe serão muito gratas!
ÁGUA: Por ser um Elemento básico, as fadas preferem a água pura e natural, sem elementos químicos. Para oferenda tente sempre coletar água da chuva, do orvalho ou de fontes naturais.
Pode-se usar a água mineral sem gás.
VINHOS E LICORES: Certos seres feéricos das casas têm como tarefa à proteção da adega, o armazenamento de cervejas, vinhos e licores. A tarefa de elaboração do vinho, assim como da cerveja, é um processo ao qual os seres feéricos podem ajudar ou dificultar. Eles sempre apreciam uma oferenda de vinhos e licores que podem ser usados em suas celebrações.
Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto
MULHERES, NÃO ESQUEÇAM DE CUIDAREM SEUS SEIOS, CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA, REPASSEM!!!
Leia esta camiseta!!!
Este é o e-mail sobre câncer de mama mais bonito que já recebi!!!
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Encontrem uma cura antes que cresçam os meus seios!!
Uma pequena solidariedade
Tudo o que se pede é manter circulando
Nem que você envie a uma só pessoa ...
Em memoria das que morreram de câncer
ou seguem vivendo com ele...
Uma vela não se perde por iluminar outra.
Por favor mantenha a vela acesa!!!
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SANTA SARA KALI, UM POUCO DE SUA HISTÓRIA...
Santa Sara Kali
A Cigana Escrava que Venceu os Mares com sua Fé e Virou Santa
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar.
Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.
Segundo o livro oráculo (único escrito por uma verdadeira cigana)
"Lilá Romai: Cartas Ciganas", escrito por Mirian Stanescon - Rorarni, princesa do clã Kalderash, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma Cigana se diz: "Dalto chucar diklô" (Te darei um bonito lenço).
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no Sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um Diklô, o mais bonito que encontrassem.
E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas Ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres Ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos.
Quanto mais filhos a mulher Cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo.
A pior praga para uma Cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco).
Talvez seja este o motivo das mulheres Ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.
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UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
MAGIA DOS ANJOS PARA O AMOR:
Magia Dos Anjos para o Amor
1) Quando você for encontrar seu amado, reze o salmo 94 pedindo ajuda ao anjo Cahethel.
2) Faça um patuá (saquinho vermelho costurado a mão) e coloque dentro pétalas de uma rosa e uma imagem de anjo e carregue sempre com você.
3) Ao acordar, acenda um incenso de mirra e passe a fumaça pelo seu corpo ( cuidado para não se queimar!), rezando o um pai nosso para o anjo Iezalel. Quando o incenso terminar de queimar, sopre suas cinzas ao vento.
4) Plante um galhinho de hortelã em um vaso e ofereça ao anjo Nit- Haiah. Deixe o vaso perto de sua cama.
5) Em um pedaço de papel desenhe um coração e, dentro dele , escreva o nome do seu amor. Vire o papel e escreva do outro lado: "Anjo Ieratel, cuide do meu amor pra mim ". Deixe o bilhete debaixo do seu travesseiro e, depois , enterre- o em um jardim.
6) Coloque um prato limpo, um pedra de quartzo rosa pequena. Deixe o prato um lugar que ninguém mexa por uma semana e reze uma ave-maria para o anjo Iah-hel. Depois deixe a pedra na gaveta de roupas íntimas..
7) Em uma sexta feira, acenda uma vela verde pedindo ao anjo Lehahiah muita sorte para sua vida amorosa.
8) Faça um bolo de chocolate, corte um pedaço e coloque-o em um jardim, num lugar que ninguém veja e ofereça ao anjo Rehael.
9) Ao acordar em uma segunda-feira, reze o salmo 188, pedindo proteção ao anjo Nanael.
10) Monte em sua casa um altar , com uma toalha branca e um vaso de violeta, para o anjo Ariel. Quando for rezar acenda, sobre um pires uma vela amarela.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
JOGO DE BÚZIOS, "O ORÁCULO SAGRADO"
JOGO DE BÚZIOS
O ORÁCULO SAGRADO
O jogo de Búzios é um Oráculo composto de 16 Búzios abertos (CAWRIE - uma espécie de concha do mar) e compõe mais um Búzio fechado denominado OXETUÁ, representando o Exu mensageiro do jogo, sendo uma das variações ou qualidades de Exu.
Este Oráculo foi trazido para o Brasil por volta do século XVIII pelos
sacerdotes Nigerianos. A consulta à Ifá é uma atividade exclusivamente
masculina, mas as mulheres passaram a poder usar o Oráculo, porque,
segundo a lenda, Oxum fez um acordo com Exu, e dele conseguiu a
permissão para jogar. Tanto o jogo Búzios quanto o Opelê-Ifá ( um colar
feito de 16 meia-nozes de dendê), que ao cair num tabuleiro formam
combinações num sistema matemático, estabelecendo 256 combinações que
são o resultado da multiplicação dos 16 ODUS usados no jogo de
Búzios por 16. Este jogo de adivinhação também pode ser tratado num
contesto esotérico, pois já ocupa seu lugar de destaque no mundo dos
Oráculos, desde que seu olhador seja iniciado nos preceitos e tenha os
olhos de Ifá para desvendar os mistérios da existência humana.
Com a presença divina desses Deuses maravilhosos, que são a própria
manifestação das forças da natureza, temos as respostas muito precisas
em cada jogada. O jogo de Búzios nos alerta de como devemos seguir o
nosso caminho de vida. Tenho a mais absoluta certeza que estamos diante
de um Oráculo muito precioso e que merece todo o nosso respeito.
A OLHADORA
Um trabalho que requer muita seriedade, estudo, conhecimento passado por gerações, experiência, iniciação, respeito ao próximo e principalmente as Leis Universais.
Quando se procura um olhador(a) do Jogo de Búzios para uma orientação espiritual, deve-se estar preparado para possíveis respostas que, muitas vezes são decisivas para a vida do consulente.
Muito Axé.
MINHA MESA DE JOGO - MEU ORGULHO - MINHA FÉ
FONTE: BLOG O PANTEÃO NEGRO (www.opanteaonegro.blogspot.com.br) da amiga CLÁUDIA/FADA AZUL | ||||||||||||||||
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ORIXÁ OXÓSSI - "O REI DE KÊTU", O GRANDE CAÇADOR
OXÓSSI - "O REI DE KÊTU"
O GRANDE CAÇADOR
Oxóssi é filho de Oxalá e Iemanjá, irmão de Ogum e Exu. Seu nome
significa OXÓ: "caçador", OSSI: "noturno". Tradicionalmente, é associado
à Lua, por ser a noite, seu melhor momento para a caça. É um guerreiro
solitário e sua maior responsabilidade em relação ao mundo é de proteger
e garantir a vida dos animais, que somente são sacrificados por uma
necessidade de alimentação. Tudo que nasce sobre a terra pertence a
Oxóssi, exceto as plantas tóxicas e venenosas, que segundo a tradição,
diz terem sido plantadas por Exu. Ele é um vencedor, traz para seu povo
a sobre vivência, a abundância, a cura das doenças pela natureza, a
saúde plena. Como caçador, Oxóssi porta um arco e uma flecha, geralmente
de ferro, e o erukerê (rabo de cavalo usado só pelos reis), está ligado
às alterações mentais e físicas, Oxóssi é o constante movimento da
natureza e está sempre em evolução, orixá cavaleiro, rei, herói, senhor
de um dos seis reinos formadores da federação YORUBÁ, constituída por
Alaka, Onila, Onibini, Onisabe, Oió e Kêtu, terra de Oxóssi. É um Orixá
que cultua o próprio individualismo, com uma determinação sem igual para
qualquer combate, considerado um dos mais belos Orixás e amante da
natureza.
SÃO SEBASTIÃO |
O Culto à Oxóssi é muito difundido no Brasil e pouco lembrado na
Nigéria, sendo basicamente cultuado na cidade de Kêtu (terra dos panos
vermelhos), onde foi consagrado como rei. Ele é um Orixá que envolve-se
muito nas emoções e transforma-se através delas. Tem o dom da
comunicação, por isso suas mudanças são discutidas e analisadas a um
nível consciente, Oxóssi tenta ser coerente com seus sentimentos, pois
vive às dúvidas emocionais muito mais que as indecisões materias.
Lembrando que no mito Oxóssi apaixona-se e vai atrás de seu amor para
conseguir vivê-lo. Ele roubou Oxum de Ogum e mais tarde abriu mão de
tudo para ir viver com Ossãe nas matas. No sincretismo é associado à
São Jorge na Bahia, sendo festejado no dia 23 de Abril, no Rio de
Janeiro e São Paulo, ele é São Sebastião, que é festejado no dia 20 de
Janeiro. Pode-se estabelecer Oxósse ao Jovem Mercúrio da mitologia
romana, o Deus do comércio, dos ladrões, bem como o seu correspondente
grego Hermes. Ambos representam o movimento, as mudanças e tudo que é
novo e vibrante.
O MITO - "O CAÇADOR DE UMA SÓ FLECHA"
ERUKÊRE- ARCO E FLECHA |
O rei Olofim resolveu dar uma festa para o seu povo em comemoração à
colheita que havia sido farta. Seria servido Inhame e vinho de palma à
vontade. Foi quando o Pássaro do Medo chegou e ameaçou a todos. Olofim
chamou então, seus três melhores guerreiros para matar o grande pássaro.
Vieram Oxotoji, com 20 flechas; Oxotodi, com 50 flechas e Oxotodá, com
40 flechas. Todas as flechas foram disparadas pelos atiradores, mas
nenhum deles consegui atingir o pássaro. Havia um jovem guerreiro
corajoso Oxotocam-giu na aldeia que só tinha uma única flecha, com muita
confiança em si mesmo, pediu humildemente ao rei que lhe desse a
oportunidade de atirar e matar o pássaro ameaçador. As mulheres pássaros
sabiam que o jovem tinha poderes especiais e vêm proteger o Pássaro do
Medo, cobrindo seu peito com seus próprios corpos, fazendo assim com que
a flecha volte para matar seu atirador. A mãe de Oxotocam aflita com
seu filho, pede a Oxalá que o proteja. O jovem está entre a morte e a
felicidade, por isso ela pede que Oxalá transforme a morte em
felicidade. Ela sacrificou uma galinha, abrindo o seu peito e colocando
no meio da estrada, acreditando que o peito do pássaro receberia o que
era merecido. Oxotocam no mesmo instante atirou sua flecha e matou o
grande pássaro ameaçador. Desde esse dia ele foi transformado em herói e
passou a se chamar Oxóssi.
Dia da semana - Quinta-feira
Cor - azul-turquesa (afasta a tristeza e atrai o dinheiro), em algumas nações e na Umbanda sua cor é o verde
Elemento - ar e terra
Instrumento - Arco e flecha
Saudação - "O Kiarô" - ("bom dia", em Yorubá)
LOCAL DE DOMÍNIO - AS MATAS
OS CABOCLOS - GUERREIROS DE OXÓSSI
O Caboclo é o arquétipo da valentia e coragem, sobrevive na memória
popular, tradicionalmente apresentando-se como aquele que veio para
defender, lutar e vencer. A história nos focaliza o Caboclo como
sinonimo do indígena, isso ocorrendo até o fim do século XVIII. Quanto
ao termo Caboclo, hipóteses e discussões ainda são mantidas, não se
sabendo, ao certo, se a sua origem é africana ou indígena. Dentro do
Culto, as cerimonias são realizadas com oferendas de frutos e comidas
nas matas. São grandes realizadores de curas através da medicina mágica,
banhos, defumações, pós e outros preparados. Os Caboclos de acordo com
sua origem (linha), nação (tribo), devem realizar atos pertinentes às
suas características de grupo, ou sejam: Os Caboclos de Pena - geralmente dançam como se estivessem com o arco e a flecha; são ditos mais livres, desempenhando seus trabalhos nas matas.
Os Caboclos capangueiros e boiadeiros -
apresentam-se tangendo suas boiadas, e expressam alguns aboios
utilizando termos próprios dos vaqueiros. Esses caboclos são conhecidos
por sua valentia e adestramento em conduzir seus animais. Eles
apresentam-se trajando uma roupa de couro, levam um chicote e o laço.
Esses tipos distintos de Caboclos são encarados nas práticas dos
terreiros como os enviados das Leis de Deus, prontos a praticar o bem e
desempenharem o papel de conselheiros e curandeiros, além de encaminhar
a vida de seus seguidores. O culto aos Orixás é desenvolvido, havendo
correlacionamento entre as divindades africanas e os Caboclos, que
ocupam, na mitologia brasileira o papel de divindades auxiliares, não
possuindo nenhum status de um Deus.
Caboclo Ventania |
Caboclo Urubatã
Caboclo Araribóia
Caboclo das 7 Encruzilhadas - fundador da Umbanda
Caboclo Águia Branca - Peles Vermelhas
Caboclo Tamoios - chefiados por Graúna
Caboclos Guaranis - chefiados por Araúna
Cabocla Jurema - linha feminina de Oxóssi
Caboclo Pena Branca |
Caboclo Pena Azul |
O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OXÓSSI
Os filhos de Oxóssi apresentam características que são facilmente
percebidas, são alegres, extrovertidos, possuem fisicamente um corpo
elegante, bonitos e não são robustos. São pessoas de um raciocínio
rápido, mudam de idéia com facilidade, por isso, tudo que se propõe a
fazer, nem sempre termina. Tem um temperamento mutável, generosos,
hospitaleiros e muito fiéis nas amizades. Com uma veia artística
apurada, estão sempre a procura de grandes aventuras, adoram coisas
novas. São também perseverantes em seus objetivos, tem muita sorte, terá
muito sucesso no profissional, tanto como se estiver no comando ou se
for comandado. Adoram as mudanças em aspecto geral. Tímidos nas questões
sentimentais, não se prendem a nada e nem a ninguém. No campo
sentimental, são instáveis até encontrar o par perfeito, possuem uma
certa insegurança no amor, justamente por apreciarem a liberdade. Em
nível espiritual são pessoas dispostas a eliminar seus defeitos, tais
como o orgulho, a preguiça e a teimosia. Oxóssi tem como dever, dar o
alimento à todos os seus filhos, pois é considerado o Orixá da fartura."
Salve o grande caçador "
AS VARIAÇÕES DE OXÓSSI
Ybualama - É velho e caçador, conta o
mito que apaixonado por Oxum, se atirou nas águas profundas do rio ao
encontro do seu amor. O verdadeiro pai de Logum Edé. Sua vestimenta é
azul celeste, assim como suas contas, usa um capacete e um saiote feitos
de palha da costa.
Inlê - Filho querido de Oxaguiã e
Iemanja. Ele veste-se de branco para homenagear seu pai, usa um chapéu
de plumas brancas e azul claro. Esse Oxóssi tem fundamento com Ogunjá.
Otyn |
Akuereran - É o dono da fartura,
veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Mora nas profundezas das
matas, tendo fundamento com Oxumarê e Ossãe, suas contas também são azul
claro.
Otyn - É um Oxóssi guerreiro e muito
parecido com seu irmão Ogum, tem um temperamento forte e muito valente,
está sempre pronto para lutar quando provocado, não leva desaforos. Usa
roupas de couro de leopardo e bode, veste as cores azul claro e
vermelho, suas contas são azul e leva capangas.
Mutalambo - Tem fundamento com Exu.
Gongobila - É um Oxóssi jovem, tendo fundamento com Oxalá e Oxum.
Koifé - Não é cultuado no Brasil e na
Africa, pois seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam durante
um ano recolhidos tomando banho de folhas todos os dias, veste-se de
vermelho, usa nas mãos uma espada e uma lança. Vive sozinho escondido
das matas, come com Ossãe, usa um capacete que lhe cobre todo o rosto,
capangas e braceletes, suas contas são azul claro.
Arolé - É um dos mais belos tipo de
Oxóssi, propicia uma caça abundante. O verdadeiro rei de Kêtu, é um
Orixá que vive se apreciando nas águas, por sua beleza, é ágil na arte
de caçar e veste azul claro.
Karé - É um bom caçador e mora perto
das fontes, gosta de se pentear, de perfume e de acarajé. Usa azul e um
Banté dourado. Está ligado as águas de Oxum, mas não se da muito bem com
ela, pois ambos exercem as mesmas forças.
Wawa - Está extinto, vem da origem dos Orixás caçadores, Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres de touro selvagem. Ele fez sua morada debaixo de uma gameleira, come com Xangô e Oxalá.
Walè - É um Oxóssi velho e considerado como o rei na África, é muito severo e austero, solteirão, pois não gosta das mulheres, para ele elas são chatas, falam demais, vaidosas e fracas. Usa contas azuis escuro.
Wawa - Está extinto, vem da origem dos Orixás caçadores, Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres de touro selvagem. Ele fez sua morada debaixo de uma gameleira, come com Xangô e Oxalá.
Walè - É um Oxóssi velho e considerado como o rei na África, é muito severo e austero, solteirão, pois não gosta das mulheres, para ele elas são chatas, falam demais, vaidosas e fracas. Usa contas azuis escuro.
Yoseewe ou Ygbo - É o senhor das florestas, ligado a Ossãe com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando seu rosto.
Tafà Tafà - É predicado que se diz de Oxóssi, é um caçador arqueiro, aquele que é atirador de flechas.
Tafà Tafà - É predicado que se diz de Oxóssi, é um caçador arqueiro, aquele que é atirador de flechas.
Otokán sósó - Não é uma qualidade, mas é um "oríkì" que significa, o caçador de uma flecha só, um Oxóssi citado na Lenda do Pássaro do Medo.
"Salve o Rei de Keto"
"Salve o Rei de Keto"
ORIXÁ XANGÔ - "ORIXÁ - HERÓI", REI DOS ORIXÁS - O JUIZ:
XANGÔ - "ORIXÁ - HERÓI"
REI DOS ORIXÁS - O JUÍZ
Orixá que domina o fogo, o raio, o trovão, a justiça, sendo também viril
e da potência masculina. Autoritário e poderoso, inteligente, o grande
administrador, o comerciante, atrevido, violento e extremamente
justiceiro. Tem Iemanjá como mãe e três divindades como esposas: Iansã,
Oxum e Obá. Ele próprio foi um rei guerreiro que conquistou reinos e
enriqueceu seu povo. O seu trabalho entre os homens é cobrar de quem
deve e premiar a quem merece, agindo sempre com muita sabedoria, justiça
e poder. A tradicional lenda Yorubá, diz da genealogia dos Orixás, que a
partir do incesto de Orungã - o ar e as alturas - espaço mimético ao de
Xangô - com sua mãe Iemanjá - as águas - o que resultou uma gravidez de
deuses, que foram paridos num jorrar de águas, cujo primeiro nascimento
foi Exu. Ainda nessa lenda, Xangô é também filho desse casal de
mitos-fundadores. Outras fontes de referenciação histórica, atribuem a
origem de Xangô à união de Oranyan com Torossi - filha de Elempe, rei
dos Tapa. Isso fez com que Xangô vivesse primeiro em Kosô no reino de
Tapa, seguindo mais tarde para Oyó, onde se estabeleceu num bairro que
recebeu o nome de Kosó. Daí um dos títulos de Xangô: OBÁ KOSSÔ.
OXÉ |
O símbolo de Xangô é o "oxé", um machado de duas lâminas,
tradicionalmente feito em madeira, cobre, latão dourado ou bronze. Esse
símbolo é também chamado como : ferramenta de Xangô, arma de Xangô,
adamaché e machado da justiça. A GAMELA - muito utilizada nas
obrigações, convencionalmente de dois tipos: redonda para as comidas, no
caso, o Amalá, e ovalada para os assentamentos. São feitas sempre de
madeira, de preferência gameleira ou de jaqueira. Xangô ainda representa
a síntese da liberdade, altivez e realeza dos dignatários africanos,
além de ter o domínio e controle das forças da natureza. Para o homem
africano que viveu em condição de escravo, Xangô encarnou o ideal e
desejo de liberdade, juntamente com Exu e Ogum.
O MINISTÉRIO DE XANGÔ
O conselho divino de Xangô está representado por 12 Obás - sendo seis à
direita e seis à esquerda - todos descendentes de Alafins. Tudo nesse
tribunal divino será julgado por eles em nome do Deus do trovão. Xangô,
no Brasil é aclamado como o Deus da justiça e da verdade. O número 12
equivale ao equilíbrio de Xangô. São eles:
Os ministros da direita:
Obá Abiodum
Onikoyi - rei de IkoyiAresá - rei de Iresá
Onanxokum
Otaleta
Olugbon - rei de Ogbon
Os ministros da esquerda:
Arè ou Arè Onankakanfo
Otun Onikoyi - braço direito de Xangô e segunda pessoa
Otun Onanxokum
SÃO JERÔNIMO |
Eko
Kankafo - general de armada, chefe das tropas.
No sincretismo Católico o povo ligou Xangô a São João Batista,
comemorado a 24 de junho ou a São Jerônimo, festejado em 30 de setembro,
assim o Orixá tinha sua festa sem restrições dos brancos católicos.
Xangô cuida de sua própria aparência com cuidado: veste-se de vermelho,
usa argolas de ouro nas orelhas e no nariz, seu cabelo é comprido e ele o
usa preso em uma longa trança, carregando seu machado nas mãos. Na
mitologia romana, é Júpiter, o pai e mestre dos deuses, que pode ser
considerado o equivalente a Xangô. E para os gregos, ele é Zeus, o Deus
supremo que também é o senhor dos trovões.
Dia da semana: quarta-feira
Instrumento: Oxé ( machado)
Saudação: "Kaô Kabyesilê" ("Venham ver nascer sobre o chão")
Obá Ajakà - Também
intitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a
ele por ser o filho mais velho de Oranyan, e ter por direito que
assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
O MITO - " O REI NÃO SE ENFORCOU"
Conta-se que quando Xangô teve dificuldade para se manter no trono de
Oyó, ele voltou-se para a terra dos Tapa e, vendo-se abandonado por
todos, ele enforcou-se numa árvore de obí. Seus inimigos proclamaram
"Obaso" - "O rei enforcou-se". Seus partidários negaram este fato e
gritaram "Oba Kò Sô", ateavam fogo nas casas dos detratores de Xangô,
nas noites de tempestades, para confirmar a reputação do Deus do trovão.
Alusão feita a Xangô que, quando irado, ateava fogo pelas narinas, para
punir os infratores ( texto extraído do livro de Pierre Verger - Os
Orixás) - segundo a lenda é por isso que Xangô tem aversão à morte e aos
eguns (mortos).
LOCAL DE DOMÍNIO - RAIOS E TROVÕES
AS PEDREIRAS
XANGÔ E SUAS ESPOSAS - IANSÂ - OXUM - OBÁ |
Cores: vermelho é o fogo e o sangue, significando purificação e
fertilidade. Branco (paz) e o marrom na Umbanda ( ativa o chacra sexual e
a terra, no sentido de manter os pés no chão).
Elemento: Terra (pedras)Instrumento: Oxé ( machado)
Saudação: "Kaô Kabyesilê" ("Venham ver nascer sobre o chão")
AS ESPOSAS DE XANGÔ
No reino de Oyó, ficavam as três esposas do Orixá, a sua espera, cada
vez que ele saia para guerrear. Quando voltava, Xangô comemorava com
elas suas conquistas com grandes festas, regadas a vinho de palma. Iansã
era esposa de Ogum e foi seduzida por Xangô. Oxum vivia com Oxóssi e
tambèm foi seduzida pelo Orixá. Obá apesar de ser uma deusa mais velha,
também foi esposa de Xangô. As cerimonias para Xangô, na África, duram
cinco, nove ou 17 dias. Sua importância no Brasil é grande, que chegou a
originar cultos específicos em Pernambuco e em outros estados
Nordestinos.
AS VARIAÇÕES DE XANGÔ
Afonjá - Era
também Arè-Onankakanfo, quer dizer líder do exército do império.
Segundo a história de Oyó, no início do século dezenove, Oyó era
governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram como Generais, que
lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o poder absoluto sobre o
Reino Yorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais
resolveu se rebelar contra Oyó e se unir com os inimigos, esse
general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin.
Declarou-se independente de Oyó. Com isso o Rei de Oyó Aolé se
envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traiu o
Império Yorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi
decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traiu
seu antigo rei ele voltaria trair tantos outros.
Obá Kossô - Título
que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oyó,
tornando-se Rei. Título dado também a Aganjú, irmão gêmeo de
Xangô quando sua chegada em Oyó foi aclamado como o Rei Não se
Enforcou, Obá Kò Sô.
Obá Lubê - Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.
Obá Irù ou Barù -
Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando
cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus
primordial Jakutá sobre a terra, senhor dos raios, tempestades, do
Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destruir a
capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se
suicida , adentrando na terra.
Dada Ajaká |
Obá Aganjù - representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.
.Obá Orungã - Filho
de Aganjú Solá e Iemanjá, Orungã é dono da atmosfera é o ar
que respiramos, dono da camada que protege a Terra.
Obá Ogodô - Muito
falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o
verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que
Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.
Jakutà ou Djakutà -
é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô
foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina
primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun
para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da
criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o
próprio Xangô.
Obá Arainã - Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganjú em sua forma humana.
Olookê - Orixá dono das montanhas, em algumas lendas é um dos filhos de Oranyan foi casado com Yemanjá.
CABOCLOS JUSTICEIROS DE XANGÔ
CABOCLOS JUSTICEIROS DE XANGÔ
Estes são alguns trabalhadores a serviço da justiça divina - Linha de Xangô
Caboclo Araúna |
Caboclo do Sol |
Caboclo Cobra Coral |
ARQUÉTIPOS DOS FILHOS DE XANGÔ
Os filhos de Xangô são pessoas que nasceram para triunfar. Possuem um
temperamento enérgico, são voluntariosos, orgulhosos, altivos,
excelentes administradores, políticos, vaidosos e sabem de sua real
importância no mundo. Não admitem ser contrariados e ao serem-no são
extremamente coléricos. São bons comerciantes, não suportam o fracasso,
por isso lutam com todas as armas para não perderem suas posições,
cargos ou negócios. Na vida social, são elegantes e de gosto refinado,
sedutores e de um talento único para conquistar o sexo oposto. Os
filhos de Xangô têm um elevado sentimento de amor ao próximo, são dignos
de confiança, mas não deixam de ser severos, quando necessário. Não
conseguem controlar o excesso de gênio violento. Dentro da vida
espiritual, tornam-se ótimos e dedicados sacerdotes, seja qual for o
caminho religioso.
Xangô é "aquele que se destaca pela força e revela seus segredos" "Salve o Rei".
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