Erês - "As Crianças"
Erês na Umbanda
Na Umbanda, Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou
Ibejis, são entidades de caráter infantil, que simbolizam pureza, inocência e
singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Quem os procura, pedem-lhes ajuda para
os filhos, para fazer confidências e resolver problemas.
Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características de sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda.
Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características de sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda.
São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados
pelos Caboclos e Pretos-Velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria,
chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibêji. Costumam ter
nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha,
Pedrinho, Paulinho, Vítor, Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e
Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.
Diz-se que os pedidos feitos a uma criança
incorporada (freqüentemente de cura) normalmente são atendidos de maneira
bastante rápida, mas a cobrança dos presentes prometidos também é e as
"travessuras" que podem fazer a quem não cumpre a promessa podem ser
terríveis.
A Falange das Crianças é uma das poucas falanges
que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem,
exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se
escondem espíritos de extraordinários conhecimentos.
Imaginem
uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um
homem velho. A entidade conhecida na umbanda por Erê é assim. Faz tipo
de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de
gude, doces, balas e o refrigerante (a famosa água de bolinhas) e trata a todos
por Tio e Vô.
Os Erês são, responsáveis pela limpeza espiritual do
terreiro. Segundo a lenda africana, os Orixás-Crianças são filhos de Iemanjá, a
rainha das águas e de Oxalá, o pai de toda a Criação. São a alegria que
contagia a Umbanda; são a pureza, a inocência e, por isso mesmo, os detentores
da verdadeira magia, extremamente respeitados pelos Caboclos e pelos
Pretos-Velhos.
Uma característica marcante na Umbanda em relação
às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos
católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada
de "Doum" ou "Idowu", que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos,
sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.
Os Gêmeos Acta e Passio nasceram na Arábia, em uma
nobre família cristã, no século III da era comum, estudaram medicina na Síria e
a praticaram na Egéia sem receber qualquer pagamento, sendo chamados de
Anargiros (inimigos do dinheiro) para isso, dizendo: “Nós curamos as doenças em
nome de Jesus Cristo e pelo seu poder”.
Acta e Passio foram martirizados na Síria,
perseguidos por Diocleciano, acusados de praticarem feitiçarias, e muitos de seus
seguidores levaram seus corpos para Roma, onde foram sepultados num templo
erguido em homenagem aos dois, pelo Papa Félix IV. Existem muitas versões a
respeito de suas mortes, mas nenhuma é comprovada por documentos, o que põe em
dúvida até mesmo a existência dos Gêmeos.
Hoje, São Cosme e São Damião são considerados os
patronos da medicina.
A crença em São Cosme e São Damião é a versão
cristã para a crença nos deuses gregos gêmeos, chamados Castor e Pólux, muito
difundida no Mediterrâneo. Segundo a tradição popular no século V, os gêmeos
São Cosme e São Damião apareciam materializados para ajudarem às crianças que
sofriam de violência.
Os Santos Cosme e Damião foram sincretizados com as
divindades Ibejis, filhos de Iansã e criados por Oxum, quando estes foram
abandonados nas águas de um rio por sua mãe. Por serem gêmeos, são associados à
dualidade e por serem crianças estão ligados a tudo que se inicia: a nascente
de um rio, nascimento das crianças, o germinar das plantas, novas uniões e
empreitadas. Seus filhos, pessoas que possuem a proteção das divindades,
apresentam temperamento infantil, nunca abandonam a criança que foram um dia,
são brincalhonas e irrequietas.
Outra Lenda
Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos
que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles;
em troca, pediam doces, balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas
traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no
rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do
príncipe.
O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de
comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a Orumilá que o
levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, Orumilá resolveu
levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de
barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas
imagens para ter seus pedidos atendidos.
Conta-se nas lendas que Doum era muito sapeca, e
certa vez se perdeu da família. Desde então Cosme e Damião saíram a sua
procura, andaram por diversos lugares, especialmente bairros pobres aonde
encontram muitas crianças infestadas pela peste que se espalhava pela região.
Eles então curavam as crianças usando os seus
conhecimentos médicos sem cobrar nada em troca somente pedindo a Deus que os
recompensasse ajudando a encontrar o seu irmãozinho. Depois de muito andarem
conseguiram finalmente encontrar Doum, mas este estava infectado pela peste...
Cosme e Damião usaram de todo o seu conhecimento, mas foi em vão, pois Doum
sorriu e disse que estava partindo para a vida eterna, pois já havia cumprido
sua missão: que era fazê-los levar a cura aos mais necessitados.
Data de comemoração na igreja católica: 26 de
setembro.
Data de comemoração nos Cultos Afro-Brasileiros: 27 de setembro.
Também são sincretizados com os Ibejis São Crispim e Crispiniano, cuja homenagem é realizada nos Terreiros de Umbanda no dia 25 de outubro.
Data de comemoração nos Cultos Afro-Brasileiros: 27 de setembro.
Também são sincretizados com os Ibejis São Crispim e Crispiniano, cuja homenagem é realizada nos Terreiros de Umbanda no dia 25 de outubro.
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