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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ALEMANHA CRIA MEMORIAL PARA CIGANOS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO:


Convidados depositam flores e tiram fotos durante a inauguração do memorial em Berlim
Foto: AFP

A chanceler alemã, Angela Merkel, inaugurou nesta quarta-feira um memorial em Berlim para os ciganos vítimas do Holocausto nazista. O memorial – um lago circular com um pequeno pedestal no meio – foi instalado no parque Tiergarten, perto do Reichstag, o parlamento alemão.

A inauguração ocorrre após anos de atrasos e disputas sobre o projeto do memorial e de seu custo. Especialistas dizem que entre 220 mil e 500 mil ciganos foram mortos durante a Segunda Guerra Mundial.

“É muito importante que tenhamos uma cultura de lembrança”, disse Merkel, em uma entrevista em seu canal no YouTube. “Cada geração tem que confrontar a sua própria história novamente. E para isso temos que ter locais adequados que as pessoas possam visitar quando as testemunhas da época não estarão mais vivas”.

Merkel reconheceu que a construção do memorial levou muito tempo e implicou “muitas discussões”, mas lembrou que o memorial aos judeus da Europa assassinados também tinha levado mais de 15 anos para ser concluído. O presidente alemão, Joachim Gauck, e cerca de 100 sobreviventes idosos também compareceram à cerimônia de inauguração.

Mensagem importante
O memorial foi projetado pelo artista israelense Dani Karavan. Uma flor fresca vai ser colocada no pedestal no centro do memorial a cada dia. A cronologia da campanha de extermínio nazista fica ao lado do memorial. Em 1982, a Alemanha reconheceu oficialmente o genocídio dos Roma e Sinti – povos que vivem principalmente em regiões de língua alemã na Europa Central.

O líder do Conselho Central dos Sinti e Roma na Alemanha, Romani Rose, também compareceu à cerimônia. Ele disse à agência AFP: “A abertura do memorial envia uma mensagem importante para a sociedade, de que o sentimento anticigano é tão inaceitável como o antissemitismo”.

Nos últimos anos, a Alemanha vem lembrando a perseguição dos ciganos durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, as organizações ciganas e grupos de direitos humanos dizem que eles ainda são discriminadas em muitos países europeus.

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