Exús e Pombagiras
Quem são os Exús e as Pombagiras?
Anjos ou Demônios?
Doutrinados nas leis da Umbanda, os Exús e as Pombagiras
são emissários, elo entre os homens e os Orixás.
Subordinados às energias superiores, são compromissados
com as leis divinas e estagiam em graus médios da espiritualidade, praticando o
bem, caminhando na luz em busca de sua própria evolução. Trilham no astral
inferior apenas para combater o mal: desfazem feitiços, trabalhos de magia em
pessoas e ambientes; resgatam os espíritos malignos e obsessores, responsáveis
por separações de casais; vícios de bebidas e drogas; embaraços nos negócios;
perturbações; discussões em família e uma infinidade de malefícios…
Encaminham estes espíritos a um guardião-chefe,
onde passam por uma triagem e, após se redimirem de seus erros, são batizados e
preparados para cumprir sua missão, juntamente com o Exu que lhes resgatou.
Esses Exus, no cumprimento de suas missões, evoluem: são coroados e recebem,
por mérito de seu sacrifício, a condição de progredirem como elementos da linha
positiva.
É comum ouvir dizer que sem Exú não se faz nada.
Isso se dá pelo fato destas entidades estarem frente aos combates espirituais,
prestando defesa e proteção, e não porque são vingadores, traíras ou forças do
mal, como a maior parte das lendas nos leva a pensar.
Entretanto cabe lembrar, que o estágio evolutivo de
Exú é “inferior” ao dos caboclos, baianos, pretos-velhos, etc., o que também
não significa que não sejam evoluídos, apenas encontram-se num estágio abaixo.
Sua energia é mais densa e sua vibração ou força de
incorporação está mais próxima ou similar à vibração da Terra, exigindo dos
médiuns uma concentração diferenciada da que possam sentir ao incorporarem um
caboclo, um baiano ou preto-velho. Fato é que, quanto mais evoluída for a
entidade a ser incorporada, mais sutil será a incorporação e a energia sentida.
Há também de se lembrar que, quando um médium
incorpora um Exú ou Pomba Gira, ele está ativando seus chakras inferiores, e,
se este médium for despreparado ou tiver conduta questionável, poderá
interferir na incorporação: ele dará vazão aos seus sentimentos menores,
transferindo para o Exú o seu tipo de comportamento e neste caso não há
dúvidas: o médium está mistificando um ato sagrado da espiritualidade.
Outro aspecto a ressaltar é que esse estágio espiritual,
onde se encontra Exú, em nada o impede de trabalhar harmoniosamente com as
entidades mais evoluídas, até porque a questão hierárquica, no Plano Astral, é
sublimada: lá não existem disputas pelo poder, pois, todos estão conscientes de
suas tarefas e de seus graus.
Bom, agora que já transcorremos de forma
esclarecedora, sobre o tema, conheça mais sobre alguns guardiões e suas
falanges.
Sua Forma Original
Na tentativa de manter o culto aos seus deuses no
Brasil, os negros escravos buscaram pontos de convergência entre a trajetória
dos santos católicos e os dezesseis orixás do culto do Candomblé, mais
conhecidos e tradicionalmente cultuados. Exú foi representado no sincretismo
católico, pelos negros africanos, por Santo Antônio, simplesmente por questões
similares como a cor de ambos e governança: o número sete, os cemitérios, as encruzas
e sua personalidade forte.
Este orixá foi o que mais sofreu uma perseguição
sistemática, pelos missionários catequizadores, sendo associado ao Diabo. Nesta
mistura de mentiras, médiuns despreparados recebiam espíritos que se passavam
por Exú, dizendo que era o Demônio, fazendo com que comerciantes inescrupulosos
e ignorantes criassem uma imagem de Exú, cada vez mais distorcida e tenebrosa.
Exú, sobre esta concepção, ganhou chifre, rabo e pata de animais.
Verdade é que, a forma original de Exú é humana,
ele tem dois braços, duas pernas, dois olhos e uma cabeça! Os espíritos que compõem
a falange de Exú são espíritos como nós, contemporâneos até. Essa associação,
indevida e maldosa, com o passar do tempo, foi caindo no gosto popular e na
psique de pessoas mentalmente e espiritualmente doentes, que começaram a
construir a visão irreal de que Exú é o Demônio. Diferente dos kiumbas (que são
espíritos moralmente atrofiados ou que buscam apenas tumultuar o ambiente),
zombeteiros e outros espíritos oportunistas, que podem mistificar os trabalhos
espirituais e se passarem por Exú, cada ser humano têm, pelo menos, um casal de
Exús que influenciam permanentemente em seu destino.
Aproveitamos para esclarecer outro mito: independe
do sexo e da sexualidade do médium a incorporação de uma Pombogira ou de um Exú
ocorre normalmente, isto quer dizer que um médium homem jamais terá sua
sexualidade transmutada ou interferida porque incorpora uma Pombogira e a
recíproca é verdadeira. Estas “lendas” em nada conferem com a realidade da pura
espiritualidade e, pelo contrário, distorcem ainda mais a verdade dos fatos.
Origens do nome
Exú
A título de curiosidade apenas,
ressalto que existem várias correntes que afirmam diferentes origens para a
palavra Exú, a saber:
A primeira corrente afirma que a
palavra Exú seria uma corruptela ou distorção dos nomes Esseiá / Essuiá,
significando lado oposto ou outro lado da margem, nomenclatura dada a espíritos
desgarrados que foram arrebanhados para a Lemúria, continente que teria
existido no planeta Terra.
A Segunda corrente assevera que o
nome Exú seria uma variante do termo Yrshu, nome do filho mais moço do
imperador Ugra, na Índia antiga. Yrshu, aspirando ao poder, rebelou-se contra
os ensinamentos e preceitos preconizados pelos Magos Brancos do império. Foi
totalmente dominado e banido com seus seguidores do território indiano. Daí
adveio a relação Yrshu / Exú, como sinônimo de povo banido, expatriado.
A terceira corrente afirma que o
nome Exú é de origem africana e quer dizer Esfera.
Saliente-se que entre os hebreus
encontramos o termo Exud, originário do sânscrito, significando também povo
banido.
Como disse anteriormente, é apenas a
título de curiosidade, pois nada disso interfere no trabalho de Exú nos
terreiros de Umbanda.
Mitos
Tudo isto esclarecido, passemos a
tentar esclarecer alguns pontos que são mitos dentro da Umbanda. Mitos que
foram criados por pessoas que não entendiam o verdadeiro trabalho de Exú na
Umbanda, aliás, não entendiam o verdadeiro trabalho da Umbanda.
A Umbanda em sua dinâmica básica lida
com espíritos dos mais variados graus de evolução. As entidades, guias e
mentores que se apresentam nos terreiros exercem um trabalho incansável contra
as forças trevosas.
A origem de qualquer coisa em uma
religião tem a ver com a função dela dentro da mesma.
Na Umbanda a origem de Exú está em função
da necessidade de existirem guardiões, encaminhadores e combatentes das forças
trevosas. Trabalho básico da Umbanda. Por isso se diz que “Sem Exú não se faz
nada”. Isso não porque Exú não deixa, porque é vingador, traíra ou voluntarioso
como querem fazer pensar algumas lendas sobre Exú, mas sim porque não há como
combater forças trevosas sem defesa e proteção.
Então pode vir a pergunta: “Então
nossos guias (caboclos e pretos velhos) não nos protegem e defendem?” Claro que
protegem e defendem, entretanto cabe a Exú o primeiro combate, o combate direto
contra as energias que circulam no Astral Inferior. Esta é a especialidade de
Exú, pois conhece profundamente os caminhos e trilhas desse ambiente
energético. É a sua função primeira, assim como a dos Caboclos e Pretos Velhos
é a de nos orientar e aconselhar.
Tudo na Umbanda é organizado, coerente
e lógico.
Tendo isso em mente, um segundo mito
a ser desfeito diz respeito a confiabilidade de Exú. Como disse anteriormente,
Exú não é traíra! Qual a lógica dos Orixás e as entidades de luz os colocarem
como guardiões, defensores se eles fossem “subornáveis”, se eles não fossem
confiáveis?
Seguindo o mesmo raciocínio outro
mito que não tem base alguma é “Exú tanto faz o mal quanto faz o bem e depende
de quem pede. Nós é que somos os maus na história”. Não existe “defesa” pior
para Exú do que esta, pois trata-se de outra incoerência! Se uma criança sabe
diferenciar o bem do mal, como Exú, conhecedor de segredos de magia,
manipulador de magia, defensor, combatente de forças trevosas possa ser tão
imbecil a ponto de não diferenciar o bem e do mal e o que é pior trair a
confiança de Caboclos e Pretos Velhos? E ainda por cima não ter nenhum tipo de
aspiração evolutiva, ou seja, ficar sempre entregue a mercê de nossa vontade
nunca aspirando evoluir?
Aí vem outra pergunta: “Mas eu fui
num terreiro e disseram que o trabalho contra mim foi feito por um Tranca
Ruas”. Resposta: o trabalho foi feito por um obsessor se passando por Tranca
Ruas. Aliás, obsessor se passa por tudo, inclusive por enviado de Orixá, como
Caboclo e Preto Velho.
E por que isso acontece? Por causa de
médiuns invigilantes. Médiuns pouco compromissados com o Astral Superior,
médiuns e dirigentes ignorantes. Médiuns e dirigentes que buscam os terreiros
de Umbanda para satisfazer as suas baixas aspirações, como válvulas de escape
para fazerem “incorporados” o que não tem coragem de fazer de “cara limpa”!
Médiuns de moral duvidosa que gritam, xingam, bebem, dançam de maneira grotesca
para uma casa religiosa e imputam a Exú esses desvarios. Caso estejam realmente
incorporados estão na realidade é sofrendo a incorporação de kiumbas. Nunca um
Exú ou Pomba Gira de verdade irá se prestar a um papel desses.
Outro ponto que gera muita confusão
diz respeito a incorporação de Exú, pois já ouvi a pergunta: “Se ele é
guardião, quando está incorporado não está “guardando” nada.” Novamente a lógica e a coerência devem falar
mais alto do que a ignorância e a incredibilidade.
O Exú Guardião não é o que incorpora nos
terreiros. Os que incorporam são Exús de Trabalho (como eu costumo chamar), de
defesa pessoal do médium. Esses Exús também participam dos trabalhos junto aos
Exús Guardiões e Amparadores no combate as forças do Astral Inferior, mas os
Exús de Trabalho tem um outro tipo de compromisso que é com a Banda do médium e
para com a Casa a qual o médium está. Por isso respeitam o templo religioso e
não induzem o médium a embriagues, algazarra ou a comportamentos chulos e deselegantes.
São espíritos de luz em busca de
evolução. Que estão altamente compromissados com as esferas superiores, com os
guias e protetores do médium e com toda a egrégora de luz da Casa na qual o
médium está inserido. Trabalhando diretamente com esta egrégora eles auxiliam
no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de
desobsessão do terreiro que fazem parte.
A palavra de ordem de Exu é
“compromisso”! Por tudo isso ele não é e nem nunca foi traidor ou do “mal”.
A Umbanda através de uma ação conjunta dos
componentes da egrégora de uma Casa de Umbanda pôde proporcionar alívio, conforto
e libertação aos membros da família e auxílio aos irmãos perdidos nas trevas da
ignorância, do ódio, do rancor, do remorso e da culpa.
Organograma do
Reino dos Exús
Marabô - (Put
Satanakia) - É determinado a
esse Exú, a fiscalização do plano físico, distribuindo ordens aos seus
comandados. Apresenta-se como um autêntico cavalheiro, dominando o francês,
apreciando bebidas finas e os melhores charutos. Exú de gênio muito difícil,
raramente apresenta-se em terreiros.
Exú Mangueira -
(Agalieraps) - Muito
confundido com Marabô, salvo pelo fato de quando está sendo incorporado expele
o cheiro forte de enxofre, também de gênio muito difícil, é necessário recorrer
a Entidades Superiores para sua retirada.
Tranca-Ruas -
(Tarchimache) - Grandioso Exú.
Todo terreiro deverá solicitar seus valorosos trabalhos antes de começar as
seções. Sendo solicitado, guardará as porteiras dos terreiros com sua falange,
contra os kiumbas (Espíritos Obsessores). Guardião dos recintos onde se pratica
a Alta Magia, como na Umbanda. Devemos saudar a este Grande Exú. É conhecido
também como tranca Rua das Almas e Tranca Ruas de Embaé.
Exú Tiriri -
(Fleruty) - De grande força
para despachar trabalhos nas encruzilhadas, matas, rios, apresentando-se como
um homem preto com deformação facial.
Exú Veludo -
(Sagathana) - Bastante evocado
na Quimbanda, principalmente na Alta Magia, atendendo com rapidez a quem
recorre a sua proteção. Apresenta-se como um fino cavalheiro muito bem vestido,
curiando bons conhaques e fumando bons charutos. Sua presença é facilmente
notada, pois em sua representação, possui "pés de cabra", gostando de
trabalhar com "as moças".
Exú dos Rios -
(Nesbiros) - Companheiro de
Veludo, domina as margens dos rios e é confundido com um Caboclo de Penas,
porém, usa vestimentas de penas negras e apresentando também, chifre. Comanda a
Linha Mista da Quimbanda.
Exú Calunga -
(Syrach) - Comanda uma
falange de 18 Exús, apresentando-se como um anão. Também chamado de Gnomo,
Calunguinha, Duende ou Saci. Comanda mais quinze outros Exús, que são:
Quebra-Galho, Pombo-Gira, Tranqueira, Sete Poeiras, Gira Mundo, Das Matas, Dos
Cemitérios, Morcego, Sete Portas, Sombra, Tranca Tudo, Pera negra, Capa preta e
Marabá.
Exú Omulú - Meu Pai, Atotô,
Meu Pai! No culto nagô é chamado de Abaluaiê ou Abaluaê. Senhor Supremo dos
Cemitérios (Calunga menor), incumbido de zelar pelos mortos ali enterrados.
Apresentando-se nos terreiros coberto por um lençol ou toalha branca, tendo que
ser levantado por médium de muita firmeza. Comandando uma das mais poderosas
Linhas da Quimbanda, a Linha das Almas. Senhor de um grande poder, comparado apenas
ao Maioral. Quando solicitado, trabalha para minimizar o sofrimento dos filhos,
recebendo obrigações, presentes e solicitações no cruzeiro do cemitério. Possuindo
dois grandes colaboradores, Exú Caveira e Exú da Meia-Noite.
Exú Caveira -
(Sergulath) - Auxiliar direto
de Exú Omulú, seu braço direito, é o guardião das porteiras dos cemitérios,
onde devemos salvar seu Caveira. Transmite muito medo e respeito, nas seções e
nas entregas. Apresenta-se com seu rosto na forma de uma caveira, não tendo hora
certa para se apresentar, sendo por volta da meia-noite, o costumeiro. Lidera e
tem sob seu comando sete Exús, a saber: Tata Caveira, Brasa, Pemba, Maré,
Carangola, Arranca-Toco e Pagão. Além desses, comanda também Exú do Cheiro
(Cheiroso) - (Aglasis) - que tem sob sua guarda outros quarenta e nove Exús.
Exú da Meia-Noite
(Hael) - especialista
nas forças ocultas, decifrador de quaisquer idiomas ou letras, apresenta-se de
capa preta e seus inconfundíveis olhos de fogo e pés de cabra. Seu horário é a
meia-noite daí seu nome, neste momento, não se encerram as seções nos
terreiros, pois Hael está de ronda. Dizem que São Cipriano, aprendeu de Hael
tudo que sabia em relação a Alta Magia, (Livro da Capa Preta). Lidera também
sete Exús: Mirim, Pimenta, Malé, Sete Montanhas, Ganga, Kaminaloá e Quirombô.
Comanda ainda o Exú Curadô (Meramael).
Alguns Nomes das
Pombagiras - Maria Padilha, Maria Mulambo, Tatá Mulambo, Cigana, Pombagira
da Calunga, Maria farrapo, Dona Figueira, Rosa Caveira, Pombagira Menina, Sete
Saias, Pombagira do Cruzeiro e etc...
Linhas de trabalho:
Exús do Cemitério:
São Exús que, em sua maioria, servem à Obaluaiê. Durante as consultas são sérios, reservados e discretos, podem eventualmente trabalhar dando passes de limpeza (descarregando) o consulente. Alguns não dão consulta, se apresentando somente em obrigações, trabalhos e descarregos.
Linhas de trabalho:
Exús do Cemitério:
São Exús que, em sua maioria, servem à Obaluaiê. Durante as consultas são sérios, reservados e discretos, podem eventualmente trabalhar dando passes de limpeza (descarregando) o consulente. Alguns não dão consulta, se apresentando somente em obrigações, trabalhos e descarregos.
Exús da Encruzilhada:
São Exús que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exús da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também participam em obrigações, trabalhos e descarregos. Alguns deles se aproximam muito (em suas características) dos Exús do cemitério, enquanto outros se aproximam mais dos Exús da estrada.
São Exús que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exús da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também participam em obrigações, trabalhos e descarregos. Alguns deles se aproximam muito (em suas características) dos Exús do cemitério, enquanto outros se aproximam mais dos Exús da estrada.
Exús da Estrada:
São os mais "brincalhões". Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas "brincadeiras" devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo.
São os mais "brincalhões". Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas "brincadeiras" devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo.
Se ainda lhe resta alguma dúvida eu
afirmo a minha certeza: a Umbanda nasceu do Coração de Zambi em Sua Infinita
Misericórdia por nós! Porque só a Umbanda tem quem nos defenda e proteja
independentemente da nossa ignorância nos impedir de reconhecê-los como bons e
amigos!
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